Como reduzir a quantidade de lixo no dia a dia?

Você já parou para pensar na quantidade de lixo que você produz por dia? A estimativa oficial é de, em média, quase 1 quilo de resíduos por pessoa. E o país inteiro produz cerca de 80 milhões de toneladas de lixo a cada ano. 

Esse resíduo que produzimos ameaça o meio ambiente e a saúde do planeta. Em excesso, o lixo pode aumentar a poluição e agravar a crise climática, por exemplo. 

Por conta disso, é fundamental a conscientização sobre a importância da redução de resíduos no dia a dia. A seguir, acompanhe os detalhes. 

5R’s da Sustentabilidade

Uma forma de contribuir é colocar em prática os 5R’s da Sustentabilidade: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. 

Vale a pena se perguntar com frequência: será que eu realmente preciso de tudo o que consumo diariamente? 

Sempre que possível, opte por reutilizar e reciclar os materiais. Reutilizar significa dar uma nova utilidade a algo que seria descartado, sem transformar o material. 

Já a reciclagem consiste no reaproveitamento de resíduos sólidos que não seriam aproveitados e transformá-los em uma matéria-prima ou produto. 

Evite objetos descartáveis

Substituir os objetos descartáveis por itens duráveis traz uma significativa redução de impactos negativos no meio  ambiente. É o caso de copos, por exemplo. 

Os bens duráveis têm ampla vantagem na redução dos impactos ambientais associados à sua produção, ao transporte, ao uso e ao descarte.

Essa atitude simples evita o acúmulo de lixo e também que mais recursos naturais sejam extraídos, além de poupar emissões de gases do efeito estufa. 

Levar a sacola para o mercado

Para se ter uma ideia, se cada família brasileira utilizasse uma sacola plástica por dia, em um ano seriam consumidas mais de 19 bilhões de sacolinhas. E esses itens quando enfileirados cobririam uma distância similar a 16 viagens  de ida e volta da Terra à Lua. 

Sempre que possível use ecobags (sacolas reutilizáveis), caixas de papelão ou até um carrinho de feira, que são opções mais  duráveis e resistentes, e que permitem seu uso várias vezes e para diversos fins. 

Evite embalagens plásticas

Embora as embalagens tenham seu lado positivo, muitas são desnecessárias. É bastante comum embalar com plástico as frutas e os legumes fatiados, descascados e até em porções individuais. 

No entanto, vários desses alimentos não necessitam de proteção. Dessa forma, as  embalagens chegam à casa do consumidor e são descartadas.

Produtos a granel

Você já experimentou fazer compras de produtos a granel? Tal modalidade traz economia no uso de material, já que dispensa as embalagens e você pode levar seus próprios recipientes. 

E também ajuda na economia de alimentos, pois a pessoa adquire a quantidade que realmente precisa. Além disso, o preço costuma sair mais em conta. 

Aposte em refis

Geralmente, as embalagens de produtos que disponibilizam refil são mais duradouras, já que são feitas para serem usadas apenas uma vez. Portanto, há menos lixo para ser descartado. 

Consumir com consciência

O consumo excessivo intensifica a  demanda por novos produtos e, consequentemente, a pressão sobre o ambiente. Consumir conscientemente gera diversos benefícios para o meio ambiente, sociedade e para o próprio bolso do consumidor. 

Evita-se também a extração de recursos naturais, a emissão de gases do efeito estufa e o excesso de resíduos.  

O consumo consciente também envolve escolher produtos e empresas que adotam práticas responsáveis em relação ao meio ambiente. 

Ter uma alimentação mais sustentável

O primeiro passo é evitar o desperdício de alimentos em casa. Vale a pena investir na organização, que vai desde o momento de ir ao supermercado até o consumo. É importante ter uma lista com os itens que irá comprar, evitar excessos e fazer grandes estoques. 

No momento do preparo, procure aproveitar integralmente os alimentos. E, sempre que possível, reaproveite ou congele as sobras de comida. Estas estratégias ajudam a minimizar os alimentos que vão para o lixo. 

Fonte: Bruno Yamanaka, engenheiro ambiental e especialista do Instituto Akatu