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    Pedra na vesícula nem sempre causa sintomas; entenda o problema e formas de tratamento

    Pedras na vesícula ou cálculos biliares são pequenas formações sólidas que se desenvolvem na vesícula biliar.

    Fonte: Dr. Décio ChinzonGastroenterologistaPublicado em 19/11/2025, às 16:19 - Atualizado em 20/11/2025, às 16:30

    Pedra na vesícula

    Pedra na vesícula ou cálculos biliares é uma condição que pode ser assintomática ou causar desconforto e dor abdominal. Embora possa acometer qualquer pessoa, sabe-se que mulheres e idosos estão mais propensos a sofrer com o problema. 

    De acordo com o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, a condição afeta cerca de 10 milhões de brasileiros. Mas afinal, como e por que essas pedras se formam? Continue a leitura para saber mais sobre os sinais de alerta, diagnóstico e como são as opções de tratamento para aliviar os sintomas e evitar complicações.

    Pedra na vesícula: o que é? 

    Pedras na vesícula ou cálculos biliares são pequenas formações sólidas que se desenvolvem na vesícula biliar, o órgão responsável por armazenar a bile, um fluido digestivo produzido pelo fígado.   

    Esses cálculos podem ser compostos de colesterol ou bilirrubina e, em muitos casos, não causam sintomas. No entanto, podem levar a dor abdominal, inflamação e outras complicações.  

    O que é e qual a função da vesícula? 

    A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, parecida com uma pera, localizada abaixo do lobo direito do fígado. Ela participa do processo de digestão e tem a função de armazenar a bile – substância produzida pelo fígado – que ajuda a processar os alimentos gordurosos. 

    A bile carrega uma mistura de substâncias como água, sais biliares e colesterol e, uma vez que essa concentração de colesterol na bile aumenta, as pedras se formam. 

    O que causam as pedras na vesícula? 

    A formação de pedras na vesícula biliar ocorre devido a distúrbios na composição da bile, incluindo alterações nas concentrações de água, sais biliares e colesterol. Quando essas substâncias não estão equilibradas, podem se formar cálculos. As causas do problema incluem: 

    • Dieta rica em gorduras e carboidratos, mas pobre em fibras; 
    • Sedentarismo; 
    • Altos níveis de colesterol “ruim” e baixos níveis de colesterol “bom”; 
    • Diabetes;  
    • Obesidade; 
    • Hipertensão;   
    • Tabagismo; 
    • Uso prolongado de anticoncepcionais; 
    • Aumento dos níveis de estrogênio (hormônio sexual feminino); 
    • Predisposição genética.

    Formas de prevenir as pedras na vesícula 

    Não existem formas comprovadas para prevenir o surgimento de pedras na vesícula. No entanto, como o surgimento do problema está ligado a condições de saúde como obesidade, diabetes e hipertensão arterial, recomenda-se manter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de atividade física regular, para reduzir o risco de desenvolver o problema.  

    Além disso, evitar alimentos gordurosos também pode ajudar a reduzir a frequência dos sintomas. 

    Sintomas 

    Como dissemos, não é incomum encontrar pacientes que tenham pedras na vesícula e não apresentem sintomas. No entanto, quando eles aparecem, podem incluir:  

    • Dor abdominal intensa, geralmente localizada no lado direito superior do abdômen, que pode irradiar para as costas (a dor também pode vir no pé da barriga, do lado direto); 
    • Dor após refeições gordurosas; 
    • Náuseas e vômitos; 
    • Indigestão e sensação de estufamento; 
    • Febre; 
    • Icterícia, ou seja, pele e olhos podem adquirir uma coloração amarelada. 

    Qual médico procurar? 

    Ao suspeitar de pedra na vesícula, recomenda-se buscar a orientação de um médico gastroenterologista, pois esse especialista é responsável pelo tratamento de doenças do sistema digestivo, incluindo problemas na digestão de gorduras e o risco de desenvolver cálculos biliares ou problemas hepáticos. 

    Exames que auxiliam no diagnóstico da pedra na vesícula 

    O exame mais comum para identificar cálculos biliares é o ultrassom de abdômen total, que utiliza ondas sonoras de altíssima frequência para criar imagens da vesícula biliar e detectar a presença de pedras.   

    Em alguns casos, pode ser necessário realizar outros exames, como a tomografia computadorizada ou a colangiopancreatografia por ressonância magnética.   

    Exames de sangue podem ser realizados para verificar sinais de infecção, inflamação ou problemas no fígado e pâncreas.

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    Tratamentos 

    O tratamento para pedras na vesícula biliar depende da gravidade dos sintomas e das complicações associadas e incluem:  

    • Medicamentos e mudança na dieta: para casos assintomáticos ou com sintomas leves, alterações na alimentação e uso de medicamentos podem ser recomendados para controlar sintomas e prevenir complicações.
    • Cirurgia: se os cálculos causam sintomas ou complicações, a remoção da vesícula biliar (colecistectomia) é o tratamento mais comum. Pode ser realizada por videolaparoscopia (cirurgia minimamente invasiva) ou por cirurgia aberta, dependendo do caso. 
    • Litotripsia extracorpórea por ondas de choque: utiliza ondas de choque para fragmentar as pedras em pedaços menores que podem ser eliminados mais facilmente pelo próprio organismo.
    • Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada: por meio da endoscopia removem-se as pedras dos ductos biliares.

     

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