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Pet Scan: exame revela atividade metabólica e ajuda a mapear o câncer

Procedimento é essencial para determinar a extensão de tumores, planejar radioterapias e detectar o retorno da doença, mesmo antes dos sintomas

Fonte: Dr. Dalton A. AnjosHead de Medicina Nuclear e PET/CT na DasaPublicado em 06/06/2025, às 15:16 - Atualizado em 12/06/2025, às 11:07

pet scan

Combinando diferentes tecnologias, o Pet Scan oferece uma visão detalhada do funcionamento do organismo em nível celular. Assim, permite diagnósticos mais precisos e um melhor acompanhamento de diversas condições, principalmente o câncer. Este exame é um marco na capacidade de visualizar e entender doenças complexas, abrindo caminhos para tratamentos mais direcionados e personalizados.

Pet Scan: o que é e para que serve?

O Pet Scan é um exame de imagem avançado essencial na oncologia, combinando PET e CT para detectar, estadiar e monitorar o câncer com alta precisão funcional e anatômica. 

O Pet Sacn une duas tecnologias: a tomografia por emissão de pósitrons (PET, do inglês Positron Emission Tomography) e a tomografia computadorizada (CT). Essa combinação permite uma análise minuciosa tanto do metabolismo celular quanto da anatomia do corpo do paciente.

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A parte PET do exame revela alterações no metabolismo das células. Para isso, uma substância radioativa, geralmente um análogo da glicose chamado FDG (fluorodesoxiglicose) marcado com flúor-18, é injetada no paciente.  

Como as células cancerígenas tendem a ter um metabolismo acelerado e consumir mais glicose que as células normais, elas absorvem uma quantidade maior desse composto.  

E o aparelho de PET detecta a radiação emitida por essa substância, gerando imagens que mostram as áreas de maior atividade metabólica, que se destacam e “brilham”, indicando a possível presença de tumores ou outras anomalias. 

Já a parte CT utiliza raios-X para criar imagens detalhadas das estruturas internas e da anatomia do corpo, permitindo a localização exata de eventuais achados. 

Ao sobrepor as imagens metabólicas do PET com as imagens anatômicas do CT, os médicos obtêm uma visualização tridimensional que integra dados funcionais e estruturais. Essa tecnologia, conhecida como PET/CT, é especialmente valiosa no diagnóstico, estadiamento (determinação da extensão) e monitoramento do câncer. 

 Sendo assim, o Pet Scan serve principalmente para: 

  • Detecção de câncer: é altamente sensível na identificação de tumores, muitas vezes em estágios iniciais, antes que sejam visíveis em outros exames de imagem. 
  • Estadiamento do câncer: fornece informações detalhadas sobre o tamanho, localização e extensão do tumor, e se houve disseminação para outras partes do corpo (metástases). Isso ajuda os médicos a determinar o estágio do câncer e a planejar o tratamento mais adequado. 
  • Avaliação da resposta ao tratamento: é utilizado para monitorar como o tumor está respondendo a tratamentos como quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia, permitindo ajustes no plano terapêutico conforme necessário. 
  • Detecção de recorrências: é eficaz na identificação do retorno do câncer, às vezes antes que os sintomas se manifestem. 
  • Planejamento de radioterapia: auxilia no planejamento preciso da radioterapia, identificando as áreas exatas que precisam ser tratadas, minimizando a exposição de tecidos saudáveis à radiação.

 

Embora seu uso principal seja na oncologia, o Pet Scan também pode ser indicado para investigar doenças do coração (como infecções chamadas de endocardites) e problemas neurológicos (doenças neurodegenerativas, como a de Alzheimer).

Como o exame é feito?

Para a realização do Pet Scan, o paciente precisa fazer um jejum de no mínimo 6 horas. No dia do exame, ele recebe uma injeção do radiofármaco (como o FDG) e, então, permanece em repouso por cerca de uma hora. Esse é o tempo que leva para a substância ser distribuída pelo corpo e absorvida pelos tecidos.  

Em seguida, o paciente deita-se em uma mesa que desliza para dentro do tomógrafo, um aparelho grande com formato de túnel. Durante o exame, o equipamento capta as imagens. É importante que o paciente permaneça o mais imóvel possível para garantir a qualidade das imagens.

O aparelho de PET detecta os sinais radioativos emitidos pelo composto e o aparelho de CT realiza as varreduras por raios-X. As informações são processadas por um computador para gerar as imagens combinadas. 

Eventualmente, dependendo do motivo do exame, pode ser necessário o uso de meios de contraste para a tomografia computadorizada, geralmente injetados na veia no momento do exame. 

Quanto tempo dura?

O exame de Pet Scan em si, dentro do aparelho, costuma durar cerca de 15 minutos. No entanto, o processo todo, desde a chegada à clínica, administração do radiofármaco, período de espera e aquisição das imagens, pode levar de duas a três horas no total. 

Qual a diferença entre tomografia e Pet Scan?

A principal diferença reside no tipo de informação que cada exame fornece e na tecnologia utilizada.

A Tomografia computadorizada (CT) é um exame de imagem que utiliza raios-X para criar imagens detalhadas do corpo, como ossos, órgãos e tecidos moles. Ele ajuda a identificar anormalidades como tumores, fraturas ou lesões. É um exame focado na informação anatômica. 

Já o Pet Scan é um exame de medicina nuclear que foca na atividade metabólica e funcional das células. O exame utiliza um radiofármaco para visualizar como as células do corpo estão funcionando, destacando áreas com metabolismo aumentado, como é comum em células cancerígenas. 

Assim, enquanto a tomografia fornece um mapa anatômico, o PET Scan adiciona uma camada extra de informação. Ele permite que os médicos vejam não apenas onde uma lesão está, mas também quão metabolicamente ativa ela é. Essa combinação oferece uma visão mais completa e precisa, especialmente no contexto oncológico. 

Quando o Pet Scan é indicado?

O Pet Scan é frequentemente solicitado pelo médico oncologista e tem diversas indicações, sendo as principais relacionadas ao câncer: 

  • Diagnóstico inicial e estadiamento do câncer: para confirmar a presença de um tumor, determinar seu tamanho, localização precisa e verificar se ele se espalhou para linfonodos ou outros órgãos (metástases).  
  • Avaliação da resposta ao tratamento: para monitorar a eficácia de tratamentos como quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. Ao comparar um Pet Scan feito antes e depois do tratamento, os médicos podem ver se o tumor diminuiu, se sua atividade metabólica reduziu, ou se não houve resposta. 
  • Detecção de recidiva (retorno do câncer): após o término do tratamento, o Pet Scan pode ser usado para verificar se o câncer retornou, muitas vezes antes que outros sinais ou sintomas apareçam. 
  • Planejamento de radioterapia: as imagens do Pet Scan ajudam a delinear com precisão a área a ser tratada com radiação, protegendo os tecidos saudáveis ao redor. 

Além da oncologia, ele também pode ser empregado para: 

  • Investigação de nódulos pulmonares solitários: para ajudar a determinar se um nódulo é benigno ou maligno. 
  • Avaliação de febre de origem indeterminada: em alguns casos, pode ajudar a localizar focos de infecção ou inflamação. 
  • Doenças neurológicas: para avaliar certas condições cerebrais, como alguns tipos de demência ou epilepsia. 
  • Doenças cardíacas: para detectar infecções, especialmente as endocardites. 

A necessidade do exame depende do tipo de câncer, do estadiamento do tumor, do tipo de tratamento proposto e do risco de metástase, sendo sempre uma decisão médica baseada no quadro clínico individual do paciente. 

É necessário algum tipo de preparo para o exame?

Sim, e seguir o preparo é essencial para garantir a qualidade e a precisão do Pet Scan. Algumas orientações frequentes incluem: 

  • Jejum de no mínimo 6 horas antes do exame.  
  • No dia anterior ao exame (24 horas antes), recomenda-se uma dieta pobre em carboidratos (evitar pães, massas, arroz, batatas, doces, refrigerantes) e rica em proteínas e gorduras. Isso ajuda a reduzir os níveis de glicose no sangue, permitindo que o radiofármaco (FDG, que é um análogo da glicose) seja mais bem captado pelas células tumorais. 
  • Beber bastante água antes do exame é recomendado, a menos que haja restrição médica. 
  • Evitar exercícios físicos intensos por 24 a 48 horas antes do exame, pois a atividade muscular pode aumentar o consumo de glicose nos músculos e interferir na imagem. 
  • Informar todos os medicamentos em uso. Medicamentos como insulina podem precisar ser suspensos ou ajustados conforme orientação médica, especialmente para pacientes diabéticos. O controle da glicemia é importante para a qualidade do exame. 
  • Usar roupas confortáveis, sem zíperes ou botões ou quais objetos metálicos (Retirar joias e objetos metálicos antes do exame. É importante estar bem agasalhado, especialmente em dias frios, para evitar que o corpo ative mecanismos para compensar a queda de temperatura, o que pode alterar o metabolismo da glicose e prejudicar a qualidade do procedimento. 

O exame geralmente não é recomendado para gestantes devido à radiação. Mulheres com suspeita de gravidez ou atraso menstrual devem informar ao médico e podem precisar realizar um teste de gravidez. Mães que estão amamentando devem discutir com o médico sobre a necessidade de interromper a amamentação temporariamente após o exame (por 24 horas). 

Pet Scan: preço e onde agendar?

Para consultar preços, obter mais informações sobre o exame Pet Scan e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar a nossa plataforma digital.

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Fonte: Dr. Dalton A. Anjos – Head de Medicina Nuclear e PET/CT

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