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    Ressonância magnética: o que é e como é feita

    Exame de imagem não invasivo permite a análise detalhada de diversas partes do corpo

    Por Tiemi OsatoPublicado em 19/09/2022, às 16:54 - Atualizado em 21/09/2023, às 18:03

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    A ressonância magnética (RM) é um tipo de exame bastante preciso que fornece imagens de alta resolução e detalhes anatômicos do corpo humano inteiro. Isso possibilita o diagnóstico e o acompanhamento de uma série de doenças.

    Basicamente, o procedimento utiliza um campo magnético, ondas de radiofrequência e um sistema de softwares. Ou seja, não é invasivo e não emite radiações ionizantes.

    Para que serve a ressonância magnética?

    A ressonância é requisitada por várias especialidades da medicina. Ela pode revelar alterações e doenças no cérebro, na coluna vertebral, no sistema músculo-esquelético, nas estruturas do pescoço, no coração, em vasos sanguíneos, nas mamas, nos testículos e em órgãos como fígado, rins, baço, pâncreas, útero, ovários e próstata.

    Além de servir como primeira opção para diagnóstico, a ressonância magnética pode ajudar a esclarecer dúvidas de outros exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia.

    Qual a tecnologia por trás da ressonância magnética?

    Tecnicamente falando, a ressonância magnética causa um rápido alinhamento e desalinhamento dos prótons de hidrogênio que temos no organismo.

    Por meio de um grande ímã presente nos equipamentos da ressonância, cria-se um forte campo magnético – com o qual os prótons se alinham.

    Por meio da bobina (dispositivo posicionado sobre a área do corpo a ser analisada), emitem-se ondas de radiofrequência que contribuem para a qualidade das imagens – e desalinham os prótons.

    Quando o campo de radiofrequência é desligado, os prótons voltam a se alinhar com o campo magnético. Nesse processo, eles liberam uma energia que é captada pelos sensores da máquina de ressonância. Os softwares, então, interpretam essas informações e geram as imagens.

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    Como funciona a ressonância magnética?

    Na prática, isso tudo acontece em uma sala refrigerada, que contém um grande aparelho semelhante a um tubo aberto nas duas extremidades. Para entrar no tubo, o paciente deita em uma mesa plana que é inserida no equipamento de acordo com a área do corpo a ser examinada.

    Dentro do aparelho, há um sistema que permite a comunicação entre paciente e técnico responsável pela ressonância.

    O exame é indolor e costuma durar de 15 a 90 minutos (a depender da região avaliada), sendo necessário ficar imóvel para que as imagens não apresentem imprecisões. Durante esse período, é normal ouvir ruídos mesmo estando com protetores auriculares fornecidos pelo laboratório – a máquina está trabalhando para gerar um campo magnético.

    No geral, é assim que funciona uma ressonância magnética. Mas há situações em que se utiliza a sedação. Ela é administrada por médicos anestesistas em pacientes claustrofóbicos ou que não conseguem ficar parados ao longo do exame, como crianças e pessoas que têm movimentos involuntários.

    A depender do caso, também recorre-se ao contraste – feito pelo gadolínio, uma substância injetada por veia periférica, que não costuma causar efeitos adversos. Ele é empregado quando há necessidade de realçar certos aspectos do resultado. Geralmente, é aplicado em angiorressonância e nas ressonâncias de abdome e de pelve.

    Quando for necessário o uso de gadolínio, sugere-se que o paciente permita sua utilização para que o diagnóstico seja possível com o uso da ressonância.

    Qual o preparo para ressonância magnética?

    Na maioria das vezes, não é necessário mudar a alimentação ou fazer alguma coisa diferente das suas atividades rotineiras antes do exame.

    No entanto, é bom sempre entrar em contato com a clínica de imagem e se informar, porque a orientação pode ser diferente para ressonâncias cardíacas, com sedação ou com contraste, por exemplo.

    Momentos antes da ressonância magnética, a equipe solicitará, por segurança, que você responda a um questionário e remova eventuais adereços – brincos, pulseiras, relógios, piercings e até aparelhos auditivos, em função da presença de metal.

    Também é preciso informar aos profissionais a existência de tatuagens. Não é permitido realizar o exame se houver alguma tatuagem na região do corpo a ser analisada feita há menos de seis semanas.

    Se o desenho tiver mais de seis semanas ou estiver em outro local, a ressonância pode ser realizada com alguns cuidados (colocando pacotes de gelo ou acolchoados na área tatuada que esteja em contato com o equipamento).

    Existem contraindicações?

    A principal contraindicação para o exame de ressonância magnética é o uso de dispositivos eletrônicos implantáveis, como marcapassos, clipes de aneurisma e implante no ouvido.

    É comum que esses aparelhos não sejam compatíveis com a ressonância, mas há modelos que são permitidos, então é importante checar o caso de cada paciente.

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    Fontes: Alair Sarmet Santos, radiologista diretor do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação do Complexo Hospitalar de Niterói (CEPIn-CHN) e professor associado e chefe do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF); Rômulo Varella, chefe do Centro de Imagem do Hospital São Lucas Copacabana e radiologista do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (HUPE-UERJ).

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