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    Doença renal: o que é, sintomas e tratamentos

    Silenciosa em estágio inicial, diagnóstico precoce é fundamental para tratamento mais eficiente

    Por Raquel RibeiroPublicado em 30/06/2022, às 14:55 - Atualizado em 25/05/2023, às 14:04
    doença renalFoto: Shutterstock

    Eliminar as impurezas, regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais do corpo que mantém a nossa saúde em dia, como ferro, potássio e cálcio. Essas são apenas algumas funções básicas dos rins em nosso corpo. Mas, quando eles perdem essa capacidade, temos um quadro de insuficiência renal, que pode ser aguda ou crônica.   

    Quando a alteração renal persiste por mais de 90 dias, estamos falando de um quadro crônico. Antes desse período, trata-se de uma fase passível de recuperação, o que podemos chamar de aguda.    

    O que diferencia a IRA (Insuficiência Renal Aguda) da IRC (Insuficiência Renal Crônica) é seu potencial de irreversibilidade. A IRA ocorre quando há uma piora rápida da função renal, mas a condição é possivelmente reversível. Já a IRC se desenvolve ao longo de meses ou anos, com uma perda de tecido renal lenta, progressiva e irreversível.   

    Para se ter uma ideia, segundo a SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia), até 2040, a doença renal crônica pode ser a 5ª maior causa de morte do mundo. Por isso, conhecer os fatores de risco e saber como prevenir pode ser crucial para não fazer parte dessa estatística.  

    Fatores de risco para a doença renal

    • Hipertensão; 
    • Diabetes; 
    • Obesidade; 
    • Tabagismo; 
    • Histórico da família de doença renal; 
    • Abuso do uso de antiinflamatório. 

    Sinais e sintomas

    Na fase inicial, a doença renal é silenciosa, podendo apresentar poucos sintomas, como diminuição na quantidade de urina e coceira na pele, ou praticamente nenhum sinal ou sintoma.  

     Já nas fases mais avançadas, quando o rim perde mais de 70% de sua função, o indivíduo pode apresentar sintomas como:  

    • Inchaço nas pernas; 
    • Alterações nas características da urina: com espuma ou avermelhada; 
    • Dificuldade de concentração; 
    • Diminuição de apetite; 
    • Cansaço. 

     Tratamento

    O tratamento tem como objetivo evitar a progressão da doença. Portanto, é necessária uma mudança no estilo de vida. E isso inclui:   

    • Restrição alimentar e de líquidos; 
    • Alimentação rica em carboidratos e pobre em proteínas; 
    • Uso de medicamentos de acordo com orientação médica.

    O acompanhamento e boa adesão de algumas condições, que são essas que compões os fatores de risco, como o diabetes, a pressão alta, e outras, também são pontos fundamentais na prevenção da doença renal. Se mesmo assim a doença progredir e atingir estágios mais avançados, que é quando o indivíduo chega a perder até 90% da função renal, é necessário o tratamento dialítico, que consiste na realização de hemodiálise, diálise peritoneal ou do transplante de rim. Explicamos a seguir: 

    Hemodiálise

    Consiste em utilizar uma máquina que faz o trabalho que o rim não pode mais fazer, por meio de um sistema que inclui um acesso a uma veia, filtrando e limpando o sangue, retirando os resíduos que são prejudiciais ao organismo, como excesso de água e sais minerais. 
     
    Deste modo, a hemodiálise não trata a doença renal, mas substitui a função dos rins, sendo indicada para pessoas que não respondem positivamente aos medicamentos que controlam a doença. 

    Diálise peritoneal

    Apesar de pouco utilizada no Brasil, a técnica é realizada após a inserção da solução de diálise, por meio de um cateter, no abdômen do indivíduo. A solução entra em contato com o sangue e retira o excesso de líquidos e impurezas que não estão sendo removidas naturalmente pelo rim.  

    Ambos tratamentos dialíticos permitem que a pessoa continue com as funções enquanto aguarda o transplante de rim, uma vez que o caminho para encontrar um doador vivo ou falecido é muitas vezes longo. 

    Transplante de rim

    Embora não seja isento de risco, o transplante de rim é feito por meio de cirurgia, e atualmente é uma terapêutica que oferece a melhor qualidade de vida para o indivíduo.  

    Por fim, lembre-se: como a insuficiência renal pode não apresentar sintomas em seus estágios iniciais, o ideal é manter as consultas e exames sempre em dia, além de controlar algumas condições que merecem um tratamento adequado, como a pressão alta e o diabetes. Somente um médico é capaz de avaliar seu caso e/ou diagnosticar qualquer tipo de alteração nas funções renais. Para agendar sua consulta, basta clicar aqui 

    Fontes: Pedro Tulio Rocha, nefrologista do Hospital São Lucas Copacabana; Pedro Mendes, nefrologista especialista em transplantes do Hospital Brasília.  

    Referência: Sociedade Brasileira de Nefrologia e Ministério da Saúde 

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