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    Anedonia: conheça o silencioso sintoma da depressão

    Medicamentos e terapia são fundamentais no tratamento

    Por Raquel RibeiroPublicado em 09/10/2023, às 16:33 - Atualizado em 08/04/2024, às 10:11

    anedonia

    Quando se fala em depressão, geralmente, a imagem comum é a de tristeza constante. No entanto, essa condição se manifesta com variados sintomas, muitos dos quais passam despercebidos. 

    Um dos mais impactantes é a anedonia, que é a incapacidade de desfrutar de atividades antes prazerosas, presente tanto em jovens quanto em adultos afetados pela depressão. 

    Apesar de sua alta incidência, o diagnóstico e tratamento da anedonia permanecem desafiadores, uma vez que ela nem sempre está relacionada com a tristeza. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto. 

    O que é anedonia? 

    Anedonia é a perda da capacidade de sentir prazer nas atividades cotidianas que anteriormente eram consideradas agradáveis.  

    Uma pessoa que experimenta anedonia por um longo intervalo (no mínimo duas semanas) pode receber um diagnóstico de depressão, mesmo sem sentir tristeza ou desânimo.  

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    Quais são os sinais de anedonia? 

    O indicador-chave é a notável diminuição ou a impossibilidade de desfrutar de atividades que eram anteriormente apreciadas. Algumas dessas atividades incluem:  

    • Encontrar-se com amigos; 
    • Passear com o cachorro; 
    • Ler um livro; 
    • Praticar exercícios físicos.

    O que pode causar anedonia? 

    A anedonia, portanto, é um sintoma que pode estar presente em diversas condições, incluindo:  

    • Transtorno depressivo maior: condição mental caracterizada por um sentimento de tristeza ou perda de interesse em atividades do dia a dia. 
    • Esquizofrenia: distúrbio grave que afeta a maneira como uma pessoa pensa, sente e se comporta. É caracterizada por sintomas como delírios, alucinações, pensamento e discurso desorganizados, entre outros. 
    • Psicose de forma geral: qualquer condição mental que cause a perda de contato com a realidade, manifestando-se por meio de delírios e alucinações. 
    • Doença de Parkinson: distúrbio neurológico causado pela degeneração de células cerebrais que produzem dopamina, um neurotransmissor essencial para regular os movimentos e o humor. A deficiência dessa substância resulta em sintomas como tremores, lentidão, rigidez muscular e desequilíbrio. 
    • Anorexia nervosa: distúrbio alimentar caracterizado por uma distorção da autoimagem e um medo intenso de ganhar peso, levando a um consumo restritivo de alimentos e, muitas vezes, à desnutrição. 
    • Uso de drogas: consumo de substâncias psicoativas que têm o potencial de modificar a composição química cerebral, causando mudanças no humor, o que pode resultar algumas vezes em anedonia 
    • Abuso de medicamentos: como antidepressivos e antipsicóticos. O uso excessivo ou inadequado de certos medicamentos pode alterar o equilíbrio químico do cérebro, causando efeitos colaterais como a anedonia. 

    Fatores de risco 

    Alguns fatores de risco podem também levar ao desenvolvimento de anedonia, entre eles estão:  

    • Ocorrência de eventos traumáticos ou estressantes 
    • Histórico de abuso ou negligência 
    • Histórico familiar de depressão maior ou esquizofrenia

    Como é feito o diagnóstico? 

    O diagnóstico da anedonia é baseado em avaliações clínicas e entrevistas com o paciente. Nesse sentido, podem ser utilizados questionários para avaliar sintomas depressivos e a presença de anedonia, além de outros sinais e sintomas de algumas dessas condições listadas acima.

    Vale ressaltar que a história médica e o contexto de vida do paciente devem ser considerados, sendo fundamental diferenciar a anedonia de outras condições médicas ou psiquiátricas.

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    Tratamento para anedonia 

    O tratamento da anedonia é clínico e varia conforme a gravidade do sintoma e com sua causa. Se a anedonia for predominante, medicamentos como inibidores seletivos da recaptação de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina podem ser prescritos.   

    O objetivo é ajudar a restaurar os níveis adequados desses neurotransmissores que desempenham papel crucial na regulação do humor, motivação e prazer. 

    Além disso, terapias, como a cognitivo-comportamental ou a terapia analítico-comportamental, complementam o tratamento medicamentoso com o intuito de reduzir os pensamentos negativos dos indivíduos. 

    No entanto, indivíduos com anedonia muitas vezes enfrentam dificuldades em seguir o tratamento terapêutico. Portanto, o suporte de familiares e amigos é fundamental.  

    Incentiva-se também uma rotina saudável que estimule o paciente, incluindo:  

    • Boa alimentação; 
    • Exercícios regulares; 
    • Sono adequado; 
    • Momentos de lazer.

    Qual especialista procurar? 

    Recomenda-se a consulta com psiquiatras e psicólogos. Ambos podem diferenciar a anedonia de outras condições e estabelecer sua causa subjacente, propondo assim um tratamento eficaz.   

    Para consultar preços, obter mais informações sobre anedonia e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa 

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    Fonte: Dra. Livia Beraldo, psiquiatra do Hospital Nove de Julho

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