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    Tendinite: uso excessivo das articulações é uma das principais causas

    Problema pode se desenvolver em qualquer tendão do corpo

    Fonte: Dra. Danieli AndradeReumatologista e assessora científica na DasaPublicado em 26/11/2025, às 10:55 - Atualizado em 26/11/2025, às 10:55

    tendinite

    Os tendões são tecidos que conectam músculos e ossos, sendo fundamentais para a movimentação do corpo. Por isso, pacientes com tendinite muitas vezes têm dificuldade para realizar determinados movimentos. Essa condição pode surgir devido a diversos fatores, sendo comum após traumas, movimentos repetitivos e esforços excessivos.

    Tendinite: o que é? 

    A tendinite corresponde à inflamação de um tendão. Isso pode ocorrer em qualquer região do corpo, mas é mais comum em ombros, punhos, dedos, joelhos e calcanhares. 

    O problema também tem diversas causas, sendo muitas vezes resultado de traumas locais ou de uso excessivo das articulações. 

    Principais causas para a tendinite 

    Entre os principais fatores que propiciam o aparecimento da tendinite, estão: 

    • Trauma (queda, batida ou acidente); 
    • Uso excessivo das articulações (algo que acontece devido a movimentos repetitivos, como aqueles realizados em determinados esportes, como corrida, vôlei e tênis, profissões ou até mesmo durante o uso de celulares); 
    • Envelhecimento (pois, ao longo do tempo, pode haver atrofia muscular, degeneração dos tendões e perda de elasticidade de tais estruturas); 
    • Doenças sistêmicas (como diabetes, artrite reumatoide, lúpus e infecções). 

    Vale destacar que o risco de desenvolver tendinite costuma ser maior em pessoas que têm mau condicionamento físico ou má postura. 

    Sintomas de tendinite 

    Geralmente, indivíduos com tendinite sentem dor na região afetada. Muitas vezes, esse incômodo piora ao realizar movimentos. Além disso, a área acometida pode ficar com inchaço e mais quente do que o restante do corpo. 

    Tipos de tendinite 

    A tendinite pode surgir em qualquer tendão. A seguir, confira algumas das formas mais comuns dessa condição: 

    Tendinite de Quervain 

    A tendinite de Quervain consiste na inflamação dos tendões extensor longo e abdutor curto do polegar. Frequentemente, esse quadro resulta de movimentos repetitivos realizados ao digitar ou utilizar uma tesoura. 

    Tendinite no joelho 

    Uma das principais formas de tendinite no joelho é a tendinite patelar. Ela ocorre no tendão patelar, que liga a patela à tíbia (osso da perna). Essa é uma condição comum em corredores e jogadores de futebol ou vôlei, pois praticantes desses esportes podem utilizar excessivamente os membros inferiores ao correr, pular e agachar. 

    Tendinite no punho 

    Em grande parte dos casos, a tendinite no punho está associada a movimentos repetitivos. Por isso, é comum em pessoas cujo trabalho envolve escrita ou digitação frequentes. Além disso, esse quadro pode se desenvolver devido a esforços repetitivos e intensos, como aqueles feitos em treinos, por exemplo. 

    Tendinite no pé 

    Na região do pé, uma das tendinites mais comuns é a aquiliana ou calcânea. Ela corresponde à inflamação do tendão de Aquiles, que liga o osso do calcanhar à panturrilha. Muitas vezes, a tendinite aquiliana é consequência do uso excessivo do tendão de Aquiles – que é exigido em atividades como correr, caminhar rapidamente, pular e subir escadas. 

    Outra possível causa desse tipo de tendinite são alterações degenerativas, que podem atingir sobretudo pacientes mais velhos. 

    Tendinite no ombro 

    A tendinite no ombro é frequentemente vista em pessoas que fazem natação ou jogam tênis, porque tais atividades envolvem movimentos repetitivos nos quais o braço ultrapassa o nível da cabeça. Além disso, a tendinite no ombro pode acometer indivíduos mais velhos em função de alterações que aparecem com a idade por desgastes mecânicos, ditas degenerativas. 

    Quando procurar por um médico? 

    Em geral, recomenda-se procurar um médico (a exemplo do ortopedista e do reumatologista) se houver sintomas como dor e inchaço, especialmente se forem persistentes. 

    Também é importante buscar atendimento se o desconforto for súbito e intenso, tendo surgido após um acidente ou uma atividade física – pois essas características podem sugerir a ruptura do tendão. 

    Passar por uma avaliação individual permite determinar se de fato o quadro corresponde a uma tendinite ou a outra condição de saúde com sintomas semelhantes. 

    Exames que auxiliam no diagnóstico da tendinite 

    O diagnóstico da tendinite envolve uma avaliação clínica e exames de imagem. Durante a consulta, o médico conduz um exame físico para avaliar aspectos como a amplitude do movimento e a dor sentida pelo indivíduo, além de fazer perguntas sobre a história médica.  

    Quanto aos exames de imagem, geralmente são solicitadas ultrassonografia e/ou ressonância magnética. Tais métodos ajudam a confirmar o diagnóstico, pois são capazes de mostrar o grau da inflamação no local afetado.

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    Formas de tratamento 

    O tratamento da tendinite envolve, principalmente, repouso, seguido de reabilitação. Essa conduta é fundamental para evitar que a lesão se agrave. 

    Para diminuir a dor, podem ser utilizados medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além de compressas com gelo. Em certos casos, pode ser indicada a infiltração, ou seja, a injeção de medicamentos diretamente na área afetada para aliviar a dor e a inflamação. 

    Também pode ser recomendada a realização de fisioterapia, tanto para amenizar a dor quanto para fortalecer os tendões e os músculos, o que ajuda a recuperar a amplitude do movimento.  

    Em casos graves, pode haver indicação cirúrgica para remover um tecido danificado ou reparar um tendão rompido – no entanto, essa abordagem é considerada incomum em tendinites.

     

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