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Tireoide: Sintomas, diagnósticos e tratamentos

Glândula presente na parte anterior do pescoço atua na produção de hormônios

Por Raquel RibeiroPublicado em 09/09/2022, às 16:01 - Atualizado em 25/05/2023, às 15:21
Foto: ShutterstockFoto: Shutterstock

Você sabia que a tireoide é uma das maiores glândulas do nosso corpo, podendo chegar até 25 gramas em um adulto? Seu papel é fundamental no organismo, uma vez que atua diretamente em vários aspectos como: peso, memória, concentração, humor, regulação de ciclos menstruais e até fertilidade.

O ponto é que quando a tireoide não está em pleno funcionamento, ou seja, funcionando corretamente, pode apresentar problemas como a liberação de hormônios em excesso ou ainda,ao contrário, em quantidade insuficiente, o que pode acarretar problemas ao nosso organismo.

Veja a seguir mais detalhes sobre quais problemas são esses, seus principais sintomas, como fazer o diagnóstico, bem como o tratamento.

O que é tireoide?

Tireoide é uma glândula presente na parte anterior do pescoço que tem como principal função produzir hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Juntos, visam regular o funcionamento de diversos órgãos de nosso corpo como o coração, o cérebro, o fígado e os rins.

Doenças relacionadas à tireoide

As doenças mais comuns que alteram o funcionamento da tireoide são: 

Hipotireoidismo: ocorre quando a tireoide tem queda na produção dos hormônios T3 e T4.

Hipertiroidismo: neste caso, ocorre o inverso, ou seja, há excesso de hormônios.

Além das alterações de funcionamento, também podem ocorrer modificações na estrutura da glândula, como a doença nodular tireoidiana, que é caracterizada pelo crescimento desordenado das células tireoidianas, e até mesmo neoplasias, como o câncer de tireoide. Existem ainda as chamadas tireoidites, em que ocorre a inflamação da glândula, podendo ainda ocorrer sua alteração estrutural e até oscilação dos níveis dos hormônios tireoidianos.

Sintomas mais comuns

tireoideArte: Andrea Petkevicius

Diagnóstico

Cada caso será avaliado individualmente. De qualquer forma, os problemas relacionados ao funcionamento da glândula são diagnosticados pela dosagem dos níveis hormonais no sangue, ou seja, com a análise do T3, T4 e do TSH (hormônio tireoestimulante).

Já os distúrbios decorrentes de alterações da estrutura da tireoide passam por exames de imagem. Nestes casos, podem ser indicados testes como:

  • Ultrassom da tireoide: trata-se de um exame simples e que não exige preparo. O paciente se deita em uma maca e o profissional que realiza o exame desliza pela tireoide, um transdutor, com o auxílio de um gel. O dispositivo emite ondas sonoras de alta frequência que geram as imagens dos exames.
  • Cintilografia da tireoide: podendo ser realizado em uma ou duas etapas, a escolha irá depender do protocolo utilizado. Há casos em que o indivíduo necessita estar em jejum para receber uma dose oral de iodo-131 com capacidades radioativas. Em outros, o iodo é ingerido primeiro e o jejum feito depois, por duas horas, para que a análise da glândula tireoide seja realizada.

Surgiu um nódulo na tireoide. E agora?

Em primeiro lugar, é importante que você saiba que é muito comum surgirem nódulos da tireoide e que apenas uma minoria, cerca de 5%, é decorrente de quadro de malignidade (neoplasia). A grande maioria ocorre por alterações benignas na glândula.

Agora, se os nódulos na tireoide têm características de benignidade e mudam ou crescem com o passar do tempo, precisam ser analisados novamente.

De qualquer forma, não se sabe exatamente por que eles aparecem. O nódulo na tireoide pode surgir por alterações no formato da glândula decorrente da proliferação por células neoplásicas, ou seja, de um câncer. Por outro lado, também pode aparecer por conta de uma proliferação de células benignas, que é o que justifica sua ocorrência na grande maioria dos casos.

Tratamento

O tratamento pode variar de uma pessoa para outra. Além disso, da característica e causas de cada doença. As principais formas são:

Hipotireoidismo: o tratamento é realizado com reposição hormonal. Depois que o indivíduo toma os hormônios sintéticos, ou seja, fármacos produzidos pela indústria farmacêutica, porém com ação semelhante aos hormônios, o médico avalia a necessidade de ajuste na dosagem.

Hipertireoidismo: há a possibilidade de tratamento com remédios que inibem a formação do hormônio, terapia com iodo radioativo, que consiste em destruir parte da glândula ou até mesmo cirurgia com a retirada da tireoide, em casos específicos.

Câncer de tireoide: é feito com cirurgia, onde ocorre a retirada da glândula. Depois, pode ser avaliado a possibilidade da realização de um tratamento complementar com dose terapêutica de iodo, onde o elemento químico é ligado a uma molécula radioativa que “destrói” o tecido da glândula. O objetivo é diminuir as chances de o tumor voltar.

Vale lembrar que cada caso deve ser avaliado individualmente e para isso um médico de sua confiança necessita ser consultado.

Fonte: Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)

 

Referência: SBMN e SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia)

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