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Vacina herpes zóster: quem pode tomar e benefícios da imunização

Disponível na rede privada de saúde, a vacina herpes zóster é fundamental na prevenção da doença conhecida popularmente como “cobreiro” e que afeta principalmente adultos a partir dos 50 anos.

Fonte: Dra. Maria Isabel de Moraes PintoInfectopediatra  e médica consultora em vacinas da DasaPublicado em 03/06/2025, às 11:25 - Atualizado em 29/07/2025, às 16:56

Disponível na rede privada de saúde, a vacina herpes zóster sob o nome comercial Shingrix é fundamental na prevenção da doença conhecida popularmente como “cobreiro” e que afeta principalmente adultos a partir dos 50 anos.

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O imunizante aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem 82% de eficácia e é medida mais eficaz para evitar a doença e suas sequelas, como neuralgia pós-herpética, uma dor crônica que pode persistir por meses ou anos. 

A aplicação segue um regime de duas doses, com indicação para adultos acima de 50 anos que já tiveram catapora, além de pessoas a partir de 18 anos que tenham risco aumentado para herpes zóster. 

Lesões na pele que ardem, doem e coçam são algumas características do herpes zóster, doença que pode acometer pessoas que tiveram varicela (catapora) no passado. A melhor forma de se proteger contra a doença é tomando a vacina herpes zóster. Saiba mais.  

O que é herpes zóster? 

Herpes zóster é uma doença infecciosa causada pelo vírus varicela zóster, o vírus da catapora. Para contrair herpes zóster, inclusive, é necessário ter tido um quadro prévio de catapora em algum momento da vida. 

Isso porque, depois desse primeiro contato, o vírus continua latente no corpo — mais especificamente no corno anterior da medula, mas controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Eventualmente, no entanto, pode ocorrer a reativação do vírus varicela zóster, desencadeando assim o herpes zóster. 

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Quais são os fatores de risco para a reativação do herpes zóster? 

Um dos principais fatores para a reativação é a idade: à medida que as pessoas envelhecem, o sistema imunológico também fica mais fragilizado. Outro elemento de risco é a imunossupressão. 

Os sintomas incluem vermelhidão, lesões vesiculares na pele e dor no local das lesões de pele. Nos casos mais graves, os pacientes sofrem com a neuralgia pós-herpética. Trata-se de uma dor intensa que permanece mesmo após a cura das lesões de pele, podendo chegar a ser incapacitante. 

Sintomas de herpes zóster  

Geralmente, indivíduos com herpes zóster têm erupções cutâneas apenas em um lado do corpo, seguindo uma localização específica chamada de dermátomo. Essas lesões na pele podem doer, arder e coçar e vir acompanhadas de febre, mal-estar e dor de cabeça.  

Além disso, os pacientes ficam suscetíveis à neuralgia pós-herpética — uma dor crônica e intensa que se mantém mesmo depois do desaparecimento das lesões, podendo incomodar a pessoa por semanas, meses ou anos.  

Para que serve a vacina herpes zóster?  

A vacina herpes zóster ajuda a diminuir o risco de o indivíduo desenvolver herpes zoster, a neuralgia pós-herpética e outras complicações da doença.

Possíveis sequelas e doenças que podem ser causadas pelo herpes zóster

O herpes zóster pode levar a diversas complicações e sequelas debilitantes, que se tornam mais graves e frequentes com o avançar da idade. A principal e mais comum delas é a dor, mas pode haver também acometimento de olhos, do sistema nervoso e da pele, podendo em casos raros levar à morte. 

As principais sequelas identificadas são: 

Neuralgia pós-herpética (NPH) 

É a complicação mais comum, afetando até 30% dos pacientes. Caracteriza-se por uma dor crônica e intensa, descrita como lancinante, constante ou intermitente, que persiste por meses ou até anos no local onde as lesões de pele apareceram, mesmo após a cicatrização completa.

Complicações oftálmicas

Quando o vírus atinge o nervo oftálmico (herpes zóster oftálmico), pode causar problemas graves nos olhos, como conjuntivite, ceratite (inflamação da córnea), glaucoma e uveíte. Em casos mais graves, essas complicações podem levar à perda de visão.

Complicações neurológicas graves

Além da NPH, o herpes zóster pode causar: 

  • Síndrome de Ramsay Hunt: acontece quando o nervo facial é afetado, podendo causar paralisia facial de um lado do rosto, dor de ouvido, perda de audição, vertigem e alterações no paladar. 
  • Meningoencefalite ou encefalite: uma grave inflamação do cérebro e de suas membranas protetoras. 
  • Acidente vascular cerebral (AVC): estudos apontam um risco aumentado de eventos cerebrovasculares, como o AVC, nos meses seguintes a um episódio de herpes zóster. 
  • Mielite e paralisia de nervos periféricos: inflamação da medula espinhal e paralisia de outros nervos do corpo. 

Infecções secundárias e problemas de pele

As lesões do herpes zóster podem ser uma porta de entrada para bactérias, causando infecções secundárias como impetigo, celulite e erisipela. Depois da cura, a doença pode deixar cicatrizes permanentes e alterações na pigmentação da pele. 

Herpes zóster disseminado

Em pessoas com o sistema imunológico comprometido, o vírus pode se espalhar para outras partes do corpo e até mesmo para órgãos internos, configurando um quadro grave que, em situações raras, pode ser fatal. 

Qual a diferença entre a vacina recombinante herpes zóster e uma vacina disponível no passado? 

No Brasil, existe atualmente somente uma vacina disponível para proteção contra o cobreiro ou herpes zóster e a neuralgia pós-herpética: a vacina herpes zóster recombinante (Shingrix), que foi introduzida no país em junho de 2022. Havia no Brasil uma outra vacina herpes zóster (Zostavax), que já foi descontinuada.

Como mencionado anteriormente, a vacina herpes zóster (Shingrix) tem 82% de eficácia, enquanto a Zostavax apresentava 51% de eficácia.

Quanto à tecnologia, a vacina herpes zóster (Shingrix) é um imunizante recombinante inativado. Ela utiliza somente uma proteína do vírus, e não o vírus vivo. Por esse motivo, é considerada segura para a população imunossuprimida.

Já a vacina que foi descontinuada (Zostavax) era um imunizante atenuado, ou seja, baseado em uma versão ativa enfraquecida do vírus — e, portanto, não indicada aos imunossuprimidos.  

Quem deve tomar a vacina recombinante contra herpes zóster? 

A vacina herpes zóster (Shingrix) é recomendada para adultos acima de 50 anos e pessoas a partir de 18 anos que tenham risco aumentado para herpes zóster, como as imunossuprimidas.  

Ela também pode ser aplicada em indivíduos que já tiveram herpes zóster ou já tomaram, em outro momento, a vacina antiga (Zostavax).  

Vale lembrar ainda que quem nunca teve catapora deve receber primeiro a vacina varicela, que pode ser administrada em crianças a partir de 12 meses.  

Quantas doses da vacina herpes zóster são recomendadas?   

A vacina herpes zóster recombinante (Shingrix) segue um esquema de duas doses separadas por um intervalo de dois a seis meses. A eficácia da vacina de 82% ocorre 30 dias após a segunda dose.  

Reações da vacina herpes zóster  

As principais reações da vacina herpes zóster recombinante (Shingrix) incluem:  

  • Dor no local da injeção;  
  • Dor muscular;  
  • Fadiga;  
  • Cefaleia.  

Na maioria dos casos, essas manifestações são leves ou moderadas e costumam durar dois ou três dias.  

Algumas pessoas podem apresentar inchaço, vermelhidão e dor no local da aplicação da vacina de início dois a três dias após vacinação. Essa reação ocorre em pessoas que já apresentavam anticorpos para o vírus varicela zóster. Após a vacinação, esses anticorpos se ligam aos componentes da vacina e provocam uma reação inflamatória.   

Essa reação inflamatória chama-se reação de Arthus ou hipersensibilidade tipo 3. Ela deve ser comunicada aos profissionais que realizaram a vacinação. Em geral, cuidados locais com compressas frias são suficientes e o processo se resolve em 3 a 4 dias. Durante a resolução da reação pode aparecer prurido (coceira).   

Contraindicações

A contraindicação para a vacina herpes zóster (Shingrix) é a hipersensibilidade (alergia grave ou anafilaxia) às substâncias ativas, a qualquer um dos componentes da fórmula da vacina ou a uma dose anterior da mesma. 

Preço da vacina herpes zoster  

Para consultar preços, obter mais informações sobre a vacina herpes zóster e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa. Consulte os valores abaixo.

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Publicado em 15/07/2022

Atualizado em 03/06/2025

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