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Maio Azul: mês de conscientização do câncer de ovário

Doença é silenciosa e de difícil diagnóstico; necessita de atenção aos sinais

Por Raquel RibeiroPublicado em 27/05/2022, às 15:09 - Atualizado em 25/05/2023, às 14:00
Foto: Shutterstock

Provavelmente você já ouviu falar sobre o Outubro Rosa ou Novembro Azul, mas sabia que Maio é considerado um mês de conscientização do câncer de ovário, intitulado como “Maio Azul”? A doença é o segundo tipo de tumor ginecológico mais comum, perdendo apenas para o câncer de colo do útero.

Dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) mostram que o câncer de ovário pode acometer 6.650 mulheres em 2022. Por isso, é preciso estar atento aos fatores de risco, quaisquer alterações no corpo e consultar seu médico regularmente, uma vez que a doença é silenciosa em sua fase inicial e pode não apresentar sintomas.

Sinais e sintomas

Em primeiro lugar, é importante que você saiba que, na fase inicial, o câncer de ovário não apresenta sintomas específicos. No entanto, quando o tumor passa a crescer, algumas pessoas podem sentir:

  • Aumento de volume do abdômen ou inchaço;
  • Náuseas;
  • Pressão ou dores no abdômen, pelve, costas ou pernas;
  • Prisão de ventre;
  • Diarreia;
  • Sensação de cansaço frequente. 

Se algum desses sinais ou sintomas aparecerem ou persistirem, procure um médico. São sintomas muito inespecíficos, que podem nem sequer representar doença, mas é necessário que seja feita a investigação.

Fatores de risco

  • Idade: a incidência do câncer de ovário aumenta com o envelhecimento;
  • História familiar: casos anteriores na família de cânceres de ovário, colorretal e de mama.
  • Fatores genéticos: algumas mutações genéticas, que independem dos indivíduos, também estão relacionadas ao risco maior de câncer de ovário;
  • Excesso de gordura corporal: mulheres que têm um índice de massa corporal (IMC) superior a 25, portanto com sobrepeso ou obesidade, possuem um risco aumentado em relação às mulheres com índices inferiores a 24,9.
  • Fatores reprodutivos e hormonais: mulheres com infertilidade ou que nunca tiveram filhos e menstruação precoce (antes dos 12 anos) ou tardia (após os 52) também podem ter um risco aumentado de câncer de ovário.

Exames para diagnóstico de câncer de ovário

Embora não exista um exame específico para diagnosticar o câncer de ovário, o médico consegue, por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, identificar alterações suspeitas no ovário. Entre eles estão:

Ultrassom transvaginal

Com a mulher deitada em uma maca, as pernas afastadas e os joelhos levemente flexionados para os lados, um instrumento é introduzido no canal vaginal da paciente com preservativo e lubrificante.

Nesse processo, será possível fazer uma análise da região interna feminina e assim dar sequência no caso se identificada qualquer anormalidade. Devemos lembrar o fato de ser um exame chamado “operador dependente, ou seja, dependente da experiência e da competência do médico examinador.

Ressonância magnética

Depois de identificada uma lesão no ultrassom transvaginal, o médico poderá solicitar uma ressonância magnética para verificar o tamanho e localização da lesão.

A ressonância é um exame de imagem que permite visualizar, sem radiação, de forma mais precisa as estruturas e tecidos do corpo. Durante o procedimento, a mulher fica deitada e não deve se mexer. Neste exame pode ser necessário a utilização do contraste para se obter mais características da lesão.

Tratamento

Foto: Shutterstock

O tratamento de câncer de ovário irá depender do histórico individual, idade e do estado de saúde de cada pessoa. No entanto, alguns itens devem ser levados em consideração como tipo do tumor e em que estágio se encontra, além de seu tamanho.

Contudo, a conduta poderá ser realizar uma cirurgia ou quimioterapia, ou até a combinação dessas modalidades. Vale lembrar que somente o médico é capaz de diagnosticar uma doença. Por isso, procure um profissional de sua confiança ou do serviço de saúde mais próximo de sua casa. O diagnóstico precoce faz toda a diferença.

Para agendar seus exames, basta clicar aqui.

Fontes: Gustavo Fernandes, diretor de Oncologia Dasa; Cecília Longo, oncologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN); Tiago Kenji, oncologista do Hospital Santa Paula; Rômulo Côrtes Domingues, do CDPI.

Referência: Instituto Nacional de Câncer

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