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    Intoxicação alimentar: saiba quais são os principais sintomas

    Manter bons hábitos de higiene e acondicionar os alimentos corretamente são medidas que auxiliam na prevenção

    Fonte: Dra. Luisa Frota ChebaboInfectologistaPublicado em 16/10/2025, às 10:52 - Atualizado em 16/10/2025, às 16:41

    intoxicação alimentar

    Intoxicação alimentar é um quadro relativamente comum, que pode ser causado por diversos microrganismos. Em alguns casos, o problema pode até se transformar em uma infecção mais grave, com desidratação e outras complicações, requerendo cuidados médicos mais intensivos. No entanto, na maioria das vezes, essa doença regride sozinha após alguns dias.

    Intoxicação alimentar: o que é? 

    A intoxicação alimentar é uma condição que atinge o sistema gastrointestinal, gerando sintomas como diarreia, dor abdominal e vômitos. Ela se desenvolve após a ingestão de água ou alimentos que foram contaminados devido ao armazenamento ou preparo inadequados. 

    O que causa a intoxicação alimentar? 

    A intoxicação alimentar é provocada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por patógenos (como bactérias, vírus, fungos, parasitas) ou por suas toxinas. Muitas vezes, esse quadro é causado pelo rotavírus ou por bactérias como Salmonella, Shigella, E. coli e Staphylococcus. 

    Sintomas de uma intoxicação alimentar 

    Uma vez dentro do organismo, os patógenos ou toxinas provocam uma inflamação no sistema gastrointestinal e geram sintomas como: 

    • Dor abdominal; 
    • Gases e sensação de estufamento; 
    • Náusea; 
    • Vômitos; 
    • Mal-estar generalizado. 

    Em alguns casos, a intoxicação alimentar também pode cursar com febre elevada e calafrios. 

    Quando procurar por um médico? 

    Em geral, recomenda-se buscar avaliação médica em casos de: 

    • Crianças ou idosos (pois, nessas pessoas, eventuais complicações podem evoluir mais rapidamente); 
    • Diarreia aquosa por muitos dias ou diarreia com sangue; 
    • Vômitos repetidos e incontroláveis; 
    • Febre incessante; 
    • Dificuldade para manter a hidratação. 

    Exames que auxiliam no diagnóstico 

    O diagnóstico de intoxicação alimentar envolve a história clínica do indivíduo e uma avaliação física conduzida pelo médico. Podem ser solicitados ainda exames complementares nas fezes. 

    Entre eles, temos a coprocultura (exame que busca identificar bactérias patogênicas que podem causar infecções intestinais), o exame parasitológico (detecta parasitas) e o painel molecular (exame de biologia molecular altamente sensível que detecta uma grande variedade de patógenos nas fezes). 

    Em casos mais graves – que apresentam, por exemplo, diarreia com sangue ou outras complicações –, podem ser usados exames de imagem ou endoscópicos para detectar a origem do sangramento. 

    Os exames podem auxiliar na diferenciação de outras causas com quadros clínicos semelhantes.

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    Quanto tempo, em média, dura a intoxicação alimentar? 

    Considera-se que a intoxicação alimentar seja um quadro autolimitado. Na maioria das vezes, tende a ser solucionada entre 3 e 7 dias. 

    Tratamentos 

    A intoxicação alimentar costuma regredir sozinha após alguns dias, sem causar grandes problemas. 

    Há situações em que é possível aguardar o fim do ciclo da doença em casa. Isso acontece em quadros mais leves, caracterizados por ausência de febre ou febre baixa, fezes mais pastosas do que líquidas e indivíduo apto a se alimentar e ingerir líquidos. 

    Nesses casos, os sintomas podem ser amenizados com analgésicos e antitérmicos, além de remédios para aliviar náuseas e vômitos.  

    Também é aconselhável repousar, manter-se bem hidratado e optar por alimentos leves e de fácil digestão, que ajudem a aliviar os sintomas gastrointestinais – como frutas sem cascas, macarrão, frango e peixe grelhados, arroz branco e vegetais como batata, inhame e cenoura. 

    Porém, há quadros mais graves ou que acometem grupos mais vulneráveis a complicações (como crianças e idosos). É importante buscar auxílio médico se a diarreia permanecer aquosa por muitos dias, os vômitos forem repetidos e incontroláveis, a febre não cessar e houver dificuldade para se manter hidratado. 

    Podem ser necessárias intervenções como a reposição de fluidos via intravenosa e o uso de antibióticos para combater a infecção. 

    Prevenção 

    Uma das principais orientações para prevenir a intoxicação alimentar consiste em sempre lavar as mãos com água e sabonete ao sair do banheiro, bem como antes de fazer refeições. Além disso, recomenda-se lavar as mãos ao chegar em casa após algum passeio ou compromisso. 

    Também é fundamental adotar medidas de higiene na cozinha. Deve-se lavar as mãos antes do preparo das refeições e acondicionar os alimentos de maneira a evitar variação de temperatura (pois essa é uma condição favorável à proliferação de bactérias). 

    O armazenamento correto é especialmente importante no caso de alimentos que estragam rapidamente quando mal acondicionados – como ovo, peixe e carne crua, maionese, leite e alguns tipos de queijo. Além disso, vale ter um cuidado a mais durante o verão, quando as temperaturas são muito altas no Brasil. 

    Outra recomendação é sempre observar a procedência dos alimentos consumidos fora de casa e procurar garantir que o preparo foi feito seguindo medidas de segurança alimentar.

     

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