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    Ela seguiu em frente

    Leticia teve que amputar os pés, perdeu a audição e parte da visão, mas decidiu ser feliz

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 23/12/2022, às 11:47 - Atualizado em 25/05/2023, às 15:03
    Imagem: Arquivo pessoal

    No ano de 2018, a vida de Leticia Fabbri mudou para sempre. Era um dia comum de trabalho como auxiliar administrativa quando a paulistana começou a se sentir mal. De repente, vieram enjoos, calafrios e febre. E quando chegou ao banheiro do escritório, caiu desacordada.

    Neste artigo, você vai ler:

    A digital influencer, hoje com 28 anos, não poderia imaginar que, a partir daquele momento, começaria a sua luta para sobreviver.

    Ao chegar ao hospital, seu estado de saúde era grave: Leticia recebeu o diagnóstico de pneumonia bacteriana. Precisou ser entubada e passou mais de três meses internada. “Nesse tempo, tive novamente uma infecção generalizada e meus órgãos começaram a parar”, conta.

    Os rins, pulmões e coração de Leticia não estavam mais funcionando e ela precisou de uma traqueostomia [procedimento cirúrgico realizado na traqueia para facilitar a respiração] e de hemodiálise [quando há a necessidade de filtrar e limpar o sangue por meio de uma máquina, quando os rins não funcionam adequadamente]. Além disso, teve cinco paradas cardíacas.

    “Com a dosagem alta de medicação, a circulação sanguínea dos meus pés pararam e eles necrosaram. Também afetou meu sistema auditivo e eu perdi a audição dos dois ouvidos. Por fim, tive uma hemorragia nos olhos ficando praticamente cega por uns meses”, conta.

    Ao acordar, ela recebeu a notícia: precisaria realizar a amputação dos pés. “Foi difícil, mas queria que os médicos agilizassem o processo para priorizar a minha vida. Eu disse que queria colocar próteses brilhantes e sair logo do hospital”, relembra.

    O recomeço

    Imagem: Arquivo pessoal

    Sempre otimista, Leticia reconhece que a família, amigos e profissionais foram fundamentais para a sua recuperação.

    “Eu tenho a melhor família do mundo. Todos os dias recebia visitas de parentes e amigos. Isso foi essencial para a minha recuperação. Recebi acompanhamento de psicólogos, mas na verdade eu estava feliz por estar viva. Não fiquei lamentando a minha nova situação.”

    Desde o momento em que acordou da intubação, fez fisioterapia e até foi capaz de dar alguns passos com os pés já necrosados antes da amputação. Depois que teve alta, percorreu um longo e doloroso caminho de inúmeras sessões de fisioterapia e reabilitação.

    Foram dois anos na cadeira de rodas antes de conseguir caminhar com as próteses. O tempo, a persistência e a determinação a fizeram chegar até onde chegou.

    Leticia faz o que pode para manter o bom humor e responde as dúvidas de seus seguidores nas redes sociais sobre o uso de próteses, do aparelho auditivo e questões de seu dia a dia. “Durante este longo processo, eu aprendi a gostar de mim, independentemente da minha deficiência. Eu amo quem me tornei”.

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