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    Herpes labial: sintomas,causas e tratamento

    Infecção afeta mais de metade da população mundial, e deve ser tratada para evitar a transmissão

    Por Raquel RibeiroPublicado em 29/09/2022, às 16:55 - Atualizado em 30/09/2022, às 11:53
    herpes labialFoto: Shutterstock

    De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 70% da população já teve contato com o vírus da herpes. No Brasil, a porcentagem chega a 90% do público adulto, mas a maioria não apresentará sintomas.

    Neste texto vamos explicar o que é a herpes labial, suas causas, sintomas e formas de tratamento. Acompanhe!

    O que é herpes labial?

    Herpes labial é uma infecção comum e contagiosa causada por vírus que se manifesta com o surgimento de bolhas nos lábios, mas que também pode ser assintomática e atingir inclusive bebês. 

    Tipos de herpes

    Herpes tipo 1

    Esse é o tipo conhecido como herpes labial que, como explicamos acima, é causada pelo vírus herpes simples tipo 1  (HSV-1). É uma doença muito comum que não tem cura, pois o vírus não pode ser eliminado do organismo. Uma vez infectada a pessoa fica com o vírus “dormindo” no corpo pelo resto da vida, podendo ou não apresentar as recorrências das lesões.

    Herpes tipo 2

    conhecida como herpes genital, essa é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) também muito comum, causada pelo vírus herpes simples tipo 2 (HSV-2). Ela se manifesta com o surgimento de lesões na região da vagina, pênis, ânus, nádegas e virilha.Assim como o tipo 1, a herpes tipo 2 também não tem cura, pois o vírus permanece para sempre nas células nervosas.

    Embora exista essa classificação, ambos os vírus (HSV-1 e HSV-2) podem causar herpes labial.

    Causas da herpes labial

    A transmissão do vírus herpes simples é relativamente fácil. Ela pode ocorrer durante um beijo e até mesmo pelo compartilhamento de objetos como copos, talheres e toalhas. Porém, isso só acontece se as lesões estiverem aparentes. Sendo assim, é importante evitar o contato direto no período em que as pessoas estiverem com lesões ativas.

    Apesar disso, é um vírus que pode ficar adormecido no corpo por muitos anos e só se manifestar quando o sistema imune estiver comprometido por outras condições, como:

    herbes labial

    Sintomas

    Alguns sintomas da herpes labial se manifestam antes mesmo das bolhas surgirem na região, pois cerca de 48h antes disso acontecer, a pessoa infectada pode sentir um desconforto nos lábios, como um formigamento ou leve coceira. Na infecção primária, ou seja, na primeira manifestação do vírus, também pode ocorrer febre. Outros sintomas são:

    • Formigamento, vermelhidão, coceira e/ou ardência na boca;
    • Surgimento de pequenas bolhas nos lábios;
    • Rachaduras nos lábios;
    • Dor ao movimentar a boca;
    • Depois que as bolhas estouram, surgem feridas abertas na boca que podem sangrar com facilidade durante a fala ou movimento dos lábios.

    Tratamento da herpes labial

    De modo geral, a herpes labial não necessita de tratamento, já que o próprio sistema imune do organismo se encarrega de combater o vírus e eliminar os sintomas em cerca de oito dias. Durante esse período, é importante manter uma boa higiene bucal, não compartilhar objetos, como talheres e copos com outras pessoas, e evitar tocar nas lesões para não facilitar a transmissão.

    No entanto, existem antivirais em forma de pomada que podem ser aplicados na região afetada e que ajudam a aliviar os sintomas e a combater o vírus. Nesse caso, o tratamento deve ser iniciado preferencialmente nas primeiras 48h dos sintomas.

    Em casos mais graves, quando as bolhas demoram muito para aparecer, o médico pode indicar antivirais orais para reforçar o sistema imune e ajudá-lo a combater o vírus. Esses casos são mais frequentes em pessoas com o sistema imune comprometido, como aquelas em tratamento contra o câncer.

    Contudo, ao perceber os sintomas pela primeira vez, é recomendado procurar um médico dermatologista ou infectologista para confirmação do diagnóstico, orientações e prescrição dos remédios, se necessário.

    Fontes: Marlirani Dalla Costa Rocha, professora de Infectologia da PUC Campinas; Bruno Zappa, Infectologista do Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Adventista Silvestre; Giovanna Sapienza, infectologista do Centro de Prevenção Meniá.

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