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Vacina hepatite B: para que serve e quando tomar

O imunizante é recomendado para pessoas de todas as idades

Fonte: Dra. Maria Isabel de Moraes PintoInfectopediatra  e médica consultora em vacinas da DasaPublicado em 12/06/2023, às 14:47 - Atualizado em 15/04/2024, às 09:10

Vacina hepatite B

As vacinas são uma das nossas melhores aliadas contra doenças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os imunizantes salvam entre 2 e 3 milhões de vidas a cada ano. Alguns deles devem ser aplicados logo após o nascimento. É o caso da vacina da hepatite B. 

Para que serve a vacina hepatite B? 

A vacina serve para prevenir a hepatite B, uma doença que pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. O quadro, causado por um vírus, é caracterizado pela infecção do fígado. A condição pode ser aguda (de curta duração) ou crônica (durar mais de 6 meses). 

Em muitas pessoas, principalmente em crianças e adolescentes, a hepatite B evolui de maneira silenciosa. Os sintomas costumam surgir apenas em fases mais avançadas da doença e incluem: 

  • cansaço; 
  • vômitos; 
  • dor de barriga;  
  • icterícia (pele ou olhos amarelados). 

Quem deve tomar a vacina hepatite B? 

A vacina hepatite B é indicada para todas as idades. Ela deve ser aplicada, idealmente, no intervalo de 12 a 24 horas após o nascimento. 

É importante que a vacina seja administrada nesse período especialmente para evitar a hepatite B crônica e o câncer de fígado. Isso acontece porque, quanto mais jovem o indivíduo se infecta, maior é o risco de a doença se tornar crônica. 

Entretanto, a recomendação de se vacinar para hepatite B se mantém para as pessoas de qualquer idade que não se imunizaram anteriormente. 

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Esquema vacinal para hepatite B 

A vacina hepatite B é uma vacina inativada feita a partir da técnica de DNA recombinante utilizando uma porção do DNA do vírus que codifica a proteína de superfície do vírus. Sua aplicação é intramuscular. Ela pode ser administrada em três ou quatro doses, sendo a primeira até 24 horas após o nascimento. 

O esquema de quatro doses em recém-nascidos e lactentes jovens é proposto pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Já a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda o esquema de três ou quatro doses. 

No esquema de quatro doses, a primeira é administrada ao nascer por meio da vacina de hepatite B em formulação isolada. As três doses seguintes são aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida.  

Nesses momentos, a vacina pode ser a vacina Pentavalente de células inteiras (DTPw­-HB/Hib), que protege contra hepatite B, difteria, tétano, coqueluche e meningite por Haemophilus influenzae tipo b (administrada no SUS) ou a vacina Hexavalente acelular (DTPa-VIP-HB/Hib), que protege contra hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite (administrada no sistema privado).

Já no esquema de três doses, a primeira também é administrada ao nascer por meio da vacina de hepatite B isolada (monovalente). As próximas duas doses devem ser dadas aos 2 e 6 meses de vida, com a vacina Hexavalente acelular (DTPa-VIP-HB/Hib), que protege contra hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite. 

Se a vacina de hepatite B não for administrada no primeiro ano de vida, a pessoa deve realizar um esquema de três doses. Essa orientação é válida para crianças, adolescentes e adultos. Após a primeira dose, é preciso aguardar 1 ou 2 meses para tomar a segunda. Já a terceira dose deve ser aplicada 6 meses depois da primeira. 

Esquema vacinal para hepatite B em indivíduos imunodeprimidos 

Pessoas com alguma condição de imunossupressão (por doença ou medicação) devem receber esquema de 4 doses dobradas de hepatite B: dose inicial, 30 dias, 60 dias e 180 dias após a primeira dose. 

Para essas pessoas é importante assegurar que ocorreu produção de anticorpos, com realização de sorologia para dosagem de anti-HBs 30 a 60 dias após a 4ª dose do esquema vacinal. 

Reações da vacina hepatite B 

Após receber a vacina de hepatite B isolada, as pessoas podem sentir dor no local da aplicação. Além disso, a região pode ficar endurecida, inchada e avermelhada. É possível aliviar essas reações com compressas frias. 

Também pode haver febre autolimitada nas 24 horas que sucedem a aplicação. Alguns indivíduos podem ter ainda cansaço, tontura, dor de cabeça, irritabilidade e desconforto gastrointestinal. 

Vacina hepatite B em gestante 

É fundamental que gestantes não imunizadas tomem a vacina hepatite B. 

Por isso, recomenda-se que as grávidas façam um exame laboratorial ou teste rápido no início do pré-natal para avaliar sua proteção contra a hepatite B. Se o resultado do teste rápido for não reagente, significa que a gestante não está imunizada contra o vírus causador da doença.  

O esquema vacinal nesse caso é o de três doses. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de 1 ou 2 meses, enquanto o intervalo entre a primeira e a terceira dose deve ser de 6 meses. 

Contraindicações da vacina 

As principais contraindicações da vacina hepatite B são: 

  • Pessoas que tiveram anafilaxia (reação alérgica grave) com algum componente da vacina ou com a dose anterior 
  • Pessoas que tiveram púrpura trombocitopênica (doença autoimune) depois de tomar a vacina 

Vale reiterar que o imunizante contra hepatite B é seguro. Tanto a anafilaxia quanto a púrpura trombocitopênica são eventos adversos bastante raros. 

O surgimento de púrpura trombocitopênica, por exemplo, foi registrado em menos de 0,01% dos imunizados e não se sabe se esses casos foram coincidência ou se têm relação com a vacina. 

Onde encontrar vacina hepatite B? 

A vacina da hepatite B está disponível tanto na rede pública de saúde como na rede privada. Para consultar preços e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa. 

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Por: Tiemi Osato

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