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    Quando é o momento de buscar terapia?

    Veja o que levar em consideração na busca por um profissional de confiança

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 30/06/2022, às 14:17 - Atualizado em 31/05/2023, às 17:25
    Foto: Shutterstock

    Ansiedade, tristeza, medo, luto…a lista de sentimentos que afetam a saúde mental é extensa. E não é nada surpreendente que, depois da pandemia, a busca por terapia tenha aumentado consideravelmente. Mas como encontrar um terapeuta/psicólogo capacitado e que ajude a lidar com questões tão íntimas? 

    O primeiro passo é de fato entender a importância do processo terapêutico. E é preciso estar disposto para “olhar para dentro” e enfrentar de forma consciente os obstáculos que aparecem no dia a dia.  

    Vale destacar que não existe um momento ideal para procurar um psicólogo. Algumas vezes, pode ser indicação de outro profissional de saúde, como psiquiatra, principalmente em casos de depressão e ansiedade. Mas também é um caminho para se conhecer melhor, quando há qualquer tipo de sofrimento ou uma questão emocional específica incomodando.  

     A seguir, você confere algumas dicas para encontrar um terapeuta de acordo com seus objetivos.

    Indicações de amigos e familiares 

    Uma forma de encontrar um terapeuta é buscar indicações de outras pessoas ou profissionais de saúde. Ter uma referência positiva pode facilitar o processo de escolha do especialista. No entanto, não é recomendado fazer psicoterapia com profissionais que atendem familiares e amigos muito próximos para garantir uma relação isenta.  

    Abordagem terapêutica 

    Há diversos tipos de terapia e é preciso encontrar uma abordagem que “case”com seus objetivos. Entre as mais comuns estão: psicanálise (trabalha conteúdos do inconsciente), cognitivo-comportamental (atua com pensamentos, percepções de mundo), behaviorismo (modificação de comportamentos), fenomenologia (significado da existência), junguiana (personificação do inconsciente), entre outras.  

    É importante conhecer um pouco sobre as teorias e técnicas de abordagem antes de começar nesta nova jornada. Vale reforçar que não existe uma mais eficiente do que a outra. Varia muito de acordo com o indivíduo e questões que precisam ser trabalhadas.  

    Profissional credenciado 

     É importante pesquisar se o profissional é graduado em psicologia e credenciado no CRP (Conselho Regional de Psicologia) do Estado. Aproveite para pesquisar o seu currículo, saber sua experiência e se fez especializações na área.  

    Valor da sessão 

    Em muitos casos, o processo tende a ser longo. Tendo isso em vista, é preciso ser realista e entender se o valor está dentro do seu orçamento. Algumas universidades oferecem psicoterapia em grupo ou individual de forma gratuita.  

    Sentir confiança 

    Logo na primeira sessão, é importante sentir-se acolhido pelo terapeuta e ter confiança para desabafar. No início, pode ser difícil compartilhar angústias, principalmente quando há vergonha ou culpa. Observe se o profissional é isento de julgamentos e críticas, além de ser empático.  

    Não deixe de fazer perguntas durante a terapia

    Aproveite o primeiro contato para tirar todas as dúvidas sobre valores, abordagem terapêutica, duração da sessão e formação acadêmica do profissional. É importante também saber quais são as estratégias e ferramentas usadas durante o processo. Além disso, vale a pena perguntar se o atendimento pode ser realizado de forma presencial ou online.  

    Não acredite em “promessas” 

    O processo terapêutico e de autoconhecimento leva tempo. As melhoras e conquistas não acontecerão de um dia para o outro. Não importa qual é o problema ou condição de saúde mental, a terapia não é uma solução rápida. Portanto, desconfie de qualquer profissional que garanta uma “cura” logo nas primeiras sessões. Também é fundamental que o terapeuta seja ético e não passe dos limites do relacionamento profissional. 

    Fontes: Elaine Di Sarno, psicóloga do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e Luiz Gonzaga Leite, psicólogo do Hospital Santa Paula.   

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