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    Dor de cabeça constante: o que pode ser?

    Conheça os tipos, as causas mais comuns e formas de aliviar as dores de cabeça

    Por Danielle SanchesPublicado em 03/10/2022, às 15:01 - Atualizado em 25/05/2023, às 21:16
    Imagem: Shutterstock

    Ela pode começar como um incômodo que vai crescendo ao longo do dia – até se tornar insuportável. Para algumas pessoas, no entanto, a dor chega com força de uma hora para a outra e permanece por horas que parecem eternas. 

    Sem dúvida, a dor de cabeça, também chamada de cefaleia, é um dos problemas de saúde mais comuns na vida de qualquer pessoa. Estimativa da SBC (Sociedade Brasileira de Cefaleia) afirma que 95% das pessoas terão ao menos um episódio dessa dor ao longo da vida. 

    Há ainda os que convivem com a dor de forma crônica, com pelo menos um episódio por semana. Nesse caso, a cefaleia pode trazer impactos negativos para a vida social e produtiva do indivíduo – já que, em alguns casos, essa dor pode ser forte ao ponto de incapacitar a realização de atividades do dia a dia. 

    Continue a leitura para entender melhor quais os tipos de dor de cabeça, formas de aliviar o problema e quando procurar um médico especialista.

    Tipos de dor de cabeça

    Nem todas as dores de cabeça são iguais. Por isso, os médicos costumam classificar as dores nessa região do corpo em dois tipos: 

    • Cefaleia primária: nesse caso, a dor é a doença em si e ela pode ou não ser crônica. 
    • Cefaleia secundária: quando a dor é um sintoma de outra doença, geralmente algum problema neurológico como câncer, meningite, hemorragia, aneurisma ou AVC (acidente vascular cerebral). 

    No caso da cefaleia secundária, a dor costuma vir de forma súbita e ser intensa, podendo também ser acompanhada de outros sintomas (como falta de ar, desorientação e até desmaio). 

    Por isso, diante desse quadro, a recomendação é que se busque ajuda especializada em um pronto-socorro o mais rápido possível. 

    No caso das cefaleias primárias, de acordo com a classificação da Sociedade Internacional de Cefaleia, existem hoje por volta de 200 tipos diferentes que já foram documentados, com sintomas já bem descritos e consolidados. As mais comuns são: 

    • Cefaleia tensional: como o próprio nome diz, tem relação com a musculatura da região da cabeça e do pescoço e tende a provocar dores leves a moderadas. Não provoca náuseas nem vômitos e costuma ser descrita como uma dor “em capacete”, apertando a cabeça. Pode ser crônica ou pontual. 
    • Enxaqueca: provoca dor moderada a intensa e pode ser debilitante. Costuma vir acompanhada de sensibilidade à luz, cheiros e sons e provoca náuseas e vômitos. A dor costuma ser descrita como pulsátil e acomete um dos lados da cabeça.
    • Enxaqueca com aura: um tipo de enxaqueca que causa pontos luminosos ou embaçamento da visão por até 60 minutos, seguida de uma forte crise de dor de cabeça. 
    • Cefaleia em salvas: conhecida como “a pior dor de cabeça” que alguém pode experimentar, é uma doença neurológica que provoca dores fortes em um dos lados da cabeça, geralmente na região frontal e atrás do olho.

    Causas para a dor de cabeça

    Como a maioria das doenças, a dor de cabeça primária, isto é, quando a dor é a doença em si, pode ser causada por uma mistura de herança familiar e fatores ambientais. 

    Atualmente, as principais causas descritas para as cefaleias são: 

    Arte: Andrea Petkevicius

    Como aliviar a dor de cabeça?

    O primeiro passo é buscar ajuda especializada, especialmente se a dor vem impactando a sua vida social e sua produção no trabalho e na escola ou faculdade. 

    A recomendação é que, se as crises de dor aparecem ao menos uma vez por semana; ou, se você tem mais de 15 dias de dor em um espaço de 30 dias por três meses, já há indicação de tratamento específico para a condição.

    Fique atento também ao uso de analgésicos: se as crises andam exigindo o uso contínuo desse tipo de medicamento, também é um sinal de que o problema está fora de controle. 

    No geral, o médico pode pedir exames como ressonância magnética e tomografia computadorizada para fechar um diagnóstico e até descartar outras causas para o problema. 

    O tratamento é feito com medicamentos que ajudam tanto a reduzir a frequência das crises como diminuir a intensidade quando elas vierem. Mas atenção: o uso de analgésicos deve ser feito com parcimônia, pois ele pode piorar o quadro de cefaleia crônica quando usados de forma frequente.

    Mudanças no estilo de vida também são importantes para aliviar a dor de cabeça. As principais recomendações são: 

    • Praticar atividade física regular;
    • Manter uma alimentação equilibrada; 
    • Reduzir ou não ingerir bebida alcoólica;
    • Evitar ou não ingerir cafeína;
    • Evitar ou não consumir embutidos (como presunto, linguiça e salsicha), que contém ativos que podem desencadear a dor;
    • Higiene do sono para garantir ao menos oito horas de descanso à noite;
    • Manejo do estresse com meditação ou terapia;
    • Não fumar.
    • Evitar o excesso de automedicação.

    Fontes: Marcus Tulius, neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN); Amanda Medeiros Dias, médica especializada em clínica geral integrativa da Clínica Gravital, em São Paulo.

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