Teste de paternidade: o que é e quando realizar

Fonte: Ciro Martinhago, geneticista especialista em reprodução humana e medicina fetal da Dasa Genômica. 

O teste de paternidade, ou teste de DNA, como é popularmente conhecido, serve para provar se há vínculo genético entre duas pessoas.  

O exame é feito a partir da análise de uma amostra de material genético de ambos os indivíduos.
A partir da comparação de determinadas partes do DNA, é possível saber quem de fato é o pai biológico de uma pessoa. 

Continue a leitura para saber mais sobre como é feito o exame e quais os tipos de teste de paternidade que existem.  

O que é o teste de paternidade?  

O teste de paternidade é um teste de identificação humana no qual são comparadas regiões hipervariáveis do genoma humano, que compõem a sequência de DNA que possui todas as informações hereditárias daquele organismo. 

Essas regiões mudam de pessoa para pessoa e, no conjunto, quando colocadas lado a lado, configuram um perfil único que ninguém mais tem.  

Assim, é possível realizar a comparação de perfis individuais para saber se existe um grau de parentesco entre eles – e qual é esse grau (pai, irmão, tio etc.).  

Na média, são comparadas 16 regiões da amostra de DNA. No entanto, pode-se chegar a 60 regiões comparadas até a obtenção do índice ideal de vínculo genético.  

O teste é feito por meio de uma amostra de DNA dos indivíduos analisados (obtida por meio de coleta de sangue, saliva ou outros tecidos humanos).  

Com isso em mãos, os técnicos comparam, em laboratório, regiões específicas do genoma para traçar uma possível ligação genética e comprovar a paternidade.  

Tipos de teste de paternidade  

• Teste de paternidade em trio: analisa material genético da mãe, do(a) filho(a) e do suposto pai; 
• Teste de paternidade em dupla: é feito apenas com amostras de DNA do(a) filho(a) e do suposto pai.  

Em caso de pai falecido ou ausente, é possível realizar um exame de DNA com outros parentes do indivíduo para comprovar a ligação biológica.  

A chance de pacientes obterem um resultado falso-negativo ou falso-positivo é de menos de 0,1%, atestando a confiabilidade desse tipo de exame. 

Teste de paternidade durante a gravidez  

O teste de paternidade pode ser feito a partir da 10ª semana de gestação e é o mesmo realizado para determinar o sexo do bebê (exame de sexagem fetal).  

Nessa versão do teste, é colhida uma amostra de sangue da mãe para que o material genético do bebê circulante seja comparado ao do suposto pai. A chance de acerto do resultado é de 99%.  

Ainda existe uma segunda forma de analisar o material genético do bebê, que é colher uma amostra de líquido amniótico ou tecido da placenta.  

No entanto, por ser uma técnica invasiva e com risco para mãe e bebê, não é recomendada de ser feita quando a finalidade é apenas para determinar a paternidade.  

O que é preciso para fazer o teste de paternidade?  

Para a realização do teste de paternidade, é necessário pelo menos uma amostra do(a) filho(a) e do suposto pai para que exista material suficiente para análise e comparação.  

Essa amostra pode ser obtida por meio de coleta de sangue ou de saliva. Uma terceira opção é analisar outras amostras que contenham material genético, como um fio de cabelo – desde que o bulbo capilar (como é chamado a “raiz” do fio) esteja íntegra.  

No caso de coletas feitas mediante ação judicial, a marcação do teste é feita pelo Fórum diretamente no laboratório. Caso alguma das partes não compareça, o fato é relatado para o juiz e o exame não é realizado.  

Em caso de pai falecido, além da possibilidade de realizar o exame com outros familiares dele, também pode-se requerer uma medida judicial para exumação de corpo e coleta de material genético para análise e comparação.  

Qual o valor do teste de paternidade?  

Para consultar preços, obter mais informações sobre o teste de paternidade e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa.