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Vacina herpes zóster: quem pode tomar e benefícios da imunização

Imunizante apresenta maior eficácia na prevenção de herpes zóster e de neuralgia pós-herpética

Fonte: Dra. Maria Isabel de Moraes PintoInfectopediatra  e médica consultora em vacinas da DasaPublicado em 15/07/2022, às 09:53 - Atualizado em 08/04/2024, às 10:40

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Uma nova vacina herpes zóster está disponível em clínicas privadas no Brasil. Sob o nome comercial Shingrix, o imunizante aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem 91% de eficácia.

A aplicação segue um regime de duas doses, com indicação para adultos acima de 50 anos que já tiveram catapora, além de pessoas a partir de 18 anos que tenham risco aumentado para herpes zóster.

Lesões na pele que ardem, doem e coçam são algumas características do herpes zóster, doença que pode acometer pessoas que tiveram varicela (catapora) no passado. A melhor forma de se proteger contra a doença é tomando a vacina herpes zóster. Saiba mais.  

O que é herpes zóster?

Herpes zóster é uma doença infecciosa causada pelo vírus varicela zóster, o vírus da catapora. Para contrair herpes zóster, inclusive, é necessário ter tido um quadro prévio de catapora em algum momento da vida.

Isso porque, depois desse primeiro contato, o vírus continua latente no corpo — mais especificamente no corno anterior da medula, mas sem afetar o indivíduo. Eventualmente, no entanto, pode ocorrer a reativação do varicela zóster, assim desencadeando o herpes zóster.

Quais são os fatores de risco para a reativação do herpes zóster?

Um dos principais fatores para a reativação é a idade: à medida que as pessoas envelhecem, o sistema imunológico também fica mais fragilizado. Outro elemento de risco é a imunossupressão.

As consequências incluem vermelhidão, lesões vesiculares na pele e dor no local das lesões de pele. Nos casos mais graves, os pacientes sofrem com a neuralgia pós-herpética. Trata-se de uma dor intensa que permanece mesmo após a cura das lesões de pele, podendo ser até incapacitante.

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Sintomas de herpes zóster 

Geralmente, indivíduos com herpes zóster têm erupções cutâneas apenas em um lado do corpo, seguindo uma localização específica chamada de dermátomo. Essas lesões na pele podem doer, arder e coçar e vir acompanhadas de febre, mal-estar e dor de cabeça. 

Além disso, os pacientes ficam suscetíveis à neuralgia pós-herpética — uma dor crônica e intensa que se mantém mesmo depois do desaparecimento das lesões, podendo incomodar a pessoa por semanas, meses ou anos. 

Ferida de herpes zóster na peleErupções cutâneas da herpes zóster podem doer, arder e coçar

Para que serve a vacina herpes zóster? 

A vacina herpes zóster ajuda a diminuir o risco de o indivíduo contrair herpes zóster e de ter neuralgia pós-herpética. 

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Qual a diferença entre a vacina recombinante herpes zóster e a vacina antiga?

No Brasil, existem dois imunizantes que protegem contra o cobreiro e a neuralgia pós-herpética: a vacina herpes zóster recombinante (Shingrix), que chegou ao país em junho de 2022, e a vacina herpes zóster (Zostavax), mais antiga. 

Elas estão disponíveis apenas em serviços de saúde particulares. E, embora ambas protejam contra o herpes zóster e a neuralgia pós-herpética, há duas diferenças principais: a eficácia e a tecnologia. 

A nova vacina herpes zóster (Shingrix) tem 91% de eficácia, enquanto a vacina antiga (Zostavax) apresenta 51% de eficácia. 

Quanto à tecnologia, a nova vacina herpes zóster (Shingrix) é um imunizante recombinante inativado. Ela utiliza somente uma proteína do vírus, e não o vírus vivo. Por esse motivo, é considerada segura para a população imunossuprimida. 

Já a vacina antiga (Zostavax) é um imunizante atenuado, ou seja, baseado em uma versão ativa enfraquecida do vírus — e, portanto, não indicada aos imunossuprimidos. Essa vacina deve ser, em breve, retirada do mercado. 

Quem deve tomar a vacina recombinante contra herpes zóster?

A vacina herpes zóster (Shingrix) é recomendada para adultos acima de 50 anos e pessoas a partir de 18 anos que tenham risco aumentado para herpes zóster (como as imunossuprimidas). 

Ela também pode ser aplicada em indivíduos que já tiveram herpes zóster ou já tomaram, em outro momento, a vacina antiga (Zostavax). 

Vale lembrar ainda que quem nunca teve catapora deve receber primeiro a vacina varicela, que pode ser administrada em crianças a partir de 12 meses. 

Quantas doses da vacina herpes zóster são recomendadas?  

A vacina herpes zóster recombinante (Shingrix) segue um esquema de duas doses separadas por um intervalo de dois meses. A eficácia da vacina de 91% ocorre 30 dias após a segunda dose.

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Reações da vacina herpes zóster 

As principais reações da vacina herpes zóster recombinante (Shingrix) incluem: 

  • Dor no local da injeção; 
  • Dor muscular; 
  • Fadiga; 
  • Cefaleia. 

Na maioria dos casos, essas manifestações são leves ou moderadas e costumam durar dois ou três dias. 

Algumas pessoas podem apresentar inchaço, vermelhidão e dor no local da aplicação da vacina de início dois a três dias após vacinação. Essa reação ocorre em pessoas que já apresentavam anticorpos para o vírus varicela zóster. Após a vacinação, esses anticorpos se ligam aos componentes da vacina e provocam uma reação inflamatória.  

Essa reação inflamatória chama-se reação de Arthus ou hipersensibilidade tipo 3. Ela deve ser comunicada aos profissionais que realizaram a vacinação. Em geral, cuidados locais com compressas frias são suficientes e o processo se resolve em 3 a 4 dias. Durante a resolução da reação pode aparecer prurido (coceira).  

Preço da vacina herpes zoster 

Para consultar preços, obter mais informações sobre a vacina herpes zóster e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa. Consulte os valores abaixo.

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