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Hipertensão arterial: causas, sintomas, diagnóstico e como baixar a pressão

A pressão alta é uma condição crônica silenciosa, e é considerada fator de risco para as doenças cardiovasculares

Por Samantha CerquetaniPublicado em 02/06/2022, às 10:48 - Atualizado em 23/02/2024, às 17:11

Cerca de 40 milhões de pessoas no Brasil têm hipertensão, o que representa mais de 30% da população. Apesar disso, muitas pessoas ainda não sabem quais são os riscos e o que pode ser feito para diminuir a pressão arterial. Muitas não sabem sequer o que seria hipertensão.

Conhecida popularmente como pressão alta, a hipertensão arterial é um problema de saúde crônico, que pode ser silencioso uma vez que muitas vezes não provoca sintomas.

A hipertensão acontece quando há elevação dos níveis de pressão sanguínea nas artérias. E, se ela não for controlada, aumenta o risco das doenças cardiovasculares.

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Vale destacar que a hipertensão é mais frequente em pessoas com obesidade, com histórico familiar, além de sedentários e com hábitos alimentares inadequados.

A seguir, você confere as principais dúvidas sobre a pressão alta e como prevenir.

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial ocorre quando há elevação persistente da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo.

Uma pessoa é considerada hipertensa quando os valores de pressão arterial estiverem maiores ou iguais a 140 x 90 mmHg (ou 14 x 9), em duas medidas e em ocasiões diferentes.

No entanto, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) já considera uma pressão de 130 x 80 mmHg (ou 13 x 8 mmHg) como sendo acima do normal. medição abaixo de 120/80 mmHg (12×8) é considerada normal.

Vale destacar que a pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg), e representa o resultado da força que o sangue bombeado faz ao percorrer as artérias.

A pressão sistólica (ou máxima) é a que acontece quando o coração bombeia o sangue para o corpo, e a diastólica (ou mínima) é a que ocorre durante o relaxamento do órgão.

Quais as causas da hipertensão?

Diversos fatores estão envolvidos no surgimento da condição. A pressão alta costuma aparecer em pessoas com histórico familiar (pais e avós), alimentação inadequada (excesso de sódio e pouco potássio), que não praticam atividade física, vivem estressadas e são obesas.

“As principais causas são: envelhecimento, hábitos inadequados e a questão genética. Quem fuma e ingere bebidas alcoólicas também está mais propenso a ser hipertenso. Já quando surge em jovens e crianças, pode ser o sinal de algum problema cardíaco ou renal”, destaca Cláudia Bernoche, cardiologista do Hospital Nove de Julho.

A pressão arterial pode aumentar de forma constante com a idade, à medida que as artérias endurecem e se estreitam devido ao acúmulo de placas de gorduras.

Quais são os sintomas da pressão alta?

Na maioria das vezes, a hipertensão não apresenta sintomas. Em alguns casos, a pessoa pode ter dores de cabeça e na nuca, tonturas, zumbido no ouvido, falta de ar, fraqueza, cansaço, palpitações, alterações na visão e sangramento nasal espontâneo.

Há também quem sinta náuseas e vômitos. Mas quando esses desconfortos surgem, já é um sinal de que a pressão está bastante elevada.

Como saber se tenho pressão alta?

Geralmente, o diagnóstico é realizado por um cardiologista ou clínico geral ao avaliar o histórico clínico do indivíduo, além de aferir a pressão arterial no consultório.

“Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Por ser silenciosa, a condição pode ser identificada durante as consultas, já que geralmente não apresenta sintomas”, explica José Rocha Faria Neto, cardiologista e professor da PUCPR (Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná).

Em alguns casos, pode ser solicitado um exame que acompanha as alterações da pressão arterial em tempo real por 24 horas, embora esse exame não seja obrigatório para o diagnóstico de pressão alta.

Leia mais aqui!

Quais são os riscos?

A hipertensão arterial é considerada um fator de risco para as doenças cardiovasculares. Por isso, quem tem pressão alta está mais suscetível a doenças como infartos, AVC (acidente vascular cerebral) e insuficiência cardíaca.

“A hipertensão facilita a aterosclerose, ou seja, a formação de placas de gordura, cálcio e outros itens na parede das artérias do coração e do cérebro. Esse estreitamento piora o quadro, pois o coração precisa bombear com mais força para circular o sangue. Sendo assim, pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e a mortalidade”, explica Bernoche.

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O que fazer para diminuir a pressão alta?

Primeiramente, é importante prevenir e controlar a hipertensão arterial por meio de alterações no estilo de vida, ou seja, optar por hábitos mais saudáveis.

Entre as medidas recomendadas, estão:

  • Ter uma alimentação equilibrada (diminuição do consumo de sódio);
  • Fazer atividade física;
  • Perder peso;
  • Evitar álcool e abandonar o cigarro;
  • Manejar o estresse;
  • Controlar doenças associadas, como diabetes e colesterol alto.

Como deve ser a dieta de quem tem hipertensão?

Quem tem hipertensão (ou tem predisposição) deve se atentar para o que coloca no prato. É muito importante reduzir a quantidade de sódio das refeições e optar por uma alimentação balanceada.

Vale a pena investir em alimentos integrais, que são ricos em fibras, além de frutas, vegetais, leguminosas e itens com baixo teor de gordura.

 

Foto: Shutterstock

O que a pressão alta pode causar na gravidez?

Algumas mulheres podem apresentar pressão alta durante a gravidez. Isso pode colocar a mãe e o bebê em risco. Em alguns casos, provoca a pré-eclâmpsia, complicação grave que pode levar ao parto prematuro e até a abortos, se não for tratada adequadamente.

É muito importante que as gestantes realizem o pré-natal e façam check-ups regulares para monitorar a pressão arterial. Geralmente, esse acompanhamento e mudanças na rotina já garantem que o problema seja controlado.

Em alguns casos, a mulher precisa repousar, controlar o peso, melhorar a qualidade da alimentação e diminuir o estresse da rotina.

Como tratar a pressão alta?

Além da mudança de estilo de vida, em alguns casos, a pessoa com hipertensão deverá tomar medicamentos. Geralmente, são eficientes e não causam efeitos colaterais.

“O tratamento é sempre individualizado. A prescrição dos medicamentos é feita após uma análise da condição de saúde e pode ser de uso contínuo”, destaca Faria Neto.

Alguns fármacos eliminam o excesso de sódio pela urina. Já outros dilatam as veias ou limitam a entrada de cálcio nas artérias, o que diminui a resistência da passagem do sangue. E lembre-se: nunca suspenda medicamentos sem antes falar com seu médico. Mesmo estando com a pressão normal, o uso dos medicamentos deve ser mantido, a não ser que seu médico sugira o contrário.

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