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Vacina poliomielite: para que serve e quem deve tomar 

A vacina poliomielite é a única forma de prevenir a doença e sequelas como a paralisia infantil

Fonte: Dra. Maria Isabel de Moraes PintoInfectopediatra  e médica consultora em vacinas da DasaPublicado em 12/06/2023, às 12:31 - Atualizado em 08/04/2024, às 13:50

vacina poliomelite

Mesmo considerada eliminada no Brasil, a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, ameaça retornar ao país. Portanto, a vacina contra a poliomielite (VIP/VOP) segue sendo a única forma de prevenir essa doença grave, que pode deixar sequelas para toda a vida.  

A poliomielite resulta de uma infecção causada pelo poliovírus, que pode infectar adultos e crianças. 

O Ministério da Saúde reforça a necessidade de que a vacina contra a poliomielite seja aplicada logo nos primeiros anos de vida. 

Vale destacar que, desde 2016, a cobertura vacinal apresenta resultados abaixo da meta de 95%. A seguir, veja detalhes sobre a vacina contra a poliomielite.  

Para que serve a vacina poliomielite?  

A vacina poliomielite serve para prevenir a doença contagiosa aguda causada por um dos três sorotipos de poliovírus (tipos 1, 2 ou 3). A condição pode deixar graves sequelas, como a paralisia infantil 

Geralmente, a poliomielite é assintomática ou pouco sintomática. Algumas pessoas apresentam febre, dor de cabeça e garganta, mal-estar, náuseas e vômitos.  

Em casos menos frequentes, os indivíduos desenvolvem febre, dor de cabeça forte, além de dores nos membros e costas. 

Além disso, em casos raros, cerca de uma em cada 200 pessoas, ocorre a poliomielite paralítica, que se mantem por toda a vida.   

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Tipos de vacinas 

Existem dois tipos de vacinas que previnem a poliomielite. São elas:  

Vacina oral poliomielite (VOP)

Como o próprio nome já diz, trata-se de uma vacina oral. São administradas duas gotas de 0,1mL diretamente na boca. É uma imunização bivalente, ou seja, é composta pelos vírus da pólio tipos 1 e 3 vivos e atenuados. 

Vacina Inativada Poliomielite (VIP)

A vacina é trivalente e injetável, ou seja, possui partículas inativadas dos vírus da poliomielite tipos 1, 2 e 3.  

O vírus é inativado, ou seja, é incapaz de causar a poliomielite, mas é eficaz na produção de anticorpos.  

Qual é a idade recomendada e quem deve tomar a vacina poliomielite?  

A recomendação é que crianças de até os cinco anos de idade tomem a vacina poliomielite.  

Além disso, viajantes que irão se deslocar a países onde a doença é endêmica devem receber o imunizante. 

Quantas doses de vacina contra poliomielite?  

A imunização deve ser iniciada aos dois meses de vida. São necessárias mais duas doses com intervalos de dois meses. Portanto, a criança deve tomar aos 4 e 6 meses. Depois de completado o esquema de 3 doses, são necessários reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade. 

As três primeiras doses precisam ser realizadas com a VIP. Já para os reforços, no Sistema Único de Saúde (SUS) é aplicada a VOP e, no privado, a VIP.  

Como é aplicada a vacina poliomielite?  

A aplicação da vacina varia de acordo com o tipo. A VOP é aplicada por via oral em gotas. Já a VIP é aplicada por via intramuscular por meio de uma injeção.  

Reações da vacina poliomielite  

A vacina poliomielite é considerada segura e raramente provoca reações adversas graves.  

A VIP geralmente não causa nem reações locais. A VOP também é segura, mas, em casos extremamente raros, pode causar a poliomielite paralítica associada à vacina.   

É importante reforçar que ao sinal de qualquer sintoma grave ou súbito após a vacinação é fundamental buscar atendimento médico.  

Onde tomar a vacina poliomielite? 

A vacina poliomielite faz parte do Programa Nacional de Imunizações do Sistema Único de Saúde. As três primeiras doses na forma de VIP e os dois reforços na forma de VOP fazem parte do esquema infantil de rotina do SUS.  

Já na rede privada são administradas todas as doses de vacina, inclusive os reforços, na forma de VIP. Se optar pela rede privada, você pode localizar a clínica de vacinação mais próxima da sua região ao acessar o Nav Dasa. 

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Por: Samantha Cerquetani

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