Testosterona total: entenda o que os níveis altos e baixos indicam
Dosagem não deve ser feita como check-up de rotina e exige sintomas específicos

A testosterona é um hormônio que atua na vida sexual, na massa muscular, nos ossos e até na disposição diária. Na presença de sintomas, como queda na libido ou outras disfunções sexuais, o médico pede a dosagem da testosterona total. Este exame revela quanto hormônio está circulando no corpo.
Ou seja, ele mostra o todo: a parte do hormônio que está livre para agir e a parte que está “guardada” no sangue. Essa dosagem pode ser a etapa inicial na investigação do problema.
Neste artigo, você vai ler:
Testosterona total: o que é?
A testosterona total é a soma de toda a testosterona presente na corrente sanguínea. Esse valor inclui tanto a fração que está livre quanto a que está ligada a proteínas.
No sangue, a maior parte da testosterona viaja “pegando carona” em proteínas transportadoras, como a SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais) e a albumina. Enquanto está ligada, a testosterona fica inativa.
A outra parte é a testosterona livre, que está pronta para entrar nas células. O exame de testosterona total mede o conjunto dessas duas formas. E avalia a capacidade global de produção hormonal dos testículos (nos homens) ou dos ovários e adrenais (nas mulheres).
Testosterona total: quando o exame é indicado?
Nos homens, em geral, é usado para investigar a falta do hormônio. Nas mulheres, a preocupação costuma ser o excesso.
A dosagem não deve fazer parte de um check-up de rotina sem um motivo claro. As indicações médicas mais comuns são:
Em homens
Para diagnosticar hipogonadismo (falha na produção hormonal). Isso é feito diante de sintomas como disfunção erétil, infertilidade ou redução da libido. Também serve para monitorar quem faz reposição hormonal ou investigar puberdade precoce ou tardia em meninos.
Em mulheres
A principal indicação é investigar o hiperandrogenismo (excesso de hormônios masculinos). O médico solicita o exame se houver sinais de virilização, como excesso de pelos, ou suspeita de tumores nos ovários.
Em crianças
Para investigar atrasos ou avanços anormais na puberdade.
Testosterona total e livre: diferenças
A principal diferença está na disponibilidade do hormônio. A testosterona total mostra o estoque completo, enquanto a livre mostra o que está pronto para uso imediato. É a fração (cerca de 3% do total) que não está presa a proteínas e que consegue entrar nas células livremente.
Medir as duas formas ajuda o médico a ter um quadro mais preciso, especialmente se a proteína de transporte (SHBG) estiver alterada.
Sintomas de testosterona alterada em homens
Os principais sintomas da testosterona baixa em homens envolvem a vida sexual. A queda da libido e a dificuldade de ereção são os primeiros sinais. Mas, o homem ainda pode notar:
- Diminuição dos pelos no corpo;
- Redução do volume dos testículos;
- Perda de força e massa muscular;
- Fadiga e cansaço crônico;
- Problemas de fertilidade;
- Osteoporose ou baixa densidade óssea.
Em alguns casos, a alteração na testosterona pode estar ligada à produção de DHT (di-hidrotestosterona). Esse hormônio, derivado da testosterona, influencia o crescimento da próstata e a calvície.
Sintomas de testosterona alterada em mulheres
Nas mulheres, o sinal mais evidente de alteração é o aparecimento de características masculinas. O excesso de testosterona costuma causar irregularidade menstrual e aumento de pelos em áreas incomuns.
Esse crescimento excessivo de pelos grossos e escuros (no rosto, peito ou costas) é chamado de hirsutismo.
Além disso, outros sinais de testosterona alta seriam:
- Acne severa ou aumento da oleosidade da pele;
- Queda de cabelo (calvície de padrão masculino);
- Engrossamento da voz;
- Aumento do clitóris (clitoromegalia);
- Agressividade ou mudanças de humor.
Vale mencionar que a testosterona baixa em mulheres raramente é um problema clínico, já que os níveis naturais femininos são baixos. A investigação é quase sempre em cima do excesso.
Tipos de exames de testosterona
O exame mais comum é a dosagem de testosterona total no sangue. E, dependendo do resultado e dos sintomas, o médico pode pedir outros exames, como:
- Testosterona livre: mede apenas a fração ativa do hormônio. É útil quando a testosterona total está normal, mas os sintomas persistem.
- Testosterona biodisponível: avalia a soma da testosterona livre com a que está ligada à albumina (uma ligação fraca, que permite o uso do hormônio).
- SHBG: mede a proteína que transporta a testosterona. Alterações nela podem mascarar os níveis reais do hormônio livre.
Preparo
Como a testosterona tem um pico de produção matinal, a coleta deve ser feita pela manhã. E as recomendações seriam:
- Jejum: adultos devem fazer jejum de 8 a 12 horas e, crianças até 6 ano, de apenas 3 horas.
- Horário: o ideal é coletar o sangue até 2 horas após acordar (geralmente entre 7h e 10h).
- Medicamentos: é preciso informar o uso de remédios. Suplementos com biotina devem ser suspensos 72 horas antes, pois interferem no teste.
- Bebidas alcoólicas: evitar nas 24 horas anteriores ao exame.
Como o exame é feito?
Trata-se de um exame de sangue comum. O paciente vai ao laboratório no período da manhã, em jejum. Uma amostra de sangue é coletada de uma veia do braço, e enviada para análise.
Em homens, se o resultado for baixo, o médico geralmente pede uma segunda coleta em outro dia para confirmar o diagnóstico.
Testosterona total: valores de referência
Os valores considerados normais variam bastante de acordo com o sexo do paciente e da sua idade. Mas, de forma geral, os intervalos de referência observados são:
- Homens adultos: entre 300 e 1.000 ng/dL (nanogramas por decilitro).
- Mulheres adultas: entre 12 e 60 ng/dL.
Perceba que o limite superior normal para uma mulher é muito abaixo do limite inferior para um homem. E saiba que resultados fora desses intervalos não indicam doença, mas sinalizam a necessidade de investigação médica.
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