Intoxicação alimentar: sintomas e tratamento
Problema é causado pela ingestão de alimentos contaminados por bactérias ou fungos
Diarreia, dor abdominal, vômitos e mal-estar: quem já passou por isso sabe o quão terrível é sofrer com uma intoxicação alimentar.
Neste artigo, você vai ler:
O quadro acontece após a ingestão de alimentos contaminados por bactérias ou fungos que, uma vez dentro do organismo, causam problemas no sistema gastrointestinal.
Longe de ser algo esporádico, o problema ocorre em diversas partes do mundo e tem até nome: DTAs, sigla para “doenças transmitidas por alimentos”, considerado um problema de saúde pública pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e que provoca centenas de surtos todos os anos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.
Em alguns casos, o problema pode até se transformar em uma infecção mais grave, com febre e desidratação, requerendo cuidados médicos mais intensivos. No entanto, no geral o problema regride sozinho após alguns dias – não sem antes gerar muito incômodo.
O que causa intoxicação alimentar?
Como falamos, a intoxicação alimentar é provocada pela ingestão de alimentos contaminados por bactérias, fungos e/ou suas toxinas – mas também vírus, parasitas ou produtos químicos.
Sintomas de intoxicação alimentar
Uma vez dentro do organismo, os microrganismos ou toxinas vão provocar uma inflamação no sistema gastrointestinal e gerar problemas como:
- Dor abdominal;
- Gases e sensação de estufamento;
- Diarreia;
- Náusea;
- Vômitos;
- Mal-estar generalizado.
Em alguns casos, a intoxicação alimentar também pode provocar febre elevada e calafrios.
Tratamentos para intoxicação alimentar
O quadro de intoxicação alimentar costuma regredir sozinho após alguns dias e não causa muitos problemas – além, é claro, da sensação de mal-estar que pode persistir até o corpo se restabelecer.
Nos casos em que o quadro está mais leve, ou seja, não há febre ou a febre está baixa; as fezes estão mais pastosas do que líquidas e o indivíduo consegue se alimentar e ingerir líquidos, mesmo que pouco, é possível aguardar o fim do ciclo da doença em casa.
Nesse caso, para amenizar os sintomas, pode-se usar analgésicos e antitérmicos, além de remédios para aliviar náuseas e vômitos. É aconselhável também ingerir probióticos, já que a diarreia elimina as bactérias benéficas do intestino.
+ Saiba mais: O que o intestino faz além da digestão?
Mas, se a diarreia segue aquosa por muitos dias; se os vômitos estão repetidos e incontroláveis; se a febre não cessa; e há dificuldade para se manter hidratado, é importante buscar auxílio médico, especialmente crianças e idosos – grupos em que as complicações podem evoluir rapidamente.
Em casos mais graves, é necessário a reposição de fluidos via intravenosa e ainda o uso de antibióticos para combater a infecção.
Como evitar intoxicação alimentar
Especialmente durante o verão, quando as temperaturas são muito altas no Brasil, é importante acondicionar alimentos corretamente para evitar variação de temperatura – um prato cheio para a proliferação de bactérias.
Isso é especialmente importante quando falamos em alimentos que estragam muito rapidamente quando mal acondicionados, como ovo, peixe e carne crua, maionese, leite e alguns tipos de queijo.
Outra recomendação é sempre observar a procedência dos alimentos consumidos fora de casa para ter certeza de que o preparo foi feito seguindo medidas de segurança alimentar.
Por fim, recomenda-se lavar as mãos sempre ao sair do banheiro e ao chegar em casa de algum passeio, bem como antes de fazer as refeições.
Fonte: Sumirê Sakabe, infectologista do Hospital Nove de Julho, em São Paulo.