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    Estrogênio: entenda como esse hormônio influencia na saúde da mulher

    Conheça o papel desse hormônio, os efeitos no organismo e como identificar sinais de desequilíbrio

    Fonte: Dra. Adriana Bittencourt CampanerGinecologistaPublicado em 21/03/2025, às 11:46 - Atualizado em 21/03/2025, às 16:52

    estrogênio

    “Estrogênios” é o termo referente a um grupo de hormônios essenciais para o funcionamento do corpo feminino, regulando processos importantes como o ciclo menstrual, a saúde óssea e cardiovascular e o bem-estar emocional. Seus níveis, no entanto, podem oscilar por diversos motivos ao longo da vida, resultando em sintomas incômodos e possíveis impactos na saúde.  

    Saiba quais as causas mais comuns dessas oscilações e como identificar possíveis desequilíbrios –bem como a hora de buscar ajuda médica — a seguir.

    Estrogênio: o que é e qual sua função? 

    “Estrogênios” é o termo referente a um grupo de hormônios produzidos principalmente pelos ovários nas mulheres, embora também sejam sintetizados em menores quantidades pelos testículos nos homens e pelas glândulas adrenais em ambos os sexos. Dentre os tipos de estrogênio, o estradiol é a forma mais ativa e predominante durante os anos reprodutivos da mulher; mas também podemos encontrar principalmente a estrona e o estriol.

    Mesmo se referindo a um grupo de hormônios, é comum usarmos o termo “estrogênios” como se fosse um único tipo de substância. Por isso, vamos seguir nos referindo a ele dessa forma ao longo do texto.

    Os estrogênios são responsáveis por uma série de funções no organismo, incluindo o desenvolvimento das características sexuais femininas durante a puberdade, como o crescimento dos seios e o alargamento dos quadris. Além disso, ele regula o ciclo menstrual e prepara o útero para uma possível gravidez.

    Ele também está envolvido com o funcionamento de diversos sistemas do corpo, incluindo a manutenção da densidade óssea e a distribuição de gordura corporal. No sistema cardiovascular, ele ajuda a manter os vasos sanguíneos saudáveis, enquanto no cérebro, está relacionado à cognição e ao humor.

    No corpo masculino, o estrogênio também tem seu papel, contribuindo para a saúde óssea e a função sexual (produção de espermatozoides).

    Estrogênio baixo: o que pode ser? 

    O nível baixo de estrogênios pode ter algumas causas, incluindo climatério/menopausa, distúrbios alimentares, perda de peso acentuada, exercícios físicos excessivos ou condições médicas que predispõem ao desequilíbrio hormonal, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

    Nas mulheres, a queda nos níveis de estrogênios pode levar a sintomas como ondas de calor (fogachos), suores noturnos, secura vaginal, dificuldade para dormir, diminuição da libido e alterações de humor. Já nos homens, a deficiência desse hormônio pode resultar em fadiga, diminuição da libido e perda de massa óssea.

    A longo prazo, os estrogênios baixos podem aumentar o risco de osteoporose e doenças cardiovasculares nas mulheres.

    Estrogênio alto: o que pode ser? 

    Chamado de predominância ou dominância estrogênica, o alto nível de estrogênio pode ser causado por fatores como:

    • Obesidade; 
    • Exposição a disruptores endócrinos (substâncias químicas que “imitam” moléculas hormonais e podem estar presentes em plásticos e produtos químicos); 
    • Uso de anticoncepcionais hormonais; 
    • Presença de tumores ovarianos ou de suprarenal.

    Sintomas comuns de estrogênio alto incluem inchaço, sensibilidade das mamas, ganho de peso e alterações no ciclo menstrual.

    Nos homens, o excesso de estrogênio pode levar ao desenvolvimento de características femininas, como o aumento das mamas (ginecomastia) e afetar a fertilidade.

    Estrogênio e progesterona: qual a relação entre os dois hormônios? 

    A progesterona e os estrogênios são hormônios que trabalham em conjunto para regular o ciclo menstrual e a saúde reprodutiva da mulher.  

    Enquanto os estrogênios promovem o crescimento do endométrio (camada interna que reveste o útero), a progesterona prepara o útero para a implantação de uma possível gestação.  

    O desequilíbrio de um ou ambos pode causar sintomas como irregularidade menstrual, dificuldade para engravidar e alterações no humor, entre outros. 

    Sintomas de alterações nos níveis de estrogênio 

    Os sintomas de desequilíbrios nos estrogênios variam de acordo com o nível (alto ou baixo) e se ocorrem em homens ou mulheres.

    Nas mulheres, os sinais mais comuns de hipoestrogenismo incluem: 

    • Alterações no ciclo menstrual; 
    • Ondas de calor ou suores noturnos; 
    • Secura vaginal; 
    • Alterações de humor e irritabilidade; 
    • Dificuldade para dormir; 
    • Ganho ou perda de peso inexplicável; 
    • Diminuição da libido; 
    • Perda de massa óssea; 
    • Dor de cabeça; 
    • Inchaço e sensibilidade das mamas.

    Nos homens, os sintomas podem incluir:

    • Fadiga crônica; 
    • Diminuição da libido; 
    • Perda de massa muscular; 
    • Desenvolvimento de características femininas, como ginecomastia (aumento das mamas).

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    Quando procurar por um médico? 

    Oscilações e alterações nos níveis de estrogênios podem impactar significativamente a qualidade de vida da mulher. Por isso, recomenda-se buscar a orientação de um ginecologista caso ela apresente sintomas como ciclos menstruais irregulares, dificuldades para engravidar e/ou alterações no humor que interferem no dia a dia e nos relacionamentos.

    Vale ressaltar que muitos dos sintomas decorrentes da falta de estrogênio na mulher são inespecíficos, sendo necessária a investigação para exclusão de outras condições. 

    Exames indicados para acompanhar os níveis de estrogênio no organismo 

    Para monitorar os níveis de estrogênio, alguns exames laboratoriais podem ser solicitados pelo médico. O mais comum é o exame de sangue, que mede os níveis de diversos hormônios no organismo, incluindo os estrogênios.  

    Outros exames também podem ser solicitados para compreender melhor o quadro de saúde geral, como alguns testes laboratoriais ligados ao metabolismo, ultrassonografia pélvica e densitometria óssea.

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