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Reação de vacina em bebês: quais são as mais comuns

Principais reações adversas nessa faixa etária são vermelhidão e inchaço no local da aplicação

Por Equipe Nav DasaPublicado em 29/05/2023, às 18:21 - Atualizado em 03/04/2024, às 15:38

reação da vacina em bebes

Muitos pais se perguntam sobre a reação de vacina em bebê. Nessa faixa etária, o sistema imunológico é mais vulnerável, facilitando o desenvolvimento de doenças infecciosas e as formas graves delas.

É importante dizer que todas as vacinas passam por longas fases de teste para que sejam verdadeiramente seguras. Imunizar o seu bebê é a forma mais eficaz de protegê-los contra doenças e mantê-lo em segurança.

O que fazer quando o bebê tem reação à vacina?

As recomendações diante das reações são para que se utilizem compressas frias no local da vacina, para alívio da dor e/ou da inflamação. Caso o bebê apresente dores intensas ou febre, poderá ser recomendado por um especialista o uso de analgésicos e antitérmicos adequados para a faixa etária.

Se as reações forem incomuns ou demorarem a passar, deverão ser notificadas e investigadas.

Principais reações adversas de vacinas em recém-nascidos

As principais reações adversas nessa faixa etária são vermelhidão e inchaço no local da aplicação, irritabilidade, choro, sono excessivo e febre. Isso não significa que todos os bebês terão algum tipo de reação, pois isso depende de cada indivíduo.

Normalmente os eventos adversos evoluem de forma benigna e não demoram a passar.

Vacinas do nascimento até os 3 meses:

Vacina BCG

É uma vacina viva atenuada que previne a tuberculose, principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar. É indicada desde o nascimento até os cinco anos de idade.

A vacina BCG é conhecida por causar uma lesão no local da aplicação. A evolução habitual dessa lesão acontece, normalmente, da seguinte forma:

  • Da 1ª à 2ª semana: mácula avermelhada, com endurecimento de 5 mm a 15 mm de diâmetro.
  • Da 3ª à 4ª semana: pústula que se forma com o amolecimento do centro da lesão, seguida
  • pelo aparecimento de crosta.
  • Da 4ª à 5ª semana: úlcera com 4 mm a 10 mm de diâmetro.
  • Da 6ª à 12ª semana: cicatriz com 4 mm a 7 mm de diâmetro.

Em alguns casos, pode haver recorrência da lesão, mesmo após a cicatrização completa.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% dos vacinados não apresentam lesões, isso não indica a ausência de proteção e nem constitui indicação de revacinação.

Em raros casos (em 1 a cada 2500 crianças vacinadas), a vacina BCG pode causar os seguintes eventos adversos:

  • Úlcera com diâmetro maior que 1 cm;
  • Abscessos subcutâneos frios;
  • Abscessos subcutâneos quentes;
  • Granulomas;
  • Linfadenopatia regional não supurada;
  • Linfadenopatia regional com supuração.

Vacina Hepatite B

Vacina inativada capaz de proteger contra a infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B. Em 3% a 29% dos vacinados pode ocorrer dor no local da aplicação. Outros sintomas como endurecimento, inchaço e vermelhidão acometem de 0,2% a 17% das pessoas.

As manifestações gerais incluem febre nas primeiras 24h após a vacinação, fadiga, tontura, cefaleia, irritabilidade e desconforto gastrointestinal leve.

Vacina Tríplice bacteriana (DTP ou DTPa)

Ambas conferem proteção contra difteria, tétano e coqueluche. Os principais eventos adversos incluem reações locais, febre baixa e moderada, sonolência, anorexia, irritabilidade, vômito, choro persistente, apneia, episódio hipotônico-hiporresponsivo e convulsões.

As reações mais graves como choro persistente, apneia, episódio hipotônico-hiporresponsivo e convulsões são mais comuns com a vacina DTP (que contém a vacina coqueluche de células inteiras) que na vacina DTPa (que contém a vacina coqueluche acelular).

Vacina Haemophilus influenzae b

Trata-se de uma vacina inativada capaz de conferir proteção contra doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, principalmente meningite.

Os principais eventos adversos incluem manifestações locais como eritema, edema, dor e abscessos locais e manifestações sistêmicas como febre, choro, irritabilidade e sonolência.

Vacina Pentavalente

A vacina Pentavalente confere proteção contra cinco doenças diferentes: difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B.  Recomendam-se 3 doses, sendo aos 2, 4 e 6 meses de vida. Um primeiro reforço deve ser aplicado entre 12 e 18 meses de idade.

As reações da vacina pentavalente são: dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; choro anormal; inquietação; sonolência e sintomas gastrointestinais (diarreia e vômito).

Há diferenças entre a vacina pentavalente do SUS e a particular. Entenda:

  • Vacina pentavalente da rede pública: é composta pelas vacinas difteria, tétano, coqueluche (células inteiras), Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B.
  • Vacina pentavalente particular: é composta pelas vacinas difteria, tétano e coqueluche acelular, Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite inativada.

Também tem a opção da vacina hexavalente disponível nos serviços privados, que confere proteção em uma só vacina contra 06 doenças: difteria, tétano, coqueluche (componente acelular), Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B.

Vacina poliomielite

Previne contra a poliomielite (paralisia infantil).

Os eventos adversos comuns da vacina poliomielite inativada – VIP são: dor, rubor e endurecimento no local da aplicação. Muito raramente pode ocorrer febre moderada.

Já a vacina poliomielite (atenuada) – VOP é bem tolerada, e raramente está associada a algum evento adverso.

Um evento adverso muito raro da VOP é a paralisia pelo vírus vacinal, o que não ocorre com a VIP. Por este motivo, no SUS as 3 primeiras doses são atualmente inativadas (VIP), o que diminui muito este risco. No privado, todas são inativadas (VIP).

Vacina rotavírus

Previne a doença diarreica causada por rotavírus. Há duas vacinas disponíveis e ambas são pouco reatogênicas. Os sintomas de gastroenterite acometem menos de 10% dos vacinados.

Vacina pneumocócicas conjugadas

  • VPC10: Manifestações locais, como edema, dor, endurecimento e rubor; Manifestações sistêmicas como febre ≥39°C, irritabilidade, perda de apetite e sonolência; crise convulsiva febril ou afebril; episódio hipotônico-hiporresponsivo e anafilaxia. 
  • VPC13: Manifestações locais, como edema, dor, endurecimento e rubor; Manifestações sistêmicas como febre ≥39°C, irritabilidade, perda de apetite, sonolência, diarreia e vômito e anafilaxia.

Vacinas dos 3 aos 6 meses:

Vacina meningocócicas conjugadas ACWY/C

Previne as meningites e as doenças meningocócicas causadas pela bactéria meningococo dos sorogrupos A, C, W e Y. Os principais eventos adversos são dor (que acomete de 30% a 70% dos vacinados), hiperemia (2% a 30%) e edema (1% a 30%), sendo mais frequentes nas doses de reforço.

Outros sintomas também podem ser comuns como febre, irritabilidade, sonolência e hiporexia.

Vacina meningocócica B

Previne as meningites e as infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do sorogrupo B.

Os eventos adversos comuns são reações locais como dor, hiperestesia, hiperemia e edema.

Em crianças, os eventos sistêmicos mais comuns são febre (65%), irritabilidade (90%), sonolência (87%), hiporexia (72%) e erupção/rash cutâneo não urticariforme (13%). Em adolescentes e adultos, podem ocorrer frequentemente (>10%) febre, cefaleia, mal-estar, mialgia e artralgia. Normalmente esses sintomas ocorrem nas primeiras 24h após a vacinação e resolvem-se espontaneamente no dia seguinte.

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Vacinas aos 9 meses:

Vacina febre amarela

Previne a infecção febril causada pela febre amarela. Além de manifestações locais comuns como dor no local da aplicação, os eventos adversos da vacina febre amarela podem incluir febre, cefaleia e mialgia.

Já os eventos adversos de anafilaxia e manifestações alérgicas (exantema, urticária, broncoespasmo) são raros e podem ocorrer como reação a qualquer um dos componentes da vacina.

Vacinas aos 12 meses:

Vacina hepatite A

É uma vacina inativada que protege contra a inflamação no fígado causada pelo vírus da hepatite A.

Na maioria dos casos, os eventos adversos são leves, como dor, vermelhidão e, menos comumente, endurecimento.

Vacina tríplice viral

A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, rubéola e caxumba.

As manifestações locais não ocorrem com muita frequência. Podem ocorrer ardência de curta duração, eritema, hiperestesia e endurecimento.

Já as manifestações gerais incluem febre de moderada para alta, cefaleia ocasional, exantema e linfadenopatia.

Vacina varicela (catapora)

A vacina varicela serve para prevenir a catapora. Os sintomas adversos mais comuns são dor e vermelhidão no local da aplicação; febre; erupções avermelhadas na pele; infecção do trato respiratório superior; sonolência; sintomas semelhantes à rinite, faringite, aumento ou surgimento de gânglios próximos à região do local da vacinação.

Outros sintomas raros incluem conjuntivite; diarreia; urticária; anafilaxia; dor abdominal; convulsões e vasculite.

Quanto tempo leva para melhorar a reação das vacinas?

Normalmente, as reações à vacina costumam passar de 24 a 72h após a vacinação. Caso a criança apresente sintomas considerados incomuns, raros ou que demorem a passar, recomenda-se buscar auxílio médico.

Dúvidas frequentes

Muitos pais ainda possuem dúvidas quanto às vacinas do bebê. Devemos lembrá-los que antes de uma vacina ser licenciada, ela passa por diversas fases de teste que comprovam sua segurança e eficácia.

Tire suas principais dúvidas abaixo:

Posso dar algum analgésico para o bebê após a vacina de 2 meses?

A automedicação não é indicada. O uso de medicamentos deve ser orientado e prescrito pelo médico responsável.

É normal o bebê vomitar depois da vacina?

Isso pode acontecer, porém não é muito comum. Se os vômitos persistirem ou estiverem atrelados a outros sintomas, os pais devem procurar atendimento médico.

Quanto tempo depois da vacina pode tomar paracetamol?

De maneira geral, indica-se atualmente medicar com Paracetamol somente se a criança apresentar febre ou dor. Deve-se sempre enfatizar que o uso deste medicamento na dose adequada deve ter sido previamente orientado por médico.

Qual vacina dá mais reação no bebê?

No calendário de vacinação do SUS, a vacina mais reatogênica é a vacina coqueluche. Ela contém a bactéria Bordetella pertussis inteira e inativada e está presente na vacina Pentavalente do SUS (DTP+Hib+Hepatite B), administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade e nas doses de reforço da DTP, administradas aos 15 meses e 4 anos de idade.

No privado, a vacina coqueluche administrada é a acelular, que está presente nas vacinas Pentavalente (DTPa+Hib+IPV), Hexavalente (DTPa+Hib+IPV+Hepatite B) e dTpa. Por conter somente alguns componentes da coqueluche, e não a bactéria inteira inativada, esta vacina provoca menos reações.

Já no calendário de vacinação do privado, a vacina mais reatogênica é a vacina meningocócica B. Ela é administrada aos 3 e 5 meses de idade, com reforço após os 12 meses.

É normal ficar um caroço na vacina do bebê?

Não é comum. Alguns bebês vacinados podem apresentar nódulo, que é uma formação sólida (caroço), causada por espessamento epidérmico, infiltração inflamatória dérmica ou do tecido subcutâneo, ou por depósitos de substâncias no sítio de administração.

Estes “caroços” podem persistir algumas vezes por até 2 meses, geralmente com um tamanho de um caroço de azeitona, devendo desaparecer após esse período.

Se você notar algo parecido com um caroço na perna do seu bebê, mostre ao pediatra para que ele possa confirmar que é mesmo em decorrência de uma vacina.

A presença destes nódulos não significa que a vacina não fez efeito.

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