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    Anemia ferropriva: quais alimentos podem ajudar?

    Alimentação equilibrada pode ser aliada no combate à deficiência de ferro

    Por Tiemi OsatoPublicado em 21/09/2022, às 15:57 - Atualizado em 25/05/2023, às 15:26
    Foto: Shutterstock

    Cansaço, respiração ofegante e fraqueza. Difícil encontrar alguém que já não tenha vivenciado esses sintomas. Afinal de contas, quem não está cansado hoje em dia, né? De fato, o cansaço e a fraqueza podem vir de uma rotina mais atribulada, mas também podem ser sintomas de uma série de doenças. E a anemia é uma delas.

    A anemia é uma condição caracterizada pela redução de glóbulos vermelhos no sangue. Essa redução pode ser tanto do tamanho quanto da quantidade e tem como consequência a diminuição da oxigenação dos órgãos e dos tecidos do corpo. Já as causas são variadas, podendo estar relacionadas a doenças ou a carências nutricionais.

    Uma das anemias mais frequentes é a ferropriva. E a explicação por trás desse quadro é justamente uma deficiência nutricional: a de ferro, o principal nutriente da dieta responsável pela produção de glóbulos vermelhos.

    Os sintomas iniciais da anemia ferropriva incluem cansaço, respiração ofegante e fraqueza. Conforme a doença progride, surgem outras manifestações, como palidez e taquicardia.

    Em crianças pequenas (especialmente entre 6 meses e 3 anos), é comum a carência de ferro resultar da associação entre problemas alimentares e rápido crescimento. Em adultos, essa deficiência nutricional pode ser desencadeada pela perda crônica de sangue em função de questões ginecológicas ou gastrointestinais.

    Ou seja, o tratamento da anemia ferropriva pode passar pela alimentação, mas não é só isso. A condição pode exigir suplementação oral e infusão endovenosa de ferro, além do tratamento da doença de base que está causando a falta de ferro.

    Portanto, ainda que a alimentação equilibrada seja uma aliada no combate à anemia ferropriva, é sempre necessário consultar um médico para obter o diagnóstico correto e a orientação adequada.

    Dito isto, veja alguns exemplos de alimentos que podem ajudar na composição de uma dieta rica em ferro:

    • Carnes: carnes vermelhas e fígado são as melhores fontes de ferro, mas outras carnes também são fonte desse nutriente;
    • Ovos;
    • Alimentos com folhas verde-escuras: agrião, couve, cheiro-verde, salsinha;
    • Leguminosas: feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha;
    • Nozes e castanhas;
    • Sucos de frutas cítricas: tomar um copo de suco de laranja, limão ou acerola antes ou durante a refeição facilita a absorção de ferro.

    Vale dizer que o corpo humano consegue aproveitar melhor o ferro de origem animal (chamado de ferro heme), absorvendo de 20% a 30% do nutriente. Quando o ferro tem origem vegetal (ferro não-heme), essas taxas caem para 1% e 7%.

    O que pode favorecer a absorção do ferro não-heme é a vitamina C das frutas cítricas. Por outro lado, existem componentes que podem dificultar esse processo.

    É o caso das bebidas lácteas, do chocolate, do café, do chá e de outras bebidas que contêm cafeína – por isso, é bom evitar o consumo desses alimentos durante e logo depois de realizar refeições ou ingerir medicamentos ricos em ferro.

    Fontes: Paulo Henkin, médico nutrólogo e diretor da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia); Sandra Fatima Menosi Gualandro, médica hematologista e membro do Comitê de Glóbulos Vermelhos e do Conselho Científico da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular).

    Referências: Associação Brasileira de Hematologia Hemoterapia e Terapia Celular; Hospital Nove de Julho; Ministério da Saúde; Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

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