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    Gota: o que é, sintomas, causas e como tratar

    Doença inflamatória pode afetar os rins, mas com tratamento adequado não provoca tantas complicações

    Por Raquel RibeiroPublicado em 01/12/2022, às 18:49 - Atualizado em 12/06/2023, às 16:53
    Foto: Shutterstock

    Causada pelo excesso de ácido úrico no nosso organismo, a doença chamada de gota pode trazer uma série de prejuízos à nossa saúde, como infecções e lesões renais. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, essa condição atinge principalmente homens entre 40 e 50 anos.

    Apesar de pouco conhecida, trata-se de uma condição que pode se manifestar por dor intensa e frequente que pode afetar qualquer articulação do corpo. Para se ter ideia, a gota é classificada como uma monoartrite. Isso significa que é uma artrite que atinge apenas uma articulação em cada crise.

    A boa notícia é que, se tratada adequadamente, não interfere na qualidade de vida do indivíduo. Para isso, é fundamental evitar os fatores desencadeantes de gota. 

    O que é a doença gota?

    Para entender o que é, vamos explicar primeiro o que é ácido úrico. Trata-se de uma substância produzida pelo nosso próprio organismo como resultado da ingestão dos alimentos. Parte desse ácido é eliminado pela urina, enquanto o restante circula pelo nosso sangue. 

    A gota é uma doença inflamatória caracterizada pela elevação acima do normal (hiperuricemia) desse ácido úrico no sangue acometendo sobretudo as articulações. 

    Causas de gota

    É capaz de ocorrer principalmente pela produção excessiva de ácido úrico no sangue ou pela eliminação deficiente de ácido úrico. Outros fatores que podem influenciar seu aparecimento são:

    • Obesidade ou sobrepeso;
    • Sedentarismo;
    • Aumento do consumo de alimentos ricos em purinas (compostos que quando metabolizados formam o ácido úrico), como carnes vermelhas, peixes e frutos do mar;
    • Alto consumo de bebidas alcoólicas frequentemente.

    Sintomas

    Os sintomas da gota envolvem principalmente dores nas articulações causadas pela inflamação que atinge essas regiões e, geralmente, desaparecem em alguns dias. Confira os principais:

    • Dor e inchaço: nas articulações onde ocorre o depósito dos cristais. Geralmente, acomete principalmente as articulações do dedão, tornozelos e joelhos;
    • Tofos (nódulos de cristais de ácido úrico rígidos);
    • Vermelhidão;
    • Aumento de temperatura local;
    • A formação de cálculos também pode ocorrer produzindo cólicas renais e os depósitos de cristais de ácido úrico debaixo da pele. Essa concentração de ácido causa inflamações protuberantes e dolorosas em diversas articulações, como as já mencionadas.

    Diagnóstico

    O diagnóstico da gota é feito primeiramente pelo histórico clínico individual de cada paciente. Associado a essa conversa com o indivíduo, pode ser solicitado o exame de ácido úrico, feito por meio de uma amostra de sangue do paciente, para verificar se há níveis elevados de ácido úrico 

    Eventualmente, há necessidade  também de uma radiografia, pois o exame de imagem permite avaliar com mais precisão a extensão da doença. Além disso, essa pode ser uma importante ferramenta durante o tratamento para monitorar a resposta à terapia e redução deste composto.

    Tratamento para gota

    Apesar de não ter cura, o objetivo do tratamento de gota é diminuir as dores, inflamações e crises agudas. Para isso, algumas alternativas são:

    Evitar os fatores desencadeantes: como os já citados ou aqueles que favorecem a formação de ácido úrico. Além disso, é importante evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. 

    Alimentação equilibrada: sem exageros ao optar pelo consumo de frutos do mar, sardinha, miúdos (rim e fígado), além de carne vermelha quando os níveis de ácido úrico estiverem altos. Se ingeridos neste caso, podem desencadear uma crise. 

    Medicamentos: podem ser utilizados tanto para diminuir o ácido úrico no sangue, como também para amenizar as dores, em casos de inflamação e crises agudas. Entre eles estão os anti-inflamatórios e analgésicos.

    Cirurgia: Eventualmente se todos prejudicarem a função articular.

    Fonte: Luciano Miller, ortopedista e cirurgião de coluna e diretor da Clínica Colunar.

    Referência: Sociedade Brasileira de Reumatologia

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