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Teste Autocoleta HPV: coleta do material pode ser feita em casa

Com a mesma eficácia da coleta em laboratório, o teste é a melhor forma de rastreio do câncer de colo do útero

Fonte: Dra. Annelise Correa Wengerkievicz Lopes médica patologista clínicaPublicado em 10/07/2025, às 17:51 - Atualizado em 23/07/2025, às 15:55

autocoleta hpv

Com a mesma eficácia da coleta em laboratório, o teste é a melhor forma de rastreio do câncer de colo do útero

 

O teste que detecta o DNA do vírus HPV já provou sua superioridade e eficácia. No final de 2023, foi adotado como a principal estratégia de rastreamento do câncer de colo do útero no SUS (Sistema Único de Saúde). Agora, o exame ficou mais acessível com a chegada da autocoleta HPV. 

Nele, a coleta da amostra é feita pela paciente na sua casa. Assim, ela tem uma facilidade a mais dentro de uma rotina atribulada ou quando o acesso a um ginecologista não é possível. A autocoleta HPV amplia o alcance ao diagnóstico e à oportunidade deste cuidado preventivo tão importante.

O que é autocoleta de HPV?

A autocoleta de HPV é um exame de diagnóstico molecular que detecta a presença do DNA do papilomavírus humano (HPV) e pode ser feito em casa. Ou seja: sem a necessidade de deslocamento e da coleta em posição ginecológica no consultório ou laboratório.

A autocoleta de HPV não é um teste que dá o resultado na hora, como um teste de gravidez. Na verdade, como diz o próprio nome, trata-se de um método de autocoleta e não de autoteste: a paciente, no conforto e na privacidade da sua casa, coleta uma amostra de secreção (conteúdo) vaginal que será enviada para análise em laboratório.

A tecnologia do teste de DNA do HPV é tão sensível e precisa que garante a mesma eficácia da coleta feita em laboratório. Assim, você pode ter a tranquilidade de que está usando um método seguro, mas com a conveniência, a discrição e o conforto que deseja.

Quem pode fazer a autocoleta HPV?

Em geral, a autocoleta HPV é recomendada para mulheres com idade entre 25 e 64 anos. É dentro dessa faixa etária que o rastreamento se mostra mais efetivo para prevenir o desenvolvimento do câncer de colo do útero.

Mas vale lembrar que a conduta deve ser individualizada e levar em consideração o histórico familiar da mulher, sua história clínica e sua sexualidade. Dessa forma, em muitos casos, a autocoleta HPV também pode ser indicada a mulheres com menos de 25 ou mais de 64 anos com indicação médica.

Por outro lado, o exame de autocoleta não é indicado para gestantes, que devem seguir uma rotina de acompanhamento pré-natal específica com seu médico.

A autocoleta HPV é ideal para mulheres que tem alguma dificuldade de acesso ao ginecologista. Mantém-se o cuidado, mas ganha-se controle e autonomia sobre a própria saúde.

É importante destacar que a saúde da mulher precisa ser acompanhada por um médico – sendo ele, sempre que possível, um ginecologista.

A prevenção e diagnóstico precoce são importantes para várias condições e não só para o câncer de colo de útero. Sendo que a suspeita de muitas destas condições acontece somente após o exame físico.

Portanto, independentemente da decisão pela autocoleta, é recomendado que todas as mulheres sigam este acompanhamento. Aliás, é por meio deste acompanhamento que o resultado da autocoleta poderá ser avaliado e a paciente recebe as devidas recomendações.

Como o teste de HPV é feito?

A pesquisa de HPV é feita por meio de uma técnica laboratorial que detecta a presença do DNA deste vírus. Como nem todos os tipos de HPV estão relacionados a câncer, este teste também tem a capacidade de identificar se o HPV que está presente é de alto risco e, principalmente, se é dos tipos 16 e 18 – aqueles relacionados a maior risco de desenvolvimento de câncer de colo de útero em caso de infecção persistente.

Qual é a preparação para a autocoleta?

Para garantir a qualidade da amostra coletada e a precisão do resultado, é fundamental seguir algumas recomendações antes de realizar a autocoleta:

  • Não utilize lubrificantes para a realização da coleta. 
  • Nas 48 horas que antecedem o procedimento, evite o uso de cremes, medicações vaginais, contraceptivos vaginais e duchas íntimas. 
  • Mantenha abstinência sexual nas 72 horas anteriores à coleta.

Após a coleta, a amostra pode ser armazenada em temperatura ambiente por até 6 semanas antes de ser enviada ao laboratório. Dados de literatura demonstram que não há diferença significativa de sensibilidade e especificidade em amostras obtidas por autocoleta em relação a amostras coletadas clinicamente.

Como fazer a autocoleta?

O processo de autocoleta é simples e foi desenhado para ser realizado pela própria paciente de forma confortável e segura. Siga as instruções abaixo:

Passo 1: Higienize bem as mãos. 

Passo 2: Abra a embalagem do kit de coleta conforme indicado na ilustração. 

Passo 3: Retire o dispositivo da embalagem. 

Passo 4: Segure o tubo do dispositivo sem tocar nas cerdas coletoras. 

Passo 5: Encontre uma posição que seja confortável para você realizar a coleta. 

Passo 6: Insira as cerdas coletoras no canal vaginal, atentando-se para não ultrapassar a aba que limita a profundidade. Gire o dispositivo por 5 voltas completas para garantir a coleta de material suficiente. 

Passo 7: Retire o dispositivo com cuidado, evitando tocar nas cerdas. Em seguida, desrosqueie a tampa para liberá-la do tubo. 

Passo 8: Introduza cuidadosamente as cerdas no tubo e rosqueie firmemente até que o conjunto esteja bem fechado. 

Passo 9: Entregue o kit ao laboratório seguindo as orientações recebidas. 

 

Vale ainda mencionar as vantagens do teste realizado pela Dasa. O dispositivo validado pela Dasa não necessita permanecer inserido na vagina durante longos períodos, como outros produtos do mercado. Basta inserir e girar o dispositivo conforme as instruções de coleta distribuídas junto ao kit – obtendo já uma amostra segura para realização do exame.

Além disso, este dispositivo não traz nenhum tipo de líquido conservante, o que confere mais segurança na manipulação residencial pelo paciente.

A autocoleta pode dar errado e a paciente pode precisar realizar a coleta tradicional?

Em geral, as amostras de autocoleta são tão representativas quanto uma amostra coletada por um profissional de saúde para este diagnóstico. Raramente a quantidade de material obtido não é suficiente para que se possa afastar com confiança a infecção pelo HPV. Nestes casos, o resultado pode ser inválido e pode-se optar pela repetição da autocoleta ou pela coleta por um profissional de saúde.

Também pode ser necessário complementar a análise, se forem detectados determinados tipos de HPV. Nestes casos, será recomendada a realização de uma coleta por um profissional de saúde para realização de outros exames complementares.

Quais condições podem ser diagnosticadas? 

O teste de autocoleta para HPV serve exclusivamente para diagnosticar a presença do papilomavírus humano (HPV). A análise laboratorial busca pelo material genético dos tipos de HPV de alto risco, que são aqueles cuja infecção persistente pode estar associada ao desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer de colo do útero. 

O exame não detecta outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), nem serve para analisar outras questões ginecológicas.

O resultado positivo na autocoleta HPV indica que o vírus está presente e que um acompanhamento médico é necessário. Mas não significa necessariamente que a paciente tenha uma lesão ou câncer, sendo necessária a avaliação médica e outros exames complementares. 

Outros exames de HPV

Conheça a seguir os outros dois exames relacionados ao rastreamento do câncer de colo de útero e entenda a diferença entre eles.

Papanicolau

O Papanicolau, também conhecido como citologia oncótica, foi por décadas o principal exame para rastrear o câncer de colo do útero.

Este teste analisa as células do colo do útero ao microscópio em busca de alterações causadas pela infecção persistente pelo HPV. Ou seja, ele detecta as consequências da presença do vírus, e não o vírus diretamente.

Este exame não pode ser realizado por autocoleta, pois para sua realização é necessária a presença de células do colo de útero, ou seja, coletadas por meio de uma coleta ginecológica.

Vale mencionar que a vacina HPV é a principal forma de prevenção do câncer de colo de útero, pois protege contra os tipos de papilomavírus humano que causam a maioria dos casos da doença.

DNA HPV

O exame de DNA HPV é o teste molecular realizado em laboratório, tanto nas amostras coletadas em consultório quanto nas amostras da autocoleta.

Ele é considerado mais sensível que o Papanicolau porque consegue identificar a presença do DNA do vírus antes mesmo que ele tenha causado alguma alteração visível nas células. Por ser mais sensível, é compatível com a autocoleta, que utiliza dispositivos de coleta vaginal, e não do colo do útero.

Essa detecção precoce permite um acompanhamento mais próximo e eficaz. E é por isso que as diretrizes mais modernas, inclusive da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil, o recomendam como o exame primário de rastreamento.

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Preço e onde fazer?

O teste com autocoleta de HPV pode ser feito em uma de nossas unidades ou no atendimento domiciliar. Clique no botão abaixo para consultar o preço e fazer seu agendamento. 

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