Cobreiro: o que é, sintomas, tratamentos e prevenção
Cobreiro é o nome popular da doença chamada herpes-zóster
Cobreiro é o nome popular da doença chamada herpes-zóster. A infecção é provocada pelo vírus Varicela-Zóster (VVZ ou Herpesvírus humano tipo 3), o mesmo responsável por causar a catapora.
O vírus Varicela-Zóster permanece latente durante toda a vida da pessoa e costuma ser reativado na idade adulta em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, em idosos e em pessoas com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e câncer.
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O cobreiro é uma doença que tem alta prevalência entre a população mais velha: estima-se que 30% dos indivíduos acima dos 80 anos desenvolvem o problema. Por outro lado, é uma doença rara em crianças e bebês, embora seja possível ocorrer a infecção.
Continue a leitura e entenda o que é cobreiro, os sintomas mais comuns da doença e os principais tratamentos.
O que é o cobreiro e como ele é causado?
Cobreiro é o nome popular pelo qual a doença herpes-zóster é conhecida. A infecção é provocada pelo vírus Varicela-Zóster, o mesmo que provoca a catapora.
Ocorre que esse vírus fica latente por toda a vida nas pessoas que foram infectadas por ele. Quando a imunidade cai – por fatores como doenças crônicas ou baixa imunidade provocada por estresse, por exemplo – ele é reativado, causando o quadro infeccioso.
Sintomas comuns do cobreiro
O principal e mais conhecido sintoma do cobreiro são as lesões na pele – pequenas vesículas com líquido sobre a pele avermelhada.
Essas lesões são bastante características: são erupções unilaterais e seguem o trajeto de um nervo. As regiões do corpo mais afetadas pelas lesões são: face, tronco e membros.
Outros sintomas comuns do cobreiro e que geralmente surgem antes das lesões são:
- Dores nos nervos (chamada de dor nevrálgica);
- Sensação de formigamento, adormecimento e/ou pressão em partes do corpo;
- Ardor e coceira locais;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Mal-estar.
Cobreiro em bebês e crianças
Embora seja raro, bebês e crianças podem desenvolver cobreiro. Para os menores de 10 anos, os principais fatores de risco são doenças autoimunes ou uso de medicamentos para suprimir a imunidade.
Mas o mais comum é ver pessoas acima dos 50 anos com cobreiro.
Tratamentos para cobreiro
O principal objetivo do tratamento para cobreiro é diminuir a duração da doença, reduzindo sua gravidade e prevenindo possíveis complicações.
Para isso, é comum que o médico oriente o uso de antivirais específicos para o vírus Varicela-Zóster, que irão reduzir a multiplicação dele no organismo. Caso apareçam lesões no rosto e nas mucosas (como no nariz e na boca), pode ser usada a versão em pomada ou creme do antiviral.
Casos mais severos podem necessitar de internação e medicação intravenosa. No geral, no entanto, o tratamento pode ser feito em casa com analgésicos e antitérmicos para reduzir o desconforto provocado pela doença.
Já as lesões devem ser lavadas com água e sabão neutro sem esfregar. O paciente também deve usar roupas confortáveis para não irritar ainda mais a área lesionada.
Como prevenir o cobreiro?
A melhor forma de prevenir o cobreiro é por meio da vacinação. A vacina Tetravalente viral, que oferece proteção contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela (ou catapora) e é aplicada em crianças a partir dos 12 meses se mostrou eficaz em reduzir o risco de desenvolver cobreiro na infância.
Já as pessoas com mais de 50 anos podem se proteger tomando a vacina específica contra o vírus Varicela-Zóster. Existem duas opções hoje disponíveis na rede privada: a vacina Shingrix e a Zostavax.
Saiba mais sobre as vacinas para idosos.
Vacinação contra herpes zóster
Atualmente, a vacina contra o herpes zóster é recomendada para pessoas com mais de 50 anos – que representam hoje o público com maior risco de desenvolver o cobreiro juntamente com os indivíduos imunossuprimidos.
Existem duas vacinas disponíveis no Brasil (apenas na rede privada):
- Vacina de vírus vivo atenuado (Zostavax): é administrada em doce única e pode ser usada em pessoas acima dos 50 anos. Não é recomendada para pacientes imunodeprimidos. É preciso esperar 12 meses após um quadro de cobreiro para poder tomá-la.
- Vacina recombinante inativada (Shingrix): pode ser usada em indivíduos acima dos 50 anos, nos imunocomprometidos e portadores do vírus HIV (a partir dos 18 anos). A aplicação é feita em duas doses com intervalo de oito semanas. Indicado esperar seis meses após quadro agudo da doença para tomá-la.
Precauções para evitar a transmissão
O herpes-zóster não é uma doença considerada muito contagiosa. No entanto, o vírus Varicela Zóster pode ser transmitido por meio do contato direto com as lesões da pele da pessoa infectada. Em casos mais raros, o vírus também pode ser transmitido por secreções respiratórias.
O período de transmissão se inicia de um a dois dias antes da erupção das lesões e dura até que todas as lesões “sequem” e formem crostas.
Fonte: Herbert Amaral, dermatologista do Hospital Santa Paula, em São Paulo