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    Andropausa: quando ela acontece?

    Após a diminuição dos níveis de testosterona em homens mais velhos, surgem sintomas que podem comprometer o bem-estar

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 05/10/2023, às 12:02 - Atualizado em 11/04/2024, às 18:40

    Andropausa

    Com o passar dos anos, os homens enfrentam uma redução dos hormônios masculinos, principalmente a testosterona. Esse processo natural é conhecido popularmente como andropausa.  

    A deficiência androgênica do envelhecimento masculino pode proporcionar diversos sintomas que causam desconforto para os homens.   

    Acompanhe detalhes sobre quando ocorre a andropausa, principais sintomas e tratamento indicado.  

    O que é andropausa?  

    A andropausa pode ser definida como a fase em que há um decréscimo natural e progressivo dos níveis da testosterona nos homens, por conta do envelhecimento.   

    É considerada a “menopausa” dos homens. No entanto, diferentemente do que ocorre com as mulheres, não há redução ou perda da capacidade reprodutiva.   

    É comum que surjam sintomas físicos e emocionais que podem comprometer o bem-estar do homem.  

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    Com qual idade o homem entra na andropausa?  

    A idade na qual o homem pode entrar na andropausa varia bastante.  Geralmente, os níveis de testosterona começam a cair após os 40 anos. Mas alguns homens podem entrar na andropausa apenas após os 50 anos.   

    Quanto tempo dura? 

    Geralmente, a andropausa se apresenta em homens após os 40 anos, após o declínio da produção de testosterona, mas não há data para terminar.  

    Quais são os sintomas de andropausa?  

    Entre os sintomas de andropausa, estão:   

    • Redução do volume testicular;  
    • Redução de pelos do corpo;  
    • Ginecomastia (aumento das mamas);  
    • Disfunção sexual;  
    • Perda de vigor;  
    • Redução de massa muscular, força e densidade mineral óssea;  
    • Obesidade;  
    • Síndrome metabólica;  
    • Resistência insulínica; 
    • Anemia 
    • Redução de desejo e atividade sexual (libido);  
    • Disfunção erétil 
    • Alterações de humor; 
    • Alterações do sono;  
    • Depressão;  
    • Função cognitiva diminuída.  

    Quais exames o homem deve fazer durante a andropausa?  

    De forma geral, não há exames específicos para o homem que entrou na andropausa. Em alguns casos, o especialista pode solicitar um exame para avaliar os níveis de testosterona.  No entanto, alguns exames podem ser recomendados para avaliar a saúde geral do indivíduo. São eles:  

    • Exames de sangue para avaliar os níveis de glicose, colesterol, ácido úrico e testosterona;  
    • Exames de próstata, como toque retal ou PSA; 
    • Avaliação da saúde cardiológica;  
    • Exame de densidade óssea.   

    Tratamento para andropausa 

    O tratamento para diminuir os sintomas da andropausa pode variar. Geralmente, indica-se mudanças no estilo de vida, ou seja, manter uma dieta equilibrada, realizar exercícios físicos e abandonar o tabagismo, se o indivíduo for fumante.   

    Além disso, pode ser necessária a reposição da testosterona por meio de injeção, gel ou comprimido. A dose e via de reposição deve ser individualizada, ou seja, só pode ser prescrita por um médico após avaliação clínica e laboratorial.  

    Alguns medicamentos podem tratar sintomas específicos da andropausa, como disfunção erétil, distúrbios do sono e depressão. Portanto, é fundamental que o homem na andropausa receba o acompanhamento médico.  

    Riscos da reposição de testosterona 

    Vale ressaltar que há algumas contraindicações para a reposição de testosterona. O tratamento não é indicado em homens com câncer de próstata, ou que tenham antecedente familiar da doença, pois pode aumentar a velocidade de progressão de um câncer de próstata não diagnosticado.  

    Também não é recomendado para pacientes com problemas cardiológicos ou tendência à trombose, já que leva a uma sobrecarga cardíaca e risco aumentado de coágulos.   

    Qual médico procurar?  

    Homens na andropausa devem procurar um especialista em saúde masculina, como o urologista. O médico poderá orientar qual é o melhor tratamento e como lidar melhor com os sintomas. 

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    Fonte: Dr. Paulo Afonso de Carvalho, urologista do Hospital Nove de Julho.  

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