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    Ressonância magnética: o que é e como é feita

    Exame de imagem não invasivo permite a análise detalhada de diversas partes do corpo

    Fonte: Dr. Fernando Ide YamauchiUrorradiologista/ RMPublicado em 17/09/2025, às 13:52 - Atualizado em 31/10/2025, às 15:33

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    A ressonância magnética (RM) é um tipo de exame bastante preciso que fornece imagens de alta resolução e detalhes anatômicos do corpo humano inteiro. Isso possibilita o diagnóstico e o acompanhamento de uma série de doenças. 

    Basicamente, o procedimento utiliza um campo magnético, ondas de radiofrequência e um sistema de processamento. Ou seja, não é invasivo e não emite radiações ionizantes. 

    Para que serve a ressonância magnética?

    A ressonância é requisitada por várias especialidades da medicina. Ela pode revelar alterações e doenças no cérebro, na coluna vertebral, no sistema músculo-esquelético, nas estruturas do pescoço, no coração, em vasos sanguíneos, nas mamas, nos testículos e em órgãos como fígado, rins, baço, pâncreas, útero, ovários e próstata. 

    Além de servir como primeira opção para diagnóstico, a ressonância magnética pode ajudar a esclarecer dúvidas de outros exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia. 

    Ressonância magnética com contraste 

    Em algumas situações, para melhorar a visibilização de certas estruturas, como vasos sanguíneos, tumores ou inflamações, é necessária a injeção de um meio de contraste. A substância mais utilizada é à base de gadolínio, aplicada por via intravenosa.  

    Esse meio de contraste realça os tecidos, permitindo uma diferenciação mais clara entre áreas saudáveis e lesionadas, o que torna o diagnóstico ainda mais preciso. Geralmente, é um procedimento seguro e com baixíssimo risco de reações adversas. 

    Tipos de Ressonância magnética 

    A ressonância magnética pode ser direcionada para investigar áreas específicas do corpo, dependendo da suspeita clínica. Conheça a seguir os principais tipos. 

    Ressonância magnética do crânio 

    Este exame avalia o cérebro e outras estruturas da cabeça. É indicado para investigar sintomas como dores de cabeça persistentes, tonturas, convulsões e alterações de memória.

    Permite ainda diagnosticar condições como acidentes vasculares cerebrais (AVC), tumores, esclerose múltipla, infecções (como meningite) e malformações. 

    Ressonância magnética da coluna 

    Indicada para investigar dores nas costas e no pescoço, a ressonância da coluna (seja cervical, torácica ou lombar) é eficaz no diagnóstico de hérnias de disco, compressão de nervos, tumores, fraturas, processos inflamatórios e lesões na medula espinhal. 

    Ressonância magnética do joelho e articulações 

    É o exame de escolha para avaliar as estruturas internas do joelho, como ligamentos, meniscos, tendões e cartilagens, que não são visualizadas no raio-x. É frequentemente solicitado para diagnosticar lesões esportivas, como rompimentos de ligamentos e meniscos, além de condições degenerativas como a artrose. 

    Ressonância magnética da pelve 

    Este exame analisa os órgãos da região pélvica. Nas mulheres, é utilizado para investigar o útero, os ovários e a bexiga, sendo útil no diagnóstico de endometriose, miomas, cistos ovarianos e tumores.  

    Já nos homens, é um exame chave para a avaliação da próstata (principalmente na detecção e estadiamento do câncer), da bexiga e das vesículas seminais 

    Ressonância magnética do abdome superior 

    Este exame é focado na avaliação detalhada dos órgãos da cavidade abdominal, como o fígado, rins, baço e pâncreas. É fundamental para investigar a presença de lesões, tumores e outras alterações nessas estruturas.  

    Neste tipo de RM, o contraste de gadolínio é frequentemente aplicado para realçar os tecidos e permitir um diagnóstico mais claro e preciso.

    Ressonância magnética das mamas 

    A ressonância magnética da mama é um importante exame na avaliação do câncer de mama, sendo frequentemente usada de modo complementar a outros exames de imagem, como a mamografia ou a ultrassonografia.  

    Qual a tecnologia por trás da ressonância magnética?

    Tecnicamente falando, a ressonância magnética causa um rápido alinhamento e desalinhamento dos prótons de hidrogênio que temos no organismo. 

    Por meio de um grande ímã presente nos equipamentos da ressonância, cria-se um forte campo magnético – com o qual os prótons se alinham. 

    E, com uma bobina (dispositivo posicionado sobre a área do corpo a ser analisada), emitem-se ondas de radiofrequência que contribuem para a formação e recepção das imagens. 

    Como funciona a ressonância magnética?

    Na prática, isso tudo acontece em uma sala refrigerada, que contém um grande aparelho semelhante a um tubo aberto nas duas extremidades (mas claustrofóbico para muitos pacientes). Para entrar no tubo, o paciente se deita em uma mesa plana que é inserida no equipamento de acordo com a área do corpo a ser examinada. 

    Dentro do aparelho, há um sistema que permite a comunicação entre paciente e técnico responsável pela ressonância. 

    O exame é indolor e a duração varia com região a ser avaliada e o tipo de condição a ser estudada (na média 20-30 minutos), sendo necessário ficar imóvel para que as imagens não apresentem imprecisões. Durante esse período, é normal ouvir muitos ruídos, mesmo estando com protetores auriculares fornecidos pelo laboratório – a máquina está trabalhando. 

    No geral, é assim que funciona uma ressonância magnética. Em caso de claustrofobia extrema, é possível realizar o exame sob sedação e acompanhamento por uma equipe de anestesistas. 

    A depender do caso, também se recorre ao meio de contraste – feito pelo gadolínio, uma substância injetada por veia periférica. Ele é empregado quando há necessidade de realçar certas estruturas anatômicas.  Portanto, sempre que o médico julgar necessário o uso de gadolínio, sugere-se que o paciente permita sua utilização para que o diagnóstico seja o mais assertivo possível. 

    Qual o preparo para ressonância magnética?

    Exceto nos exames de pelve e próstata, na maioria dos estudos, não é necessário mudar a alimentação ou fazer alguma coisa diferente das suas atividades rotineiras antes do exame. 

    No entanto, é bom sempre entrar em contato com a clínica de imagem e se informar, pois em alguns casos pode ser necessário preparo intestinal e jejum. 

    Momentos antes da ressonância magnética, a equipe solicitará, por segurança, que você responda a um questionário e remova eventuais adereços metálicos – brincos, pulseiras, relógios, piercings e até aparelhos auditivos. 

    Também é preciso informar aos profissionais a existência de tatuagens e cílios postiços, sobretudo os realizados há menos de seis semanas, com risco de queimaduras. 

    Existem contraindicações?

    A principal contraindicação para o exame de ressonância magnética é o uso de dispositivos eletrônicos implantáveis, como marcapassos, clipes de aneurisma e implante no ouvido que não sejam compatíveis com o ambiente de ressonância magnética. É necessário checar os modelos desses dispositivos no manual do fabricante, e idealmente, obter uma carta com consentimento de seu médico para realizar o exame. 

    Alguns marcapassos devem ser programados para a função “ressonância” antes do estudo e depois reprogramados pelo cardiologista para a função “normal”. 

    Ressonância magnética: preço e onde agendar 

    Para obter mais informações sobre a ressonância magnética, tais como preço e preparo, além de agendar seu exame, acesse agora a nossa plataforma digital. 

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