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    Exame de PSA: o que é e quando é indicado

    Saiba como este exame pode ajudar a diagnosticar precocemente o câncer de próstata

    Por Raquel RibeiroPublicado em 20/10/2022, às 15:39 - Atualizado em 11/10/2023, às 18:27

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    Segundo tipo de neoplasia mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pulmão, o câncer de próstata atinge um em cada 10 homens ao longo da vida. É o que apontam dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer).

    Esse é um tumor que geralmente afeta os homens mais velhos. Seis em cada 10 casos são em indivíduos acima dos 65 anos e, apesar de raro, também pode ocorrer antes dos 40.


    A boa notícia é que mesmo sendo uma condição  que pode ser grave, a maioria dos homens que forem diagnosticados com câncer de próstata não morrerão da doença.

    Nesse sentido, a detecção precoce exerce um importante papel no combate ao câncer, possibilitando uma defesa mais rápida do organismo e um tratamento efetivo. Dentre os exames que ajudam nesse diagnóstico está o PSA, que com uma simples coleta de sangue pode salvar vidas. É sobre ele que falamos a partir de agora. Acompanhe!

    O que é PSA?

    PSA é a sigla (em inglês) para Antígeno Prostático Específico. No organismo, essa proteína produzida na próstata tem como principal função a liquefação do fluido seminal, sendo este um processo fisiológico espontâneo que ocorre após a ejaculação que muda o aspecto espesso e gelatinoso do sêmen para totalmente líquido.

    Por ser produzido pelas células da próstata, o PSA, quando encontrado em níveis elevados, também pode ser um indicador de câncer nesta região.

    Qual a taxa normal do PSA?

    De modo geral, níveis acima de 4 ng/m já merecem atenção. Porém, como a próstata costuma aumentar ao longo dos anos, o PSA também pode aumentar. Por isso, separamos diferentes intervalos de referências normais com base na idade do indivíduo:

    40 a 49 anos – 0 a 2,5 ng/mL

    50 a 59 anos – 0 a 3,5 ng/mL

    60 a 69 anos – 0 a 4,5 ng/mL

    70 a 79 anos – 0 a 6,5 ​​ng/mL

    Para que serve o exame de PSA?

    Sua principal função é a detecção precoce do câncer de próstata, até mesmo antes dos sintomas. Contudo, esse exame também pode detectar outros tipos de inflamações e infecções, como a hiperplasia prostática benigna, que causa o aumento da glândula da próstata associado à idade e pode ser um precursor desse tipo de câncer.

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    Como é o exame de PSA e com qual periodicidade deve ser feito?

    Com duração média de 5 a 10 minutos, o exame é feito com a coleta de uma amostra de sangue. A periodicidade depende dos valores encontrados e, por isso, será indicada pelo seu médico. 

    De qualquer forma, a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que o exame seja feito a partir dos 40 anos em homens com histórico de câncer de próstata na família e a partir dos 45 anos para todos os outros. 

    Preparação para o exame de PSA

    Para a realização do exame não é necessário fazer jejum, no entanto as recomendações a seguir são necessárias:

    • Evitar ter relações sexuais ou mastrubarções nas 48 horas (dois dias) antes da coleta;
    • É Importante não realizar nenhuma atividade física, como caminhadas, corridas na esteira, entre outros, nas 48 horas (dois dias) antes da coleta;
    • Não dirigir longas distâncias seja de carro, moto ou bicicleta.
    • Não ingerir bebida alcoólica 72h antes do exame.

    PSA total e livre: entenda as diferenças

    No sangue, o PSA tem duas formas: PSA não ligado ou livre e o PSA ligado a outras proteínas. 

    Quando falamos em PSA total, estamos nos referindo à somatória deles, que juntos  devem ter uma taxa menor do que 4 ng/mL. Se os níveis estão acima disso, o médico pode solicitar a relação entre os dois PSAs para calcular a porcentagem dos dois parâmetros. Se o resultado for maior que 20%, isso pode indicar uma hiperplasia prostática benigna. 

    Agora, se estiver menor do que 20% pode sugerir câncer de próstata. Neste caso, outros exames podem ser solicitados, como a biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico.

    Fontes: Dra. Natalia Moreno Perez Fraile, oncologista do Hospital Santa Paula; Dr. Fernando Leão, urologista e cirurgião robótico em Goiânia.

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