Sintomas de câncer de próstata: muita atenção aos sinais

O câncer de próstata é considerado o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens. Muitas vezes, a doença é assintomática em sua fase inicial. Porém, assim que surgirem os sintomas possivelmente relacionados ao câncer de próstata, é preciso buscar ajuda especializada.

 

A seguir, veja detalhes sobre câncer de próstata, seus principais sintomas e como é realizado o diagnóstico.  

O que é câncer de próstata?  

O câncer de próstata é um tumor maligno que acomete a próstata dos homens, principalmente a partir dos 60 anos de idade.  

Ele acontece quando há um crescimento desordenado das células do corpo humano, neste caso, as células são do tecido prostático.    

É considerado o segundo tumor mais frequente em pessoas do sexo masculino, ficando atrás apenas dos tumores de pele.  

Vale destacar que a próstata é uma glândula em formato de avelã no sistema genital masculino, localizada na frente do reto e embaixo da bexiga. 

Quais são os sintomas de câncer de próstata?  

Na maioria das vezes, em fases iniciais, o tumor da próstata não causa sintomas específicos. Quando o tumor se encontra em um estágio avançado, podem surgir alguns sintomas. Veja abaixo os principais.  

Jato fraco 

A próstata pode aumentar de tamanho e apertar o canal da urina (uretra), causando dificuldade de urinar e jato fraco.  

Noctúria  

Conhecida também como diurese noturna, a noctúria é a vontade frequente de urinar que acontece durante a noite. Por isso, o indivíduo acorda diversas vezes para fazer xixi.  

Ardência ou dor ao urinar  

É comum que o homem com câncer de próstata sinta dor ou ardência ao urinar.  Esse sintoma deve ser informado ao médico urologista.

Sangue na urina ou no sêmen  

Apesar de menos frequente, o câncer de próstata pode provocar sangue na urina ou no sêmen ao ejacular.  

Vale lembrar que os sinais mencionados não significam necessariamente câncer de próstata. Em caso de suspeita, busque orientação médica. 

Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata?  

O diagnóstico de câncer de próstata costuma ser realizado em exames de rotina, principalmente quando é assintomático.  Entre os exames que podem detectar o câncer de próstata, estão:  

Toque retal 

Durante a consulta com o urologista, o homem realiza o exame de toque retal para avaliar alguma alteração no formato e consistência da glândula. 

PSA 

Além do toque retal, é importante realizar um exame chamado de antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês), que é um marcador para o câncer de próstata. 

Trata-se de uma proteína produzida pelo tecido prostático. Se o homem tem tecido prostático, tanto benigno quanto maligno, será detectado no exame.  Porém, vale destacar que nem sempre uma alteração no PSA indica câncer.  

Ultrassom 

O ultrassom é um exame de imagem, para essa finalidade, realizado na parte de baixo do abdômen, que mostra o tamanho da próstata.  

Ressonância magnética da próstata 

Quando os exames anteriores estão alterados, é possível se realizar uma ressonância da próstata, que fornece muito mais detalhes da próstata.  

Biópsia 

Após a alteração nos exames de rastreamento, solicita-se uma biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico.  

É retirada uma amostra do tecido da glândula com anestesia por meio de uma agulha, que é encaminhado para análise laboratorial. 

Com esse exame, também é possível identificar se o câncer de próstata é mais agressivo e qual é a melhor forma de tratamento.  

Sintomas de câncer de próstata: qual médico procurar?  

É muito importante que homens sem fatores de risco procurem um urologista a partir dos 50 anos para realizar o exame de toque retal e dosagem de PSA. 

Já no caso daqueles que possuem casos de câncer de próstata na família ou que são negros, a recomendação é realizar uma consulta com o especialista aos 45 anos de idade.  

Ao detectar o câncer de próstata nos estágios iniciais, as chances de cura são mais altas e os tratamentos menos agressivos.   

Tratamento para câncer de próstata  

O tratamento varia para câncer de próstata varia de acordo com o estágio da doença. A seguir, veja detalhes das medidas terapêuticas indicadas.  

Cirurgia 

A cirurgia de remoção da próstata e vesículas seminais e linfonodos regionais pode ser indicada, em alguns casos.  A próstata precisa ser retirada completamente. O procedimento aumenta o risco de disfunção erétil e incontinência urinária. Em geral, é a forma de tratamento que oferece maiores chances de cura. 

Radioterapia 

O uso de radiação pode focar no tumor de próstata ou ser aplicadas “sementes radioativas” no interior da próstata, no reto, sob anestesia. Em geral é destinada a pacientes que não podem ou não desejam o tratamento cirúrgico. 

Hormonioterapia 

Visa privar o organismo da testosterona (hormônio masculino, que “alimenta” o câncer de próstata). Geralmente, esse bloqueio ocorre com o uso de medicamentos injetáveis. 

Quimioterapia 

Consiste na aplicação de medicamentos quimioterápicos via endovenosa (na veia) para reduzir a massa tumoral e controlar a doença. Geralmente, é indicado quando o bloqueio hormonal não controla adequadamente a doença.

Disfunção erétil e câncer de próstata 

Quem tem câncer de próstata precisa realizar tratamentos, como cirurgias e radioterapia, que podem causar a disfunção erétil como efeito colateral.   

De forma geral, a retirada da próstata (prostatectomia) danifica os nervos e vasos sanguíneos que contribuem com a ereção. Já a radioterapia afeta o suprimento de sangue para o pênis, aumentando o risco de disfunção erétil. 

Fonte: Dr. Flávio Vicentini, urologista do Hospital Nove de Julho (SP).