Vacina tríplice viral: para que serve e quem deve tomar

Imunizante é fundamental para proteger contra a rubéola, sarampo e caxumba

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Seguras e eficazes, as vacinas estão nas nossas rotinas – ou pelo menos, deveriam estar – desde os nossos primeiros meses de vida. E a vacina tríplice viral é uma delas.   

Como o próprio nome diz, o imunizante é capaz de nos proteger de três doenças: rubéola, sarampo e caxumba.  

Em linhas gerais, a rubéola é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus da família Togaviridae e transmitida pelo contato com gotículas de secreções do doente.   

Da mesma forma, o sarampo é causado por um vírus da família Paramyxoviridae e propagado quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala próximo de outras.   

Já a caxumba provoca uma inflamação nas glândulas salivares, embora possa atingir qualquer tecido glandular do corpo humano. É causada por um outro vírus da família Paramyxoviridae, e acontece, em geral, no inverno e a primavera.  

Todas essas três infecções podem ser evitadas com o mesmo imunizante: a vacina tríplice viral.  

Devem tomar a vacina crianças, adolescentes e adultos. No entanto, há algumas contraindicações, como no caso das gestantes.   

Em seguida, você fica por dentro de mais informações sobre essa vacina.

O que é a vacina tríplice viral?

A vacina tríplice viral é fundamental para proteger de doenças como rubéola, sarampo e caxumba.  

Ela é feita de vírus “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba, além de aminoácidos, albumina humana, sulfato de neomicina, sorbitol e gelatina. Também são encontrados em sua composição traços de proteína do ovo de galinha.  

A vacina tríplice viral protege contra quais doenças? 

A vacina tríplice viral oferece proteção contra três doenças infecciosas, que são o sarampo, a caxumba e a rubéola. Por meio de uma única aplicação, o imunizante atua contra esses três agentes infecciosos. 

Essa vacina reúne os vírus causadores das três enfermidades em sua forma enfraquecida. Isso permite que o sistema imunológico desenvolva defesas sem causar a doença. 

Quem deve tomar a vacina tríplice viral?

Devem tomar a vacina tríplice viral todas as crianças a partir de 12 meses de idade em esquema de duas doses com 2 a 3 meses de intervalo. Devem também tomar a vacina:  

• Crianças, adolescentes e adultos abaixo de 60 anos de idade sem confirmação de duas doses de vacinação em carteira;  

• Em situações em que ocorre circulação do vírus do sarampo, administra-se também uma dose de vacina tríplice viral aos 6 meses de idade. Essa é a chamada dose zero, que não deve ser computada como vacina válida, ou seja, a criança deve sempre continuar recebendo, além da dose zero, as duas doses acima de 12 meses de idade.

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Posso tomar a vacina tríplice viral com outras vacinas no mesmo dia?

Sim, a vacina tríplice viral pode ser aplicada no mesmo dia que outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. A administração simultânea é uma prática segura e recomendada para otimizar a proteção e manter o esquema vacinal em dia.

No entanto, há uma recomendação específica que deve ser observada. Segundo a Instrução Normativa do Ministério da Saúde, a vacina tríplice viral não deve ser administrada simultaneamente com a vacina contra a febre amarela em crianças menores de dois anos de idade.

Para este grupo, caso seja necessário aplicar ambas as vacinas, um intervalo de 30 dias deve ser respeitado entre as doses, conforme orientação profissional. Para os demais públicos, a aplicação conjunta com outros imunizantes, como o da varicela, está liberada.

Como é o esquema vacinal da tríplice viral no calendário oficial?

O esquema de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola é composto por duas doses, que são aplicadas em momentos diferentes na infância.

A primeira dose da vacina tríplice viral é recomendada para crianças aos 12 meses de vida. A segunda dose é administrada aos 15 meses de idade, geralmente por meio da vacina tetra viral, que combina a proteção da tríplice viral com a imunização contra a varicela (catapora). 

Além disso, em situações de surtos ou circulação do vírus do sarampo, pode ser indicada uma “dose zero” para bebês entre 6 e 11 meses, mas essa dose extra não substitui as duas doses do calendário padrão.

Reações da vacina tríplice viral  

Por ser feita de vírus enfraquecido, o imunizante pode causar algumas reações, como:  

• Ardência; 

• Dor local e formação de nódulo;  

• Dores de cabeça;  

• Irritabilidade;  

• Lacrimejamento e vermelhidão dos olhos;  

• Coriza;  

• Febre alta e manchas vermelhas no corpo: costumam surgir entre cinco e 12 dias após a vacinação, com duração de 1 dia;  

Reações incomuns:

• Manifestações hemorrágicas: como a chamada púrpura trombocitopênica, condição em que o paciente apresenta níveis baixos de plaquetas.  

• Dor articular ou artrite: ocorrendo de um a 21 dias depois da vacinação, habitualmente atinge com mais frequência o público feminino quando a primeira dose de vacina é administrada após a puberdade.  

É importante estar atento a reações graves ou que tenham duração maior que 24 e 72 horas.   

Casos de eventos graves supostamente atribuíveis a vacinação ou imunização devem ser notificados e investigados.  

Contraindicações da vacina tríplice viral  

Para que a vacina seja eficaz e administrada de forma segura, é necessário conhecer suas contraindicações. São elas:  

• Indivíduos com doenças febris agudas;  

• Pessoas que apresentaram reação alérgica grave (anafilaxia) aos componentes da vacina;  

• Gestantes;  

• Imunodeprimidos: pacientes cujos mecanismos de defesa estão comprometidos;  

• Pessoas que fizeram quimioterapia e radioterapia nos últimos três meses;  

• Pessoas que fizeram transplante de medula óssea devem aguardar de um a dois anos para aplicação da vacina.

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Publicado em: 12/06/2023

Atualizado em: 29/07/2025