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    Cortisol basal: o que os níveis altos ou baixos indicam?

    Saiba como a dosagem do cortisol é feita e quais sintomas indicam a necessidade da investigação

    Fonte: Dra. Clarisse PontesEndocrinologistaPublicado em 11/12/2025, às 18:29 - Atualizado em 11/12/2025, às 18:29

    O cortisol basal é conhecido popularmente como o hormônio do estresse. Ele ajuda o corpo a responder a situações de perigo ou tensão, além de atuar no metabolismo e no controle da inflamação. 


    Quando alguma coisa não vai bem, os níveis desse hormônio podem se alterar. Uma alteração pontual pode ser apenas reflexo de estresse do dia a dia. Mas níveis persistentemente altos ou baixos podem indicar condições de saúde mais sérias. 

    Cortisol basal: o que é? 

    O cortisol basal é um hormônio esteroide produzido pelas glândulas adrenais (ou suprarrenais). Ele ajuda a controlar o estresse e também participa do metabolismo da glicose e proteínas.  

    A produção de cortisol varia ao longo do dia, seguindo um ciclo circadiano. O nível basal é aquele medido pela manhã, geralmente logo ao acordar, quando a concentração do hormônio tende a ser mais alta.  

    Essa dosagem matinal é importante para avaliar a função das glândulas. É assim que o médico verifica se a produção está normal, baixa ou elevada. 

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    Quando o exame é indicado? 

    O exame de cortisol basal é indicado para investigar problemas hormonais relacionados às glândulas adrenais e hipófise, que regulam a produção do hormônio.

    Ele é solicitado quando há suspeita de doenças causadas pela produção anormal de cortisol. E o médico pede exame na presença de sintomas. A principal indicação para a dosagem do cortisol basal é a investigação da insuficiência adrenal, ou seja, a incapacidade das glândulas adrenais de produzir cortisol adequadamente. 

    O que os níveis de cortisol basal alterados podem indicar? 

    Tanto a falta quanto o excesso de cortisol merecem atenção e investigação médica. O hormônio é tão importante que suas alterações afetam diversos sistemas do organismo. 

    Cortisol basal baixo (hipocortisolismo) 

    O cortisol basal baixo pode indicar insuficiência adrenal. A Doença de Addison é a forma mais comum de hipocortisolismo. Nela, as glândulas adrenais são danificadas, o que impede a produção adequada de cortisol e aldosterona. 

    Os sintomas do cortisol baixo geralmente são: 

    • Fadiga intensa e persistente. 
    • Perda de peso inexplicada. 
    • Diminuição do apetite. 
    • Escurecimento da pele. 
    • Pressão arterial baixa. 

    Cortisol basal elevado (hipercortisolismo) 

    O diagnóstico de hipercortisolismo não é feito pela dosagem do cortisol basal, mas sim por meio de testes específicos como o teste de supressão com dexametasona, a dosagem de cortisol urinário e o teste do cortisol salivar noturno.  

    O excesso persistente de cortisol é a principal característica da Síndrome de Cushing, condição que pode ser causada por um tumor na glândula adrenal ou na hipófise.  

    O uso prolongado de medicamentos glicocorticoides também pode elevar os níveis de cortisol. 

    Entre os sintomas do cortisol elevado, temos: 

    • Aumento da pressão arterial. 
    • Ganho de peso, especialmente na região abdominal. 
    • Acúmulo de gordura no pescoço. 
    • Surgimento de estrias largas e avermelhadas. 
    • Fraqueza muscular. 
    • Diminuição da libido e alterações menstruais. 

    Riscos do cortisol elevado 

    Ter o cortisol elevado por um longo período traz riscos sérios à saúde. O hipercortisolismo impacta o metabolismo, a imunidade e até o bem-estar emocional. 

    Entre os principais riscos do cortisol alto estão: 

    • Problemas cardiovasculares: o aumento crônico da pressão arterial pode levar a doenças do coração. 
    • Diabetes: o cortisol atua aumentando a glicose no sangue, o que pode levar à diabetes tipo 2. 
    • Ossos fracos: o excesso hormonal acelera a perda de massa óssea, elevando o risco de osteoporose. 
    • Obesidade: o hormônio elevado está ligado ao acúmulo de gordura corporal, principalmente na barriga. 
    • Problemas emocionais: pode causar irritabilidade e afetar a saúde mental. 

    Como controlar os níveis de cortisol no sangue 

    Quando a causa do aumento do cortisol for um tumor na adrenal ou na hipófise, o tratamento requer, muitas vezes, uma abordagem cirúrgica e acompanhamento médico especializado. 

    Nos casos de hipocortisolismo ou insuficiência adrenal, o tratamento envolve a reposição hormonal na quantidade correta, também com acompanhamento pelo médico endocrinologista. 

    De modo geral, existem estratégias que podem ajudar a controlar e a reduzir os níveis de estresse no organismo, e indiretamente, manter o nível de cortisol controlado. Entre elas, temos: 

    • Praticar exercícios físicos regularmente, o que ajuda a liberar o estresse acumulado. 
    • Melhorar a qualidade do sono, essencial para a regulação hormonal. 
    • Gerenciar o estresse com técnicas de relaxamento e mindfulness, psicoterapia, convívio com amigos e familiares, entre outros. 
    • Manter uma alimentação saudável e a mais natural possível, o que interfere diretamente no metabolismo. 
    • Evitar o excesso de álcool e cafeína, substâncias que podem estimular a produção de cortisol. 

    Preparo para o exame 

    O preparo para o exame de cortisol basal não requer jejum, mas envolve atenção aos seguintes pontos: 

    • O exame deve ser feito pela manhã, entre 7h e 9h. Isso garante a medição do nível basal, que é o mais alto do dia. 
    • É preciso manter um repouso de 30 minutos antes da coleta. 
    • Informar ao médico todos os medicamentos em uso. Alguns remédios, como os glicocorticoides, devem ser suspensos – mas somente com autorização do médico do paciente. O uso de anticoncepcionais orais também deve ser comunicado. 

    Como o exame é feito? 

    A dosagem do cortisol basal é feita através de exame de sangue comum. Em alguns casos, a dosagem do cortisol pode ser feita na saliva ou em uma coleta de urina de 24 horas. Esta última serve para avaliar a produção total ao longo do dia.  

    A escolha do método dependerá sempre da indicação médica e da condição a ser investigada. 

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