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Cefaleia em salvas provoca dores intensas, mas tem controle; entenda

Condição neurológica provoca desconforto intenso e prejudica qualidade de vida

Por Danielle SanchesPublicado em 18/09/2024, às 18:05 - Atualizado em 19/09/2024, às 12:25

Cefaleia em salvas

A cefaleia em salvas é um tipo de dor de cabeça intensa, extremamente incapacitante e recorrente que afeta principalmente um lado da cabeça. Caracterizada por crises dolorosas e curtas, essa condição pode causar grande desconforto e impactar significativamente a qualidade de vida do paciente. Mas afinal, o que causa essa dor de cabeça e como ela pode ser tratada? Confira essa e outras respostas a seguir.

O que é cefaleia em salvas? 

A cefaleia em salvas é uma doença neurológica caracterizada por episódios dolorosos intensos que geralmente ocorrem localizados em um único lado da cabeça ou ao redor de um olho.  

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Essas crises podem durar de 15 minutos a 3 horas e ocorrem em “salvas”, ou seja, com intervalos específicos e que se repetem várias vezes ao dia durante semanas ou até meses.  

A dor pode ser tão severa que muitos pacientes a descrevem como incapacitante, afetando profundamente a qualidade de vida durante os períodos de crise. Entre as salvas, no entanto, o paciente geralmente não sente dor. 

O que causa cefaleia em salvas? 

A causa exata da cefaleia em salvas ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que o problema esteja relacionado a fatores genéticos ou algum problema no hipotálamo, a região do cérebro responsável por regular funções corporais como o sono e os ritmos circadianos (que determinam quando ficamos acordados ou dormindo). Outros fatores menos conhecidos podem também estar envolvidos. 

No entanto, assim como ocorre com outros tipos de cefaleia (como a enxaqueca), a em salvas pode ser desencadeada por fatores como tabagismo, consumo excessivo de álcool e exposição a odores fortes.

Por outro lado, vale notar que a cefaleia em salvas não tem relação direta com a tensão muscular, fator importante para quem sofre de cefaleia tensional, por exemplo.  

Quais são os sintomas de cefaleia em salvas? 

Além da dor intensa de um lado da cabeça ou ao redor de um olho, a cefaleia em salvas pode ser acompanhada de outros sintomas, como: 

  • Lacrimejamento excessivo no olho do lado afetado; 
  • Congestão nasal (nariz entupido ou escorrendo); 
  • Vermelhidão facial do lado da dor; 
  • Sudorese no rosto; 
  • Pupila contraída do olho afetado; 
  • Agitação motora.

Importante dizer que a cefaleia em salvas costuma ocorrer de forma cíclica, com períodos de crises intensas intercalados por remissões que podem durar meses ou até anos.  

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico da cefaleia em salvas é clínico e baseia-se principalmente no histórico de sintomas descrito pelo paciente.  

Não existem exames específicos para confirmar a condição, mas exames de imagem como a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM) podem ser solicitados para descartar outras possíveis causas da dor, como tumores.  

Um acompanhamento detalhado dos sintomas, incluindo a anotação da frequência e intensidade das crises, também é fundamental para um diagnóstico correto. 

Qual é o tratamento para cefaleia em salvas? 

O tratamento da cefaleia em salvas visa principalmente aliviar os sintomas e reduzir a frequência das crises. Uma das opções mais comuns é a administração de oxigênio puro por meio de uma máscara, que pode ajudar a interromper uma crise em andamento.  

O uso de medicamentos como triptanos, utilizados na forma de injeção ou spray nasal, também são eficazes no alívio rápido da dor.  

Em casos mais graves, tratamentos preventivos com bloqueadores de canais de cálcio ou corticosteroides podem ser prescritos para reduzir a frequência dos ataques. 

Em alguns casos, pode ser necessária a combinação de diferentes tratamentos e a participação de outras especialistas, como psicólogos. 

Qual médico procurar? 

O neurologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a cefaleia em salvas. Ao procurar um médico, é importante levar um registro detalhado das suas crises, incluindo a frequência, duração e os sintomas associados. 

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Fonte: Dra. Rosa Hasan, neurologista do Alta Diagnósticos 

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