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Câncer na vulva: como prevenir?

A vacinação contra o HPV é uma medida eficiente para evitar a doença em grande parte dos casos

Fonte: Dra. Adriana Bittencourt CampanerMédica ginecologistaPublicado em 14/08/2024, às 16:15 - Atualizado em 15/08/2024, às 11:15

câncer na vulva

O câncer na vulva é uma condição rara que representa uma pequena porcentagem dos casos de câncer ginecológico. Mas é importante conhecer os sinais e sintomas para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. 

O que é câncer na vulva? 

O câncer na vulva é um tipo de câncer ginecológico que se desenvolve nos tecidos da vulva, a parte externa dos órgãos genitais femininos. A vulva inclui os lábios vaginais (lábios maiores e menores), o clitóris e a abertura vaginal.

Existem diferentes tipos de câncer de vulva, sendo o carcinoma de células escamosas o mais comum, responsável por cerca de 90% dos casos. Esse tipo de câncer tende a crescer lentamente e é mais frequentemente diagnosticado em mulheres idosas, embora possa ocorrer em qualquer idade. 

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O que causa câncer na vulva? 

O câncer de vulva pode surgir de duas situações. Umas delas é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), especialmente os tipos de alto risco, que estão associados a várias formas de câncer genital. Este vírus acomete a mulher, que desenvolve lesões que passam por um estágio de pré-câncer e, se não tratadas, viram câncer.

Outra possível causa são lesões de pele não associadas ao HPV, como o líquen escleroso e o líquen plano, que também ocorrem na vulva. Estas dermatoses, se não forem cuidadas, também podem evoluir para o câncer de vulva. 

Prevenção 

A prevenção do câncer na vulva passa por exames ginecológicos regulares que permitam o diagnóstico precoce de alterações pré-cancerosas. E, como uma parte dos tumores está relacionada ao HPV, a vacinação contra o HPV é uma medida preventiva eficaz, especialmente quando administrada antes do início da atividade sexual.

E, naqueles outros cânceres que não têm relação com o HPV e sim com os líquens, como alguns tipos de dermatoses da vulva, é interessante a consulta anual com o ginecologista e o tratamento dessas lesões para que não virem cânceres. 

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Quais são os sintomas de câncer na vulva? 

Geralmente, as mulheres com lesões pré-cancerosas ou câncer em fase inicial apresentam os seguintes sintomas na região da vulva:  

  • Coceira; 
  • Feridas; 
  • Manchas; 
  • Úlceras. 

Muitas vezes, a paciente não identifica os sintomas e, somente na consulta ginecológica, o médico visualiza manchas, úlceras e alterações e faz o diagnóstico.

Em alguns casos, quando a paciente tem o câncer de vulva mais desenvolvido, ela percebe tumores, vegetações e nódulos na vulva.  

É importante que qualquer mulher que experimente esses sintomas consulte um médico para uma avaliação mais aprofundada, já que alguns desses sintomas podem ser causados por outras condições menos graves, como a vulvodínia, dermatoses e até mesmo infecções sexualmente transmissíveis. 

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico do câncer na vulva geralmente começa com um exame físico detalhado, incluindo um exame ginecológico. O ginecologista pode fazer uma vulvoscopia, exame que permite visualizar e avaliar a região vulvar de forma detalhada, utilizando um colposcópio, instrumento que amplia a imagem da área examinada.

Em algumas situações, o médico pode passar algumas soluções no local para que a lesão fique mais visível e saliente.

Se houver lesões visíveis, uma biópsia pode ser realizada para coletar uma amostra de tecido para análise laboratorial e confirmação do diagnóstico. 

Câncer de vulva tem cura? 

O prognóstico do câncer na vulva depende de vários fatores, incluindo o estágio do câncer no momento do diagnóstico, a localização e o tipo de células envolvidas. Em estágios iniciais, o câncer de vulva é geralmente curável. 

Se, antes de virar câncer, o pré-câncer ou a neoplasia intraepitelial são diagnosticados, é possível retirar toda a lesão e curar a paciente. 

Como é feito o tratamento? 

A cirurgia é tratamento mais comum para o câncer de vulva. Pode variar desde uma excisão local simples no caso de pequenos tumores até uma vulvectomia mais extensa, que envolve a remoção de uma parte ou de toda a vulva. Em algumas situações, é necessária a retirada de gânglios da virilha também.

Em algumas situações, quando o tumor está muito disseminado (com metástase nos linfonodos) ou quando não for possível fazer a cirurgia, há a necessidade de fazer radioterapia. 

Importante ressaltar que a melhor alternativa é sempre o tratamento das lesões pré-cancerosas. Geralmente, ele envolve procedimentos que removem ou destroem o tecido afetado para prevenir o desenvolvimento de câncer. As opções incluem excisão cirúrgica, que remove a lesão, e ablação com laser, que destrói as células anormais. Em alguns casos, a aplicação tópica de medicamentos (imunomoduladores) pode ser utilizada para estimular o sistema imunológico a combater as células alteradas. 

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