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Espondilose: desgaste natural da coluna tem tratamento

Fisioterapia e medicamentos são as primeiras opções; já as cirurgias são reservadas a casos mais graves

Fonte: Dr. Leon BerensteinRadiologista especialista em Ressonância Magnética de ColunaPublicado em 10/07/2025, às 17:50 - Atualizado em 10/07/2025, às 17:50

Espondilose

Fisioterapia e medicamentos são as primeiras opções; já as cirurgias são reservadas a casos mais graves 

Poucas queixas são tão comuns quanto a dor nas costas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez pessoas sentirão esse desconforto em algum momento. E quando a dor se torna persistente, ela pode indicar um processo de desgaste na coluna, condição conhecida como espondilose 

A condição descreve o desgaste lento das vértebras e dos discos, um processo que faz parte do envelhecimento natural do corpo. 

 

Espondilose: o que é? 

Espondilose é o desgaste progressivo da coluna. A condição afeta tanto as vértebras como os discos intervertebrais, que funcionam como amortecedores entre os ossos. Com o tempo, eles podem perder altura e desidratar, em um processo faz parte do envelhecimento. 

A espondilose pode levar a outras condições, como a formação de bicos de papagaio e o estreitamento do canal espinhal. Trata-se de uma condição crônica, mas que tem tratamento para aliviar os sintomas. 

Tipos de espondilose 

A espondilose pode acontecer em diferentes partes da coluna e é justamente a localização do desgaste que define seu tipo. Os principais são a espondilose lombar, a dorsal (ou torácica) e a cervical.  

Espondilose lombar 

A espondilose lombar afeta a parte inferior das costas, uma região que suporta muito peso. Por isso, o desgaste ali é bastante comum. Os sintomas se concentram na base da coluna e a dor pode piorar com o movimento. 

Espondilose dorsal (torácica) 

A espondilose dorsal, também chamada de espondilose torácica, acontece na parte central das costas, também chamada de coluna torácica. O desgaste aqui é menos comum que na lombar ou cervical. Isso porque essa área é mais rígida e se movimenta menos. A dor pode ser sentida no meio das costas. 

Espondilose cervical 

A espondilose cervical é o desgaste na região do pescoço, algo bastante frequente. Ela pode comprimir a medula espinhal e, assim, causar sintomas neurológicos. A dor pode irradiar para os ombros e braços. 

Principais causas 

A principal causa da espondilose é o envelhecimento. Ou seja: o desgaste natural de discos e as articulações que acontece com o passar dos anos. Mas outros fatores podem acelerar o processo, como:  

  • Ter um histórico familiar do problema; 
  • Trabalhos que exigem carregar peso ou movimentos repetitivos; 
  • Fraturas ou traumas anteriores na coluna; 
  • Excesso de peso, já que aumenta a sobrecarga na coluna; 
  • Falta de músculos fortes para protegerem a coluna. 

Sintomas de espondilose 

O sintoma mais comum da espondilose é a dor na coluna – também chamada de dor nas costas. Ela pode ser acompanhada de rigidez, principalmente pela manhã, e pela sensação de formigamento. 

Mas os sinais podem variar muito de acordo com as complicações associadas ao desgaste, podendo incluir: 

  • Formigamento ou dormência nos braços ou pernas. 
  • Fraqueza muscular nos membros. 
  • Dores de cabeça, no caso da espondilose cervical. 
  • Dificuldade para caminhar ou manter o equilíbrio. 
  • Perda de controle da bexiga ou intestino (sintoma raro e grave). 

Vale ainda mencionar que muitas pessoas com espondilose não sentem nada. 

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Qual médico procurar? 

Ao sentir dores persistentes nas costas, procure um médico. Os especialistas que podem tratar a espondilose são o reumatologista e o ortopedista. 

Se houver sintomas neurológicos, um neurologista deve ser consultado. É o caso de formigamento, fraqueza ou perda de equilíbrio. Já em situações que exigem cirurgia, o neurocirurgião é o profissional indicado.  

No caso de sintomas agudos e graves, como a perda de controle da bexiga ou do intestino, o médico da emergência deve ser consultado. 

Exames utilizados no diagnóstico da espondilose 

Na consulta, depois de um exame físico detalhado, o médico pode pedir exames de imagem para confirmar o diagnóstico. O raio-x costuma ser o primeiro exame solicitado: ele mostra bem os ossos e pode revelar desgastes ou bicos de papagaio. 

A tomografia computadorizada pode ser usada para avaliar as estruturas ósseas da coluna. E o médico pode pedir uma ressonância magnética da coluna, que cria imagens de alta qualidade dos discos, nervos e tecidos moles. É a melhor opção para avaliar hérnias de disco e compressão nervosa.

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Formas de tratamento para a espondilose 

O tratamento inicial quase sempre busca aliviar a dor. E, geralmente inclui fisioterapia para fortalecer os músculos – e dar mais suporte para a coluna – e analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor. O colete cervical pode ser usado por curtos períodos. 

Quando for possível, o médico também pode indicar ao paciente exercícios como natação ou pilates.  

Se o tratamento conservador falhar ou se houver sintomas neurológicos graves, a cirurgia pode ser considerada.

 

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