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Câncer de colo de útero: como prevenir?

Vacina de HPV e papanicolau são aliados contra a doença

Por Raquel RibeiroPublicado em 06/09/2022, às 16:29 - Atualizado em 22/02/2024, às 17:21
Câncer de colo de úteroFoto: Shutterstock

Caracterizado pela alteração das células, o câncer de colo de útero é causado pela infecção persistente de alguns tipos de HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano). Embora existam mais de 130 tipos, cerca de 15 deles são considerados de alto risco e passíveis ao desenvolvimento do câncer de colo de útero. 

Mas apesar da gravidade da doença, poucas mulheres associam o HPV ao câncer de colo de útero. É o que revelou uma pesquisa realizada pela ABPTGIC (Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia), com 700 mulheres em seis capitais do Brasil, onde o número representa 66% das entrevistadas.

Para se ter uma ideia, a estimativa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) é de que 16.710 novos casos sejam detectados somente em 2022. A boa notícia é que, se diagnosticado ainda em fase inicial, tem altas chances de cura: entre 80% e 90%.

Veja a seguir outros fatores de risco para a doença e como se prevenir.

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Fatores de risco para o câncer de colo do útero

Como já adiantamos, o HPV é a principal causa do câncer de colo de útero. Outros fatores de risco são:

  •       Início precoce da atividade sexual;
  •       Mulheres com múltiplos parceiros sexuais;
  •       Tabagismo;
  •     Imunossupressão: quem possui alguma deficiência imunológica, como pessoas com lúpus, pacientes oncológicos, transplantados, com HIV, entre outros;
  •       Falta de realização de exames preventivos;
  •       IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis): como herpes genital e sífilis;

Sintomas de câncer no colo do útero

O câncer de colo de útero leva anos para se desenvolver, mas em alguns casos pode apresentar sintomas como: 

  •       Sangramento vaginal;
  •       Corrimento vaginal anormal;
  •       Dor na pelve;
  •      Menstruação anormal, intensa ou irregular.

Prevenção

Por ser uma doença silenciosa e de lenta evolução, as medidas de prevenção são imprescindíveis para evitar a doença ou ajudar no diagnóstico precoce, diminuindo os riscos de evolução. Veja algumas formas:

Vacinar-se contra o HPV: a vacina é fundamental contra quatro tipos de HPV, sendo dois tipos que causam verrugas genitais, que é a forma clínica do HPV de baixo risco, bem como as formas de alto risco, que geram o câncer de colo de útero. Devem tomar:

  •       Meninos de 11 a 14 anos anos;
  •       Meninas de 9 a 14 anos .

Ter relações sexuais seguras: com o uso de preservativo (camisinha) no sexo com penetração. Essa ação protege parcialmente do HPV, que também pode contaminar o indivíduo por meio do contato com a pele nas seguintes regiões:

  •       Vulva (parte externa dos órgãos genitais femininos);
  •       Perineal (área entre o ânus e a vagina);
  •       Perianal (região situada – ou que se forma – na margem do ânus);
  •       Bolsa escrotal (feita de músculo e pele onde estão contidos os testículos).

Realizar o exame papanicolau: é um procedimento rápido em que é introduzido um instrumento popularmente conhecido como “bico de pato” na vagina da mulher para a coleta das células. Com ele é possível verificar se há alterações nas células do colo do útero e, em caso positivo, avaliar a melhor forma de tratamento. 

No Brasil, seguindo as diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde), o exame deve ser realizado inicialmente anualmente. Após dois exames sem qualquer anormalidade, a mulher poderá fazer um novo com o intervalo de três anos. Devem fazer:

  •       Mulheres que tem ou já tiveram vida sexual;
  •       Mulheres entre 25 e 59 anos.

+  LEIA TAMBÉM: Papanicolau: o que é o exame e para que serve 

Consultar um ginecologista: na conversa com esse profissional será possível relatar irregularidades, tirar dúvidas, entre outras questões. Ainda existem casos em que o papanicolau é feito durante a própria consulta. Em outros, a pessoa pode ser encaminhada para a realização em laboratório.

Lembre-se: somente um médico é capaz de diagnosticar e tratar qualquer doença. Por isso, faça os exames preventivos e, ao sentir qualquer sintoma, consulte um profissional de sua confiança.

Fonte: Fernanda Schier de Fraga, médica ginecologista e obstetra e professora da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

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