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Etilismo: como minimizar os impactos na saúde?

Veja algumas atitudes que podem ajudar a diminuir o consumo de álcool

Por Raquel RibeiroPublicado em 28/09/2022, às 10:56 - Atualizado em 25/05/2023, às 15:29
etilistaFoto: Shutterstock

Antes de mais nada, vamos explicar o que significa este termo: etilismo. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana, o etilismo é um sinônimo para transtornos por uso do álcool, ou seja, a incapacidade de controlar a ingestão de álcool devido a dependência física e emocional. 

Abandonar o vício em álcool se trata de um processo muito desafiador, e que, mesmo com muito esforço, pode ser demorado, repleto de dúvidas e recaídas ao longo do caminho. O fundamental é seguir em frente. 

Para te auxiliar nesta jornada, separamos algumas orientações que podem ser úteis para uma mudança de hábito. 

Determine o quanto você quer beber

Não é uma tarefa fácil, mas a recomendação é que você faça isso aos poucos. Então escolha quando, quanto e tente colocar limites. Por exemplo, hoje vou beber uma quantidade determinada de copos/shots/latinhas. Lembrando que isso deve ser feito antes de começar a beber.

Reveja suas amizades

Quase todo mundo tem aquele amigo ou amiga que adora um happy hour após o trabalho, não é mesmo? Portanto, reveja suas amizades e procure se afastar daqueles que podem ser um facilitador para a dependência do álcool.

Alimente-se bem

Consumir álcool com o estômago vazio pode propiciar que você fique bêbado mais rápido, pois isso favorece a absorção do álcool para a corrente sanguínea.  Sendo assim, alimente-se bem antes de beber. 

Beba água

Beber água enquanto consome álcool, além de auxiliar na hidratação, evita a ressaca, que pode trazer dor de cabeça, náusea, fadiga, entre outros sintomas. 

Evite misturar bebida alcoólica com medicamentos

Essa mistura pode ser perigosa mesmo quando consumida com moderação. Isso porque o álcool pode interferir com a metabolização dos medicamentos, diminuindo o seu efeito.

O contrário também pode acontecer, o álcool pode aumentar o efeito dos remédios em até três vezes e trazer uma série de prejuízos ao organismo. Foi o que mostrou um estudo publicado no jornal científico “Molecular Pharmaceutics”, que considerou mais de 5 mil medicamentos. Cerca de 60% dos remédios testados tiveram efeitos superdimensionados, especialmente os anticoagulantes e os medicamentos para o tratamento de cânceres.

A combinação de medicamentos com álcool pode causar ainda uma série de outras complicações que colocam sua saúde em risco, como desidratação, arritmias cardíacas e convulsões, além de  aumentar as chances de hepatite aguda.Portanto, evite o álcool se estiver tomando algum medicamento. 

Busque ajuda especializada

O mais importante: busque ajuda profissional. A combinação de terapia com um psicólogo e o uso de medicamentos com um psiquiatra costuma ter efeitos relevantes no tratamento.

Fonte: Luiz Gonzaga Leite, coordenador do Departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula.

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