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Março lilás: mês de conscientização e prevenção do câncer de colo do útero

Campanha alerta para a importância do diagnóstico precoce e tratamento da doença, que pode ser evitada com informação e cuidados básicos

Fonte: Dra. Adriana Bittencourt CampanerGinecologistaPublicado em 06/03/2025, às 10:47 - Atualizado em 31/03/2025, às 16:00

Mulheres no Março Lilás


Março lilás
é um movimento que acontece todos os anos dedicado à conscientização sobre o câncer de colo do útero, o terceiro tipo de tumor mais incidente entre as mulheres e uma das principais causas de morte delas no Brasil e no mundo. Dados do Ministério da Saúde estimam que serão diagnosticados até 17 mil novos casos da doença até 2025 e indicam que cerca de seis mil brasileiras morrem todos os anos em decorrência da doença.

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Nesse sentido, a campanha busca informar a população sobre os riscos, métodos de prevenção e a importância do diagnóstico precoce por meio de ações educativas e de mobilização. Continue a leitura para saber mais sobre a doença e como é possível se prevenir.  

O que é março lilás? 

O março lilás é uma campanha de conscientização criada pelo Ministério da Saúde brasileiro para alertar sobre o câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical.  

A iniciativa tem como objetivo conscientizar e chamar a atenção da população para fatores de risco, métodos de prevenção e a importância do diagnóstico precoce da doença. A campanha é apoiada pelo Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (Movimento TJCC), uma coalizão com mais de 200 organizações da oncologia no país. 

As iniciativas da campanha incluem a realização de ações educativas, palestras, distribuição de materiais informativos e mutirões para a realização de exames preventivos, como o Papanicolau.

Como surgiu o março lilás? 

O março lilás surgiu como parte de uma estratégia de saúde pública do Ministério da Saúde brasileiro para ampliar a informação sobre o câncer de colo do útero.  

A campanha ganhou força com o apoio de instituições de saúde e organizações não governamentais, que reforçam ano a ano a necessidade das medidas preventivas para reduzir a incidência da doença no país.  

A escolha do mês de março (mesmo mês do Dia Internacional da Mulher) e a cor lilás são formas homenagear e lembrar a importância do cuidado com a saúde da mulher.

Como prevenir o câncer de colo do útero?

A prevenção do câncer de colo do útero pode ser feita por meio da adoção de hábito saudáveis. Entre as principais medidas, estão:

  • Uso de preservativos durante as relações sexuais; 
  • Vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano), que pode causar lesões precursoras de tumores (veja mais detalhes abaixo); 
  • Evitar o tabagismo, que aumenta o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer.

Além disso, é fundamental que as mulheres mantenham uma rotina de acompanhamento ginecológico, especialmente a partir dos 25 anos, quando o risco de desenvolvimento do câncer cervical começa a aparecer com mais frequência. 

Vacina HPV 

A vacina contra o HPV é uma das principais formas de prevenção do câncer de colo do útero, já que a infecção por alguns tipos de HPV é responsável pelo desenvolvimento da doença em mais de 90% dos casos.  

No Brasil, a vacina é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de nove a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A imunização também é recomendada para pessoas imunossuprimidas (vivendo com HIV, transplantados e pacientes oncológicos etc.) até os 45 anos. 

No sistema privado, é possível receber a vacina nonavalente, que abrange mais tipos de HPV.

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Exames de rotina 

Embora muita gente use o termo “exames preventivos”, vale esclarecer que eles não previnem o câncer de colo de útero: eles ajudam a rastrear lesões ou alterações pré-cancerosas em seus estágios iniciais, permitindo iniciar o tratamento precocemente e aumentando as chances de sucesso na cura da doença.  

Por isso, eles atualmente são chamados de exames de rastreio ou de rotina e devem ser feitos de forma periódica. Os principais exames que devem ser feitos são o Papanicolau, que coleta células da região para análise em laboratório; e/ou teste de DNA do HPV (se o vírus estiver presente, a paciente deve ser avaliada, pois apresenta risco de desenvolvimento de lesões).  

A orientação do Ministério da Saúde é que o Papanicolau seja realizado pelas mulheres de 25 a 64 anos que já tenham iniciado a vida sexual.  

Nas duas primeiras vezes, esse exame deve ser feito anualmente; se não houver alterações, a frequência pode ser reduzida para três anos – mas isso pode variar. É importante seguir sempre a orientação do seu médico quanto a frequência da realização dos seus exames. 

Vale dizer que, recentemente, o Ministério da saúde aprovou a implantação do teste de DNA HPV na rotina de rastreio do câncer cervical em substituição ao Papanicolau; entretanto, o mesmo ainda não foi implantado. 

Além desses exames, outros também estão inclusos na rotina de rastreio da mulher, tais como:  

  •  Mamografia: exame que detecta nódulos, cistos, calcificações ou tumores nas mamas.  
  • Ultrassom: exame de imagem que pode ser pélvico, transvaginal ou das mamas.  
  • Exames de sangue: incluindo hemograma, glicemia, colesterol e hormônio estimulante da tireoide (TSH), entre outros. 
  • Densitometria óssea: exame que avalia a saúde dos ossos.  
  • Eletrocardiograma: exame que verifica problemas na atividade do coração.  
  • Colonoscopia: exame de rastreamento de tumores colorretais.  
  • Sorologia para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): que podem incluir gonorreia, clamídia, HIV, hepatites e sífilis, entre outras doenças. 
  • Exames histopatológico e de biologia molecular: além do Papanicolau, estes são os exames que detectam o HPV no organismo.  

No entanto, deve-se lembrar que nem todas as pacientes devem realizar todos estes exames listados, sendo que a faixa etária e a avaliação clínica feita pelo médico ditarão qual(ais) o(s) exame(s) necessário(os).

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Câncer do colo de útero: como fazer o diagnóstico precoce?
 

Como falamos, a principal forma de diagnosticar alterações que possam indicar lesões pré-cancerosas ou o câncer de colo de útero é por meio da realização do Papanicolau e/ou teste do DNA do HPV, considerados simples, rápidos e indolores.  

Para obter mais informações sobre onde realizar exames, consultar preços e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar nossa plataforma de agendamentos online. 

Quais são os sintomas de câncer no colo do útero 

Nos estágios iniciais, o câncer de colo do útero pode não apresentar sintomas evidentes. No entanto, à medida que a doença avança, alguns sinais podem surgir, como: 

  • Sangramento vaginal fora do período menstrual; 
  • Sangramento durante ou após a relação sexual; 
  • Dor durante a relação sexual; 
  • Corrimento vaginal com odor forte; 
  • Dor pélvica ou nas costas (na região da lombar); 
  • Perda de peso sem causa aparente. 

A presença desses sintomas não significa necessariamente a existência do câncer, mas é um alerta para buscar avaliação médica.

Quais são os tipos de câncer de colo de útero? 

O câncer de colo do útero pode ser classificado em diferentes tipos, dependendo do tipo de células afetadas. Os mais comuns são: 

  • Carcinoma de células escamosas (ou carcinoma epidermoide): responsável por cerca de 80% dos casos, surge nas células que revestem a parte externa do colo do útero, isto é, as células escamosas; 
  • Adenocarcinoma: menos frequente, tem origem nas células glandulares da parte interna do colo; 
  • Carcinoma adenoescamoso: uma combinação rara dos dois tipos anteriores. 

Câncer do colo de útero: como é feito o tratamento? 

Vale ressaltar que o tratamento do pré-câncer é bem mais fácil e consiste em: acompanhamento rigoroso da paciente; ou, quando necessário, na realização de cirurgia para retirada da lesão. Esse tipo de terapia evita o desenvolvimento do câncer.

Já o tratamento do câncer de colo do útero depende do estágio da doença, do tipo de tumor e das condições de saúde da paciente. Em todos os cenários, o acompanhamento médico é essencial para definir a melhor estratégia de tratamento para cada caso e garantir a qualidade de vida da paciente.

A primeira opção de tratamento é a cirurgia para remover o tumor ou a lesão. Na maioria dos casos, é necessária a remoção do útero inteiro.

Depois, o médico especialista pode avaliar ou não a necessidade de realizar radioterapia ou quimioterapia para combater as células cancerosas, caso ainda estejam presentes no organismo ou se espalhado para outros tecidos e órgãos. Em algumas situações, quando o tumor está muito volumoso, não há mais possibilidade de realizar cirurgia e a paciente será encaminhada para radioterapia associada a quimioterapia. 

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