RM próstata: exame ajuda a avaliar casos suspeitos de câncer

 

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A ressonância multiparamétrica da próstata, também chamada de RM próstata, é uma valiosa ferramenta de rastreamento e diagnóstico preciso do câncer de próstata. Embora essa seja sua principal aplicação, tal método de imagem também pode contribuir ainda para o diagnóstico de condições benignas, como hiperplasia prostática, e afecções inflamatórias, como a prostatite. 

Ressonância da próstata: o que é? 

A ressonância magnética da próstata é um exame não invasivo capaz de fornecer imagens detalhadas da próstata (glândula do sistema reprodutivo masculino) e dos tecidos ao seu redor. Essa estrutura está localizada abaixo da bexiga e na frente do reto, sendo responsável por produzir um fluido que compõe o sêmen. 

Diferente de outros métodos de imagem, como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética não utiliza radiação ionizante. Ela utiliza um campo magnético para gerar imagens e, por isso, pode ser repetida quantas vezes forem necessárias sem oferecer riscos à saúde do paciente. 

Ressonância magnética da próstata com contraste 

Em algumas situações, pode ser indicado o uso do meio de contraste, que é feito com a administração de gadolínio. Essa substância é injetada por uma veia periférica, com o objetivo de facilitar a visualização de determinadas estruturas anatômicas. 

Ressonância multiparamétrica da próstata 

Com o tempo, a tecnologia da ressonância magnética evoluiu, dando origem à ressonância magnética multiparamétrica (RMmp). Este exame, mais avançado, combina as imagens anatômicas tradicionais com diferentes técnicas funcionais, que avaliam as propriedades biológicas dos tecidos. Essa combinação de informações permite um diagnóstico muito mais preciso, especialmente na detecção de tumores agressivos. 

Como o exame é feito? 

Para gerar imagens de alta qualidade, a ressonância magnética utiliza um campo magnético e ondas de radiofrequência – não havendo radiação ionizante. O procedimento é considerado indolor e não invasivo. 

Durante o exame, o paciente fica deitado em uma mesa, que é inserida dentro de um grande aparelho similar a um tubo com abertura nas duas extremidades. O indivíduo deve permanecer imóvel para não interferir na captura das imagens. 

Quanto tempo, em média, leva uma RM da próstata? 

A duração da RM da próstata pode variar de paciente para paciente, mas, em geral, o exame costuma ser concluído em menos de 30 minutos. 

Quando a RM da próstata é indicada? 

A RM multiparamétrica da próstata é utilizada principalmente para avaliar casos de câncer de próstata. Esse exame tende a ser solicitado pelo urologista ou pelo oncologista para ajudar na detecção e no estadiamento do tumor. As indicações mais comuns são:  

Rastreamento de neoplasia

A ressonância da próstata já é ferramenta estabelecida e bem indicada no screening de neoplasia prostática clinicamente significante; 

Suspeita de câncer de próstata

Alteração em exames como o PSA (antígeno prostático específico) e toque retal; 

Guiar a biópsia 

A biópsia da próstata é o procedimento que confirma o diagnóstico da neoplasia. Nesse contexto, a RMmp cria um “mapa” tridimensional da glândula, permitindo que o médico identifique as áreas mais suspeitas e direcione a biópsia para esses pontos destacados. Isso aumenta significativamente as chances de um diagnóstico correto e evita que tumores agressivos passem despercebidos; 

Estadiamento neoplásico 

Após a confirmação do câncer, a ressonância é fundamental para o estadiamento da doença, ou seja, para avaliar a extensão do tumor. O exame mostra se o câncer está restrito à próstata ou se já invadiu estruturas vizinhas, como as vesículas seminais, a bexiga ou os nervos. Essa informação é crucial para definir o melhor tratamento; 

Vigilância ativa

Em casos de tumores de baixa agressividade, o médico pode optar pela “vigilância ativa”, que consiste em monitorar o tumor de perto sem um tratamento imediato. A ressonância magnética é uma ferramenta essencial nesse acompanhamento, evitando a necessidade de biópsias repetidas; 

Suspeita de recidiva 

Para pacientes que já trataram o câncer de próstata (com cirurgia ou radioterapia) e apresentam um novo aumento do PSA, a ressonância pode ajudar a identificar os possíveis focos de recidiva para melhor planejamento terapêutico.   

Também há outras indicações para a ressonância magnética da próstata – embora elas sejam menos frequentes. Esse exame de imagem pode auxiliar na investigação de hiperplasia prostática (aumento excessivo da próstata), prostatite (inflamação da próstata) e condições anormais presentes desde o nascimento.

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Como é o preparo para uma ressonância da próstata? 

Pacientes que irão realizar ressonância magnética da próstata podem ser orientados a: 

• Suspender suplementação de ferro via oral uma semana antes do exame (mediante autorização médica); 

• Preparo intestinal através de laxantes, conforme recomendação do laboratório; 

• Fazer jejum absoluto de 2 horas (medicações podem ser ingeridas desde que com menos de 1/4 de copo de água); 

Além disso, é importante informar aos responsáveis pelo exame sobre a presença de dispositivos eletrônicos (como marcapassos, clipes de aneurisma e implantes cocleares). Nesses casos, pode ser necessário adotar cuidados específicos para que não haja problemas envolvendo o campo magnético da ressonância. 

Vale ressaltar que é fundamental verificar as instruções fornecidas pelo laboratório antes da realização de qualquer exame. 

RM próstata: preço e onde agendar 

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