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Infecção intestinal: sintomas, causas e como tratar 

A infecção intestinal é provocada pela ingestão de alimentos contaminados com microrganismos e causa vômitos, diarreia, cólicas e gases.

Por Danielle SanchesPublicado em 21/06/2023, às 16:30 - Atualizado em 12/04/2024, às 12:19

Infecção Intestinal

A infecção intestinal ou gastroenterocolite aguda é uma infecção que acomete o trato gastrointestinal. O quadro é provocado principalmente pela ingestão de alimentos contaminados com microrganismos como bactérias e fungos; ou ainda por infecções provocadas mais comumente por vírus e bactérias.  

Os principais sintomas da infecção intestinal são vômitos, diarreia, cólicas e sensação de estufamento provocada pelo excesso de gases. Algumas pessoas também sentem tontura e mal-estar generalizado.  

Continue a leitura para saber mais sobre as causas e os tratamentos para infecção intestinal. 

O que é infecção intestinal?  

A infecção intestinal ou gastroenterocolite aguda é um quadro caracterizado por uma infecção no sistema gastrointestinal.  

É uma doença relativamente comum e que acomete milhões de pessoas ao redor do mundo, especialmente as que vivem em condições precárias de higiene e saneamento básico.  

A infecção intestinal costuma ser uma doença de evolução benigna; no entanto, deve ser acompanhada de perto em bebês, crianças e idosos, considerados indivíduos mais vulneráveis às complicações do quadro. 

Causas da infecção intestinal  

A infecção intestinal é causada principalmente pela ingestão de água e alimentos contaminados com microrganismos que causam doenças aos seres humanos. Pode também ser causada por vírus ou bactérias, sem que haja necessariamente a contaminação por alimentos. 

Os principais patógenos conhecidos que provocam infecção intestinal são: 

Vírus: provocam as conhecidas “viroses”, como o rotavírus, adenovírus, norovírus e coronavírus.  

Bactérias: são a principal causa das intoxicações mais graves, que provocam uma inflamação no intestino. As mais conhecidas são do E. Coli, Salmonella, Shigella, Vibrio cholerae (causadora da cólera) e Yersinia. 

Parasitas: Entamoeba histolytica (causadora da disenteria amebiana) e Giardia lamblia (giardíase). 

Fungos: a Candida albicans é um fungo que vive no nosso corpo; porém, quando em desequilíbrio, pode provocar uma infecção chamada candidíase intestinal. 

Sintomas de infecção intestinal  

Os principais sintomas de infecção intestinal são: diarreia, cólicas, náuseas e vômitos. Outros sintomas que são comuns de surgirem em quem está com o problema são:  

  • Dor abdominal; 
  • Distensão abdominal; 
  • Gases; 
  • Calafrios; 
  • Mal-estar generalizado; 
  • Tontura; 
  • Fadiga; 
  • Perda de apetite; 
  • Boca seca; 
  • Dor de cabeça; 
  • Febre. 

Infecção intestinal infantil

A infecção intestinal é uma doença bastante comum na infância, já que o compartilhamento de brinquedos na escola e em outros espaços de brincar, por exemplo, pode facilmente contaminar várias crianças com vírus e bactérias causadores do problema.

Em bebês, as viroses que causam infecções intestinais, como o rotavírus, também são comuns. Uma forma importante de prevenção é a aplicação da vacina contra o vírus, que está disponível tanto no SUS como em clínicas particulares.

Nas crianças pequenas e em bebês, a infecção intestinal pode causar desidratação severa causada pelos episódios de diarreia aguda, agravando o quadro de saúde.

Por isso, é importante dar mais atenção aos pequenos com esse quadro e buscar auxílio médico rapidamente.

Qual exame detecta infecção intestinal?

O diagnóstico de infecção intestinal costuma ser feito de forma clínica, isto é, com base no relato dos sintomas do paciente e no exame feito em consultório.

Alguns exames que podem ser pedidos para complementar a avaliação são:  

  • PCR: uma proteína produzida no fígado que tem a concentração alterada quando existe uma inflamação no corpo; 
  • Exame de fezes: para detectar parasitas nas fezes que possam estar causando a infecção.  

Quando a infecção intestinal é grave?

A principal complicação que torna a infecção intestinal grave é a desidratação causada pela perda excessiva de fluídos por meio da diarreia e dos vômitos. Apesar disso, a maioria das infeções são autolimitadas, ou seja, melhoram espontaneamente.

Como tratar infeção intestinal?

Normalmente, os quadros de infecção intestinal costumam ser benignos e evoluem para uma recuperação total em até cinco dias.

Nesse período, é importante manter o paciente hidratado, estimulando o consumo de líquidos como água, água de coco, chás e isotônicos (para repor os minerais perdidos com a diarreia).

Pode-se também utilizar analgésicos e remédios para evitar náuseas, reduzindo o desconforto e o mal-estar.

Se o quadro se prolongar ou os sintomas estiverem muito intensos, é importante buscar ajuda médica rapidamente para evitar desidratação. Infecções bacterianas, por exemplo, podem precisar de tratamento com antibióticos, que devem ser receitados por um médico.  

Pessoas com doenças graves devem procurar atendimento mesmo diante de quadros inicialmente leves pela sua condição de vulnerabilidade.

O que comer em caso de infecção no intestino?  

  • Evite alimentos que possam irritar ainda mais o sistema digestivo, como café, pimenta, temperos e condimentos, embutidos e produtos ultraprocessados. 
  • Dê preferência para alimentos leves, de fácil digestão e pastosos, como sopas, purês e legumes cozidos. A famosa “canja da vovó” está liberada!  
  • Prefira consumir carnes magras e evite ingerir alimentos gordurosos e frituras. 
  • Leite e derivados (iogurte, queijos, manteiga) também devem ser evitados, já que a infecção dificulta a digestão desses alimentos. 
  • Alimentos com fibras (como frutas com casca e massas integrais) devem ser evitados até que a diarreia passe (pois as fibras podem piorar os sintomas).  
  • Consuma bastante líquido. Exemplo: água, água de coco, chás, sucos e bebidas isotônicas. 
  • Evite bebidas alcoólicas. 
  • Evite alimentos que provoquem gases como ovo, feijão, milho e repolho. 

Fonte: Dr. Marcel Feitosa, coloproctologista do Hospital Santa Paula, em São Paulo. 

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