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    Visibilidade Bissexual: veja como combater a bifobia

    A bissexualidade é definida como a atração sexual e afetiva por mais de um gênero

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 23/09/2022, às 10:41 - Atualizado em 23/09/2022, às 10:41
    Foto: shutterstock

    O Dia da Visibilidade Bissexual é celebrado hoje, dia 23 de setembro. A data foi definida em 1999 pelos ativistas em direitos bissexuais Wendy Curry, Michael Page e Gigi Raven Wilbur. O objetivo é ampliar as vozes dos bissexuais, lutar por seus direitos e combater a bifobia, ou seja, o preconceito contra os bissexuais.

    Muitas vezes, homens e mulheres bissexuais sofrem com a invalidação de suas orientações sexuais. As mulheres podem ser fetichizadas e os homens classificados como “gays que não saíram do armário”. A falta de informação gera ainda mais preconceitos.

    A bissexualidade existe e é definida como a atração sexual e afetiva por mais de um gênero.

    A  seguir, veja detalhes sobre a bissexualidade e como não reproduzir a bifobia.

    Não é uma fase

    É comum que as pessoas pensem que a bissexualidade é algo passageiro ou uma fase. Ou ainda que o bissexual está confuso, com medo de assumir ser homossexual e logo decidirá que gosta de pessoas do mesmo gênero ou do oposto. Mas, a bissexualidade existe e é possível se sentir atraído por mais de um gênero.

    Não há uma porcentagem

    As pessoas bissexuais se interessam igualmente por todos os gêneros, já que a sexualidade é fluida. Isso significa que não há uma regra para sentir desejo e atração por um gênero específico. Portanto, não existe uma porcentagem definida como: me atraio 50% por homens ou 50% por mulheres (ou trans e não binárias).

    Se relacionam ou se atraem por todos os gêneros

    Outro erro é achar que bissexuais só se relacionam com homens e mulheres cisgêneros (que se identificam com o gênero que nasceram). Na verdade, eles se atraem também por pessoas trans, não-binárias (que não se identificam com os gêneros masculino e feminino) e de qualquer outra identidade de gênero.

    Sexualidade não muda de acordo com o relacionamento

    O status do relacionamento não define ou altera a orientação sexual de ninguém. Isso significa que se o indivíduo se relaciona com alguém do gênero oposto, não passa a ser heterossexual, assim como não se torna homossexual ao se relacionar com alguém do mesmo gênero. Independentemente do relacionamento, ele ou ela continuam sendo bissexuais.

    Não são promíscuos

    Por muito tempo,  a bissexualidade  foi sinônimo de promiscuidade. Muitas pessoas acreditam ainda que quem é bissexual não consegue ser fiel, gosta de se envolver com várias pessoas ao mesmo tempo e tem uma tendência maior à traição. Não há nada comprovado sobre o assunto e há diversos bissexuais que mantêm relacionamentos monogâmicos, ou seja, com apenas um parceiro (a).

    Evite o apagamento da bissexualidade

    Ainda existe a falta de inclusão desse segmento dentro do movimento LGBTQIA+. No entanto, atualmente a comunidade bissexual cresceu mesmo com essa invisibilidade dentro da sociedade. Muitas vezes, há o apagamento da bissexualidade, que se dá em vários níveis e em quase todos os espaços.

    Isso acontece porque a sexualidade é entendida de uma forma muito binária e a bissexualidade rompe todos esses tabus. O dia da visibilidade bissexual serve para mostrar que a pessoa não precisa provar sua sexualidade para ninguém, que deve ser apenas vivida e respeitada.

    Respeite a bissexualidade

    Como a sociedade pode contribuir com a visibilidade bissexual? Primeiramente, é preciso desconstruir os preconceitos internos e externos para que possamos tirar a invisibilidade desse segmento. É fundamental ampliar os espaço de discussões na escola, no trabalho, no grupo de amigos e principalmente na família.

    Vale destacar que todo mundo tem o direito de ser quem é e a sociedade tem a obrigação de respeitar a identidade de cada um. Faça a sua parte: se informe e se abra para o diálogo, sem julgamentos desnecessários e crenças preconceituosas.

    Fonte: Robson de Carvalho, coordenador de Políticas de Cidadania e Diversidades de Diadema e ex-presidente da ONG Viva a Diversidade.

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