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    Tremor no olho: o que pode ser e como resolver

    Condição é chamada de mioquimia palpebral e está relacionada ao estilo de vida

    Por Tiemi OsatoPublicado em 27/06/2022, às 10:18 - Atualizado em 25/05/2023, às 14:14
    Foto: Shutterstock

    Sabe aquele tremor no olho que aparece, muitas vezes, “do nada”? Então, ele é chamado de mioquimia palpebral.

    Essa condição clínica se manifesta na pálpebra inferior ou superior, por meio de contrações involuntárias, curtas, rápidas e de pequena amplitude do músculo orbicular (que é responsável pelo fechamento do olho). 

    Mas por que meu olho treme?

    Muitas vezes ouvimos que a mioquimia é resultado do estresse e, de fato, tanto o estresse como a ansiedade podem gerar o tremor. Isso porque alguns músculos da pálpebra são de responsabilidade de uma parte do sistema nervoso que é bastante influenciada por questões emocionais. 

    Além desses, outros fatores desencadeantes são: fadiga, consumo excessivo de cafeína, privação de sono e tempo frio. 

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    Sabe-se também que, em casos mais raros, medicamentos psiquiátricos ou que afetam os neurotransmissores podem levar à mioquimia.

    Como as causas estão atreladas ao nosso estilo de vida, o quadro pode persistir por alguns dias. Cada tremor dura de segundos a poucos minutos, mas o episódio inteiro (intercalando períodos de intervalo com períodos de tremor) é capaz de chegar a semanas — o que é normal, desde que não surjam outros sintomas.

    Caso você já apresente o tremor, fechar os olhos e fazer uma compressa morna pode ajudar (mas lembre-se que a mioquimia geralmente desaparece sozinha). 

    Pode ser algo mais grave?

    Na grande maioria das vezes, a mioquimia é benigna e não está associada a doenças graves. No entanto, esteja atento para consultar um médico se necessário. 

    Não é normal ter tremores com duração prolongada e muito recorrentes. A contração do músculo orbicular na mioquimia deve ser limitada, curta e não promover o fechamento total do olho. 

    Se ela estiver mais intensa, acometendo tanto a pálpebra inferior como a superior ao mesmo tempo (ou seja, fechando o olho abruptamente, diferente do piscar natural) e durando mais de 2 meses, fique alerta.

    Além disso, se os tremores estiverem associados a outros sintomas — como cansaço visual, cefaleia, dor ocular, desvio ocular e inchaço ou vermelhidão da pálpebra — é importante buscar uma avaliação oftalmológica completa. 

    O mais indicado, nessas situações, é procurar um profissional da plástica ocular ou da neuro-oftalmologia. 

    Fontes: Letícia Oliveira, oftalmologista com subespecialização em oculoplástica e vias lacrimais; Ricardo Paletta Guedes, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO); Thais Andrade, neuro-oftalmologista.

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