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    Reumatologista: o que faz, quando procurar e exames necessários

    Reumatologista é especialista no diagnóstico e tratamento de doenças que afetam os ossos, ligamentos, músculos, tendões, além de órgãos e sistemas como o coração e a pele.

    Por Raquel RibeiroPublicado em 04/07/2023, às 16:24 - Atualizado em 08/04/2024, às 11:12

    Reumatologista

    Fonte: Fernando Henrique Carlos de Souza, médico responsável pela reumatologia do Hospital Nove de Julho (SP) 

    Quando estruturas essenciais do nosso corpo, como ossos, músculos e ligamentos falham, é o reumatologista que devemos procurar. Esse especialista é capaz de identificar e tratar uma vasta série de condições que vão desde doenças inflamatórias a distúrbios autoimunes.

    Saiba mais sobre este profissional, quando é hora de procurar por ajuda e quais exames fazer para o diagnóstico e tratamento de uma doença reumatológica.   

    Reumatologista: o que é? 

    É um médico especialista no diagnóstico e tratamento de uma ampla gama de doenças que afetam regiões como:  

    • Ossos; 
    • Ligamentos; 
    • Músculos;  
    • Tendões  
    • Órgãos e sistemas como o coração, os olhos, a pele e os pulmões.  

    Como a variedade e a complexidade dessas doenças é extensa, a definição precisa das responsabilidades desse especialista acaba sendo desafiadora até mesmo entre os próprios profissionais de saúde.  

    No entanto, é exatamente essa complexidade que torna o trabalho do reumatologista crucial na identificação correta das condições do paciente e na implementação de tratamentos eficazes. 

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    Quais são as doenças reumatológicas mais comuns? 

    Existem várias doenças reumatológicas comumente tratadas pelos reumatologistas, que podem ser divididas em dois grandes grupos distintos, cada qual com suas características e manifestações.

    O primeiro grupo engloba as doenças relacionadas ao desgaste, envelhecimento e mau uso das estruturas articulares e suas adjacências, como tendões, ligamentos e bursas. Alguns exemplos são:  

    • Artrose: condição na qual ocorre uma alteração primária na cartilagem que reveste os ossos articulares. Com o tempo, ocorrem mudanças anatômicas e diminuição dos mecanismos de proteção das articulações, resultando em sobrecargas nas estruturas circundantes. 
    • Tendinites: inflamações que acontecem nos tendões, estruturas fibrosas que conectam os músculos aos ossos. Geralmente, são causadas por lesões repetitivas, esforço excessivo ou envelhecimento. Ombros, cotovelos, pulsos, quadris, joelhos e tornozelos são as áreas mais afetadas. 
    • Bursites: inflamação das bursas, pequenas bolsas cheias de líquido localizadas perto das articulações. As bursas reduzem o atrito entre os tecidos, como músculos, tendões e ossos, durante os movimentos. Quando uma bursa fica inflamada, ocorre a bursite. Essa condição é frequentemente causada por movimentos repetitivos, mas pode ocorrer por trauma ou infecção. 
    • Tendinopatias: inflamações que ocorrem nos tendões, que são estruturas fibrosas que conectam os músculos aos ossos.  

    O segundo grupo é composto por doenças autoimunes, nas quais o sistema imunológico do corpo passa a atacar seus próprios tecidos. Entre as principais doenças desse grupo, destacam-se: 

    • Lúpus: doença sistêmica, ou seja, que pode afetar diversos órgãos e sistemas do corpo, incluindo pele (com lesões que pioram com exposição aos raios ultravioleta), articulações, sangue, rins, coração, pulmões e sistema neurológico. 
    • Artrite reumatoide: manifesta-se com inflamação crônica nas articulações, principalmente nas mãos, punhos e pés, afetando ambos os lados do corpo. 
    • Síndrome de Sjogren: caracterizada pelo comprometimento primário das glândulas, resultando em sintomas como boca e olhos secos, além de secura vaginal em mulheres. 
    • Miopatias autoimunes: essas doenças manifestam-se como fraqueza e dor muscular, geralmente afetando as regiões proximais dos membros superiores e inferiores (acima do cotovelo e do joelho, respectivamente). 
    • Espondiloartropatias:  grupo de doenças que envolvem principalmente a coluna vertebral, com inflamação das articulações sacroilíacas (localizadas na parte inferior da coluna), causando dor na região lombar e nas nádegas. 

    Além dessas doenças, os reumatologistas também tratam condições como: 

    • Fibromialgia: caracterizada por dor crônica generalizada em diferentes partes do corpo. 
    • Gota: uma forma de artrite que ocorre quando há um acúmulo de ácido úrico no organismo. 
    • Pseudogota: forma de artrite semelhante à gota, mas causada por depósitos de cristais de cálcio nas articulações, em vez de ácido úrico. 

    É importante ressaltar que essa é apenas uma breve visão geral das doenças reumatológicas mais comuns. Cada uma delas possui particularidades específicas, e o diagnóstico e tratamento adequados são essenciais para a melhora na qualidade de vida do paciente. 

    Quando procurar o reumatologista? 

    É recomendado procurar um reumatologista quando surgirem sintomas que possam indicar a presença de doenças reumatológicas, especialmente quando houver ocorrência de artrite nas articulações. Esses sintomas podem incluir:  

    • Dor; 
    • Inchaço; 
    • Vermelhidão e sensação de calor nas articulações; 
    • Fadiga; 
    • Febre;  
    • Dificuldades de mobilidade.  

    O reumatologista é o especialista capacitado para realizar uma avaliação completa, diagnosticar e oferecer o tratamento adequado para essas condições. 

    Quais exames o reumatologista pode solicitar? 

    Para o diagnóstico e acompanhamento das doenças reumatológicas, o reumatologista pode solicitar uma variedade de exames laboratoriais que desempenham um papel fundamental nesse processo.  

    Alguns exemplos incluem: 

    • Índices de inflamação (VHS e PCR): medem a velocidade de sedimentação de eritrócitos (VHS) e a proteína C reativa (PCR), que são indicadores de inflamação no corpo. Eles auxiliam no monitoramento da atividade inflamatória e na resposta ao tratamento. 
    • Ácido úrico: o exame de ácido úrico mede os níveis dessa substância no sangue. É especialmente relevante para o diagnóstico e o acompanhamento da gota. 
    • Testes genéticos, como HLA-B27: avaliam a presença de certos genes relacionados a doenças reumatológicas, como espondiloartropatias. O HLA-B27, por exemplo, está associado a condições como espondilite anquilosante e artrite reativa. 
    • Anticorpos reumatológicos, como FAN (fator antinuclear): verificam a presença de anticorpos específicos relacionados a doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico.  

    Além disso, exames de imagem também são utilizados, auxiliando na visualização e avaliação das estruturas articulares e tecidos moles, permitindo identificar alterações associadas a doenças reumatológicas. Entre eles estão: 

    • Radiografias: utilizam raios-X para criar uma imagem das estruturas internas do corpo, como ossos e articulações.  
    • (TC) Tomografia: combina múltiplas radiografias para criar imagens transversais detalhadas do corpo. 
    • Ressonância magnética: utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do corpo. 
    • Cintilografia: utiliza uma pequena quantidade de material radioativo para visualizar o funcionamento de órgãos e tecidos específicos. 

    Reumatologista online: como é feita a consulta? 

    As consultas podem ser feitas por aplicativos específicos, respeitando-se limites éticos e de sigilo médico. Para uma avaliação inicial e de acompanhamento tem se demonstrado como uma ferramenta valiosa.

    Mas, por vezes, uma consulta presencial é necessária, para melhor avaliação e um exame físico detalhado, que certamente são limitações das consultas on-line. 

    Portanto, frente a suspeita de uma doença reumatológica, procure o especialista. Para consultar preços, obter mais informações sobre exames e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa. Clique aqui para agendar consulta online

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