Exames ginecológicos preventivos por idade

É bastante comum que as mulheres se consultem com um ginecologista anualmente para fazer um check-up.

Além da consulta de rotina, a recomendação é buscar ajuda especializada sempre que sentir algum sintoma diferente como sangramentos, dores pélvicas, desconfortos na vulva ou vagina e também coceiras.

Mas você sabia que podem ser solicitados diferentes exames de acordo com a faixa etária?

Isso acontece porque o corpo feminino passa por diversas alterações hormonais, além de ficar mais suscetível a algumas doenças com o passar dos anos.

A seguir, veja detalhes de exames básicos que podem ser realizados de forma preventiva em cada fase da vida da mulher.

Quais são os exames indicados na adolescência?

De acordo com a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), é recomendável que a primeira consulta com o ginecologista ocorra no início da adolescência. Nesse momento, elas precisam compreender a fase de transição do corpo e os cuidados que serão necessários.

O especialista acompanha como está a menstruação e oferece informações sobre a prevenção de gravidez e a importância do sexo seguro para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.

Além disso, pode orientar para que a criança ou adolescente tome a vacina contra HPV — que atua na prevenção do câncer de colo de útero e está disponível para meninas a partir de 9 anos.

Dos 25 aos 30 anos: quais procedimentos a mulher deve fazer

A partir dos 25 anos, a mulher deve realizar o exame Papanicolau, que é um procedimento indicado para detectar o câncer de colo do útero ou possíveis lesões que podem evoluir para a doença.

Conhecido também como colpocitologia oncótica, no exame é realizada uma análise de células extraídas do colo uterino.

Geralmente, no caso de mulheres mais jovens, são solicitados exames de acordo com queixas relacionadas a cólicas, menstruação intensa, coceiras ou odores desagradáveis.

Exames dos 30 aos 40 anos

Nessa fase, algumas mulheres podem estar se programando para engravidar. Por isso, além do Papanicolau, podem ser solicitados exames específicos para averiguar a fertilidade.

Aquelas que tiveram algum histórico de câncer de mama, devem realizar a mamografia, a partir dos 35 anos. Já mulheres com mais de 40 anos devem realizar o exame anualmente para rastreamento precoce da doença.

Exames preventivos após a menopausa

Geralmente, após os 50 anos (pode ser um pouco antes ou depois), as mulheres entram na menopausa, ou seja, deixam de menstruar devido ao declínio de hormônios como progesterona e estrogênio. Por isso, é preciso realizar uma avaliação da dosagem desses hormônios e se há necessidade de suplementação.

Outro exame bastante solicitado é a densitometria óssea a cada dois anos. Esse procedimento visa a calcular a densidade mineral dos ossos e checar se o organismo está mais suscetível a uma eventual osteopenia, ou seja, quando ocorre uma diminuição gradual de massa óssea. Em alguns casos, pode ocorrer osteoporose, quando a perda se torna progressiva e o organismo fica mais propenso a fraturas ósseas.

Além disso, pode ser solicitado a colonoscopia (exame que captura imagens em tempo real do intestino), principalmente em mulheres com histórico familiar de câncer no órgão. Nesses casos, o exame é realizado anualmente; quando não há casos na família, o procedimento é indicado a cada cinco anos.

Em todas as idades da mulher

Independentemente da etapa da vida, durante a consulta, o ginecologista pode realizar o exame ginecológico e clínico, avaliando a vagina, a vulva e o colo do útero. Deve ainda avaliar as mamas através da palpação para checar se há qualquer alteração.

Também pode solicitar exames de sangue para detectar doenças sexualmente transmissíveis e outros problemas de saúde como diabetes, alterações do colesterol e disfunções hormonais.

Geralmente, são indicadas ultrassonografias pélvicas e do abdômen para visualizar alterações no útero, ovário e trompas, além de outros órgãos.

Quer saber mais sobre os exames preventivos indicados para as mulheres?

Confira aqui detalhes.

Fontes: Fernando Asanuma, ginecologista do Hospital Nove de Julho e Fernanda Schier de Fraga, ginecologista, obstetra e professora da Escola de Medicina da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).