Espondilose: desgaste natural da coluna tem tratamento
Fisioterapia e medicamentos são as primeiras opções; já as cirurgias são reservadas a casos mais graves
Fisioterapia e medicamentos são as primeiras opções; já as cirurgias são reservadas a casos mais graves
Poucas queixas são tão comuns quanto a dor nas costas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez pessoas sentirão esse desconforto em algum momento. E quando a dor se torna persistente, ela pode indicar um processo de desgaste na coluna, condição conhecida como espondilose.
A condição descreve o desgaste lento das vértebras e dos discos, um processo que faz parte do envelhecimento natural do corpo.
Neste artigo, você vai ler:
Espondilose: o que é?
Espondilose é o desgaste progressivo da coluna. A condição afeta tanto as vértebras como os discos intervertebrais, que funcionam como amortecedores entre os ossos. Com o tempo, eles podem perder altura e desidratar, em um processo faz parte do envelhecimento.
A espondilose pode levar a outras condições, como a formação de bicos de papagaio e o estreitamento do canal espinhal. Trata-se de uma condição crônica, mas que tem tratamento para aliviar os sintomas.
Tipos de espondilose
A espondilose pode acontecer em diferentes partes da coluna e é justamente a localização do desgaste que define seu tipo. Os principais são a espondilose lombar, a dorsal (ou torácica) e a cervical.
Espondilose lombar
A espondilose lombar afeta a parte inferior das costas, uma região que suporta muito peso. Por isso, o desgaste ali é bastante comum. Os sintomas se concentram na base da coluna e a dor pode piorar com o movimento.
Espondilose dorsal (torácica)
A espondilose dorsal, também chamada de espondilose torácica, acontece na parte central das costas, também chamada de coluna torácica. O desgaste aqui é menos comum que na lombar ou cervical. Isso porque essa área é mais rígida e se movimenta menos. A dor pode ser sentida no meio das costas.
Espondilose cervical
A espondilose cervical é o desgaste na região do pescoço, algo bastante frequente. Ela pode comprimir a medula espinhal e, assim, causar sintomas neurológicos. A dor pode irradiar para os ombros e braços.
Principais causas
A principal causa da espondilose é o envelhecimento. Ou seja: o desgaste natural de discos e as articulações que acontece com o passar dos anos. Mas outros fatores podem acelerar o processo, como:
- Ter um histórico familiar do problema;
- Trabalhos que exigem carregar peso ou movimentos repetitivos;
- Fraturas ou traumas anteriores na coluna;
- Excesso de peso, já que aumenta a sobrecarga na coluna;
- Falta de músculos fortes para protegerem a coluna.
Sintomas de espondilose
O sintoma mais comum da espondilose é a dor na coluna – também chamada de dor nas costas. Ela pode ser acompanhada de rigidez, principalmente pela manhã, e pela sensação de formigamento.
Mas os sinais podem variar muito de acordo com as complicações associadas ao desgaste, podendo incluir:
- Formigamento ou dormência nos braços ou pernas.
- Fraqueza muscular nos membros.
- Dores de cabeça, no caso da espondilose cervical.
- Dificuldade para caminhar ou manter o equilíbrio.
- Perda de controle da bexiga ou intestino (sintoma raro e grave).
Vale ainda mencionar que muitas pessoas com espondilose não sentem nada.
Qual médico procurar?
Ao sentir dores persistentes nas costas, procure um médico. Os especialistas que podem tratar a espondilose são o reumatologista e o ortopedista.
Se houver sintomas neurológicos, um neurologista deve ser consultado. É o caso de formigamento, fraqueza ou perda de equilíbrio. Já em situações que exigem cirurgia, o neurocirurgião é o profissional indicado.
No caso de sintomas agudos e graves, como a perda de controle da bexiga ou do intestino, o médico da emergência deve ser consultado.
Exames utilizados no diagnóstico da espondilose
Na consulta, depois de um exame físico detalhado, o médico pode pedir exames de imagem para confirmar o diagnóstico. O raio-x costuma ser o primeiro exame solicitado: ele mostra bem os ossos e pode revelar desgastes ou bicos de papagaio.
A tomografia computadorizada pode ser usada para avaliar as estruturas ósseas da coluna. E o médico pode pedir uma ressonância magnética da coluna, que cria imagens de alta qualidade dos discos, nervos e tecidos moles. É a melhor opção para avaliar hérnias de disco e compressão nervosa.
Formas de tratamento para a espondilose
O tratamento inicial quase sempre busca aliviar a dor. E, geralmente inclui fisioterapia para fortalecer os músculos – e dar mais suporte para a coluna – e analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor. O colete cervical pode ser usado por curtos períodos.
Quando for possível, o médico também pode indicar ao paciente exercícios como natação ou pilates.
Se o tratamento conservador falhar ou se houver sintomas neurológicos graves, a cirurgia pode ser considerada.