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    Calprotectina fecal: o que o exame pode revelar?

    Este marcador presente nas fezes ajuda a investigar sintomas como dor abdominal e diarreia crônica

    Fonte: Dr. Décio ChinzonGastroenterologistaPublicado em 19/09/2025, às 11:07 - Atualizado em 22/09/2025, às 11:10

    Calprotectina fecal

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    Problemas intestinais são relativamente comuns, mas quando se tornam rotineiros, é melhor investigar. E nessa busca por um diagnóstico, o exame de calprotectina fecal pode ser valioso. 

    A partir de uma pequena amostra de fezes, ele indica se há um processo inflamatório em atividade no sistema digestivo. E ajuda o médico a diferenciar quadros mais complexos de condições mais simples.

    Calprotectina fecal: o que é? 

    A calprotectina fecal é uma proteína que sinaliza a presença de inflamação no intestino. Ela é liberada pelas células de defesa do nosso corpo (os neutrófilos) para combater uma agressão ou inflamação na parede intestinal. 

    Essa proteína, então, passa para as fezes. Por isso, ao medir sua quantidade em uma amostra fecal, podemos saber que está acontecendo no trato gastrointestinal. Níveis elevados sugerem que há uma inflamação ativa. 

    Para que serve o exame calprotectina fecal? 

    O exame de calprotectina fecal serve para avaliar se existe inflamação no intestino, e diferenciar doenças inflamatórias de não inflamatórias.  

    Vamos a um exemplo. Um paciente está com dor abdominal e diarreia crônica. Esses sintomas podem ser de uma doença inflamatória intestinal (DII), como a Doença de Crohn, ou de uma condição funcional, como a síndrome do intestino irritável (SII).  

    O exame de calprotectina ajuda a esclarecer: 

    • Resultados altos: sugerem uma inflamação e reforçam a suspeita de DII, indicando a necessidade de exames complementares, como a colonoscopia. 
    • Resultados normais: tornam a inflamação intestinal menos provável, direcionando a investigação para outras causas, como a SII. 

    Além disso, o exame também ajuda a monitorar pacientes que já têm o diagnóstico de DII. Com ele, o médico pode saber se o tratamento está controlando a inflamação e se a doença está em atividade ou em remissão.

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    Sintomas da doença inflamatória intestinal 

    Os sintomas mais comuns da doença inflamatória intestinal são a dor abdominal persistente, geralmente em forma de cólica, e a diarreia crônica, que dura mais de quatro semanas. É frequente também a presença de sangue ou muco nas fezes, além de uma perda de peso sem explicação aparente. 

    Outros sintomas que podem estar associados à DII são: 

    • Febre; 
    • Fadiga e mal-estar geral; 
    • Perda de apetite; 
    • Dores nas articulações; 
    • Lesões de pele; 
    • Alterações nos olhos. 

    Esses sinais indicam a necessidade de uma consulta com um gastroenterologista ou coloproctologista. É preciso paciência durante o processo, já que diagnóstico pode levar tempo. Os sintomas podem ser confundidos com os de outras condições, como uma infecção intestinal mais simples.  

    Exames complementares no diagnóstico de inflamações intestinais 

    Depois de uma avaliação clínica dos sintomas, durante a consulta, o médico solicita exames de sangue e de fezes – como o de calprotectina fecal – em busca de sinais de inflamação, anemia ou infecções.  

    Se a suspeita de uma doença inflamatória se mantiver, outros exames são necessários. Entre eles, temos: 

    • Colonoscopia com biópsia: é o exame mais preciso. Um tubo flexível com uma câmera visualiza o interior do intestino grosso e parte do delgado, e permite a coleta de pequenos fragmentos de tecido (biópsias) para análise. 
    • Tomografia computadorizada e ressonância magnética do abdômen ajudam a ver a extensão da inflamação e a identificar complicações, como estreitamentos ou fístulas. 
    • Endoscopia digestiva alta: avalia o esôfago, o estômago e a porção inicial do intestino delgado. 
    • Coprocultura: exame de fezes usado para procurar bactérias que possam estar causando uma infecção.

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    Preparo para o exame 

    No caso do exame de calprotectina fecal, não é necessário fazer jejum ou seguir uma dieta específica nos dias anteriores. Mas o paciente não deve usar laxantes antes da coleta – a evacuação deve acontecer de forma natural.

    Além disso, o exame não deve ser feito durante o período menstrual ou se houver sangramento de hemorroidas. Nesses casos, o ideal é aguardar três dias após o fim do sangramento. 

    Também é preciso guardar alguns dias para a coleta caso o paciente tenha realizado exames com uso de contraste ou uma colonoscopia.

    E ainda seguir a recomendação padrão de informar ao médico e ao laboratório sobre o uso de medicamentos contínuos. Alguns deles podem interferir no resultado. 

    Como o exame de calprotectina fecal é feito? 

    No laboratório, o paciente recebe um kit com um pote maior, um menor e uma pazinha. Em casa, o paciente evacua no pote maio, tomando cuidado para que as fezes não entrem em contato com a água do vaso sanitário ou com a urina.  

    Com a pazinha, uma pequena porção das fezes é transferida para o pote menor, sem ultrapassar a metade dele. Depois, basta fechá-lo bem e deixar no laboratório. 

    Calprotectina fecal: preço e onde agendar? 

    Para obter mais informações sobre a caloprotectina fecal, como preço e laboratório mais próximo da sua região, além de realizar o agendamento, basta acessar nossa plataforma digital.

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