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Densitometria óssea: para que serve o exame

Exame pode detectar osteopenia ou osteoporose e, assim, ajudar a prevenir fraturas

Por Tiemi OsatoPublicado em 19/10/2022, às 16:06 - Atualizado em 27/06/2023, às 20:57
Foto: Shutterstock

Você tem ideia de como saber se está tudo bem com os ossos do nosso corpo? Um dos caminhos é olhar para os minerais, que compõem grande parte dessa estrutura. E é isso que a densitometria óssea faz.

Esse exame de imagem avalia a densidade mineral e, assim, consegue detectar eventuais problemas de perda de massa óssea ainda em estágio inicial – algo que um exame simples de raios X, por exemplo, não faz.

Para que serve a densitometria óssea

A depender do resultado, a densitometria óssea serve para o diagnóstico de osteopenia ou osteoporose. Essas são duas doenças em que há perda de massa óssea e alteração da microarquitetura óssea. As regiões mais afetadas costumam ser quadril, coluna e punhos.

A osteopenia é caracterizada por perda de aproximadamente 25% da massa óssea. Se não for diagnosticada e tratada, pode evoluir para osteoporose – condição mais comum em pessoas mais velhas, principalmente mulheres na pós-menopausa. Na osteoporose, a perda de massa óssea é acentuada (superior a 25%) e o maior risco são as fraturas ósseas.

Indicações da densitometria óssea

No geral, mulheres a partir dos 65 anos e homens a partir dos 70 deveriam fazer como forma de rastreio. E esse rastreio pode ser antecipado conforme indicação médica.

O exame também deveria ser feito por pessoas com alguns fatores de risco como:

  • Ter deficiência de hormônios sexuais
  • Fazer uso crônico de glicocorticoides, anticonvulsivantes ou quimioterápicos
  • Ter baixo peso
  • Ter baixa ingestão de cálcio
  • Ter deficiência de vitamina D
  • Ter doenças como hipertireoidismo, hepatopatias ou hiperparatireoidismo primário
  • Ser tabagista
  • Ser etilista
  • Ser sedentário
  • Ter histórico familiar de fraturas ósseas

Contraindicações da densitometria óssea

A principal contraindicação absoluta da densitometria óssea é gravidez.

Além disso, não é permitido realizar a densitometria óssea caso a pessoa tenha feito algum exame com contraste recentemente. O laboratório responsável pela densitometria pode pedir que o paciente aguarde entre 7 e 15 dias para que não haja interferência no resultado.

Como é realizada a densitometria óssea

O exame é rápido, indolor e não requer sedação. Se a região analisada for a coluna lombar, o fêmur ou o antebraço, a densitometria óssea dura cerca de 5 minutos. Caso o exame seja de corpo inteiro, deve demorar mais ou menos 10 minutos.

Basicamente, o paciente deita em uma maca acoplada ao densitômetro e é submetido a um escaneamento com dupla emissão de raios X. Essa tecnologia diferencia tecidos moles (como gordura, água, músculos e vísceras) e ossos, permitindo a formação da imagem da área de interesse e o cálculo da densidade.

A radiação, embora seja utilizada no exame, é bem baixa na comparação com outros procedimentos. Na densitometria óssea, a radiação varia entre 6,7 e 31 microsieverts (mSv). Em um raio X de tórax, os números ficam entre 60 e 200 mSv. Na tomografia, esse valor sobe para 1000 mSv.

Preparo para densitometria óssea

O mais importante é não ingerir comprimidos (como vitaminas e outros compostos) que contenham cálcio 24 horas antes do exame.

O indivíduo também pode ser orientado a não usar roupas que tenham metal e a evitar acessórios (como pulseiras, brincos e colares) no dia da densitometria óssea.

Com que frequência devo realizar a densitometria óssea?

Como forma de rastreio, o indicado seria fazer a cada 2 anos, no caso das mulheres a partir de 65 anos e dos homens com 70 anos ou mais.

A recomendação de repetir anualmente seria para pacientes com osteoporose confirmada, para a continuidade do tratamento.

Entenda o resultado da densitometria óssea

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde):

  • Até -1,0 DP (desvio padrão) indica normalidade
  • Entre -1,1 DP e -2,4 DP indica osteopenia
  • A partir de -2,5 DP indica osteoporose

Fontes: Gleidson Viana dos Santos, diretor regional médico do Exame Medicina Diagnóstica; Martha Leon, médica radiologista responsável pela densitometria óssea do Salomão Zoppi.

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