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Hemácias: conheça as células que transportam a vida

Essas células sanguíneas são fundamentais para a oxigenação do corpo e alterações em sua produção podem indicar problemas de saúde

Por Raquel RibeiroPublicado em 14/10/2024, às 12:15 - Atualizado em 15/10/2024, às 09:32

hemacias

Dentro dos ossos, em uma estrutura esponjosa chamada medula óssea, são produzidas as hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos. Milhões dessas células são fabricadas a cada segundo, garantindo o transporte de oxigênio para todas as partes do corpo. Sendo assim, manter os níveis de hemácias dentro da normalidade é essencial para garantir o bom funcionamento do organismo. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.

O que são hemácias? 

Hemácias são células sanguíneas também conhecidas como glóbulos vermelhos ou eritrócitos. Elas são as mais numerosas células do sangue e desempenham um papel fundamental no transporte de oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo.  Sua estrutura é bastante única, sendo descrita pela forma bicôncava, o que aumenta sua superfície de contato e facilita a troca gasosa.   

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Elas não possuem núcleo, o que permite que carreguem uma maior quantidade de hemoglobina, a proteína responsável por se ligar ao oxigênio. A hemoglobina é o elemento que dá o vermelho característico ao sangue e é determinante na eficiência do transporte de oxigênio. 

Hemácias na urina 

Hemácias na urina, ou hematúria, é o termo usado para descrever a presença de sangue na urina. Embora não seja uma doença em si, serve como um alerta de que algo no corpo não está funcionando corretamente.   

As causas da hematúria variam e podem incluir infecções urinárias, doenças autoimunes ou até cálculos renais. No entanto, muitos outros problemas de saúde podem causar esse sintoma, o que torna fundamental investigar a causa subjacente. 

Hemácias normocíticas e normocrômicas

Hemácias normocíticas e normocrômicas são termos usados para descrever as características das hemácias (glóbulos vermelhos) no sangue quando elas estão dentro dos padrões normais de tamanho e coloração. Essa é uma condição ideal de hemácias e reflete um equilíbrio saudável entre a produção de células sanguíneas e suas funções. A seguir, entenda o significado de cada termo:  

Normocítica: refere-se ao tamanho das hemácias. “Normo” significa normal e “cítica” se refere à célula. Ou seja, as suas hemácias têm um tamanho considerado normal.  

Normocrômica: refere-se à coloração das hemácias. “Normo” significa normal e “crômica” se refere à cor. Isso indica que a quantidade de hemoglobina (a proteína que transporta oxigênio) dentro das hemácias está dentro dos valores de referência.  

No entanto, vale destacar que mesmo em casos de hemácias normocíticas e normocrômicas, uma pessoa pode apresentar sintomas de doenças hematológicas, especialmente se o número de hemácias estiver alterado. Um bom exemplo são alguns tipos de anemia, como a anemia por doenças crônicas, onde o problema não é com a produção ou a forma das hemácias, mas sim com a quantidade total ou sua eficiência no transporte de oxigênio.

Hemácias em alvo 

Hemácias em alvo são células vermelhas do sangue que apresentam mais membrana celular do que hemoglobina, a substância responsável pelo transporte de oxigênio. Essa desproporção interfere na forma como a hemoglobina se distribui dentro da célula, dando a essas hemácias uma aparência característica de um alvo de tiro (com um ponto central escuro cercado por um anel claro) quando observadas em um exame de sangue.   

A presença de hemácias em alvo em um exame de sangue é um indicativo de que algo não está funcionando corretamente no metabolismo ou na produção das células sanguíneas. Seu diagnóstico requer um exame detalhado e acompanhamento médico especializado, pois essa desproporção pode estar associada a diversas situações clínicas.  

Esse tipo de hemácia é comumente observado em condições como a talassemia, uma doença genética que afeta a produção de hemoglobina, ou em casos de doença hepática crônica. 

Hemácias altas: o que pode ser? 

Quando os níveis de hemácias são altos, a condição é chamada de policitemia. Isso pode acontecer por diferentes motivos, sendo que a policitemia pode ser classificada em alguns tipos: primária e secundária.  

Na policitemia primária, também chamada de policitemia vera, ocorre um aumento de todas as células sanguíneas, especialmente dos glóbulos vermelhos (eritrocitose). Já a secundária é uma resposta do organismo a uma maior necessidade de oxigênio, como em casos de doença pulmonar ou na exposição a grandes altitudes. 

A policitemia, em muitos casos, não apresenta sintomas, especialmente quando o aumento de hemácias no sangue é leve, detectado apenas por meio de exames laboratoriais. No entanto, em situações mais graves, alguns sintomas e sinais podem surgir como: 

  • Dores de cabeça frequentes; 
  • Visão borrada; 
  • Fadiga intensa; 
  • Coceira na pele; 
  • Tontura. 

Hemácias baixas: o que pode ser? 

Quando o número de hemácias está abaixo do normal, tem-se o diagnóstico de uma condição chamada anemia. Os sintomas mais comuns da anemia incluem sensação de cansaço, palidez, tontura e falta de ar. A medição do hematócrito pode ajudar a determinar a presença de anemia ao medir a proporção de hemácias no sangue. 

Quando o valor das hemácias é preocupante? 

Os níveis de hemácias são monitorados por meio de exames de sangue e variam dependendo da idade, sexo e estado de saúde da pessoa. De qualquer forma, o valor é considerado preocupante quando está significativamente abaixo ou acima dos valores de referência. 
Portanto, ao notar algum dos sintomas relacionados à anemia ou policitemia, ou se os exames de sangue indicarem alterações nos níveis de hemácias, é fundamental consultar um médico. 

Qual médico procurar? 

Para investigar alterações nos níveis de hemácias, o médico mais indicado é o hematologista, especialista em distúrbios do sangue.  

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Fonte: Dr. Diogo Kloppel Cardoso – Hematologista

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