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    Distimia: conheça esse transtorno de humor

    A distimia é um quadro sério e debilitante que requer atenção e tratamento adequados

    Por Danielle SanchesPublicado em 13/05/2024, às 17:31 - Atualizado em 13/05/2024, às 17:44

    Distimia

    Sofrer com alterações de humor é algo comum na vida de muitas pessoas. Porém, quando essas oscilações se tornam persistentes e afetam significativamente o dia a dia, pode ser um sinal de distimia. Este transtorno de humor, apesar de menos conhecido que a depressão, pode impactar negativamente a qualidade de vida de quem o enfrenta.  

    O que é distimia? 

    A distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente, é uma condição de saúde mental caracterizada por um estado crônico de tristeza, desânimo e baixa autoestima. Diferentemente da depressão maior, os sintomas da distimia podem ser menos intensos, porém mais duradouros, persistindo por pelo menos dois anos em adultos e um ano em crianças e adolescentes. 

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    O que causa distimia? 

    As causas da distimia ainda não são totalmente compreendidas, mas se acredita que sejam uma combinação de fatores genéticos, biológicos, psicológicos e sociais. 

    • Fatores genéticos: Pessoas com histórico familiar de distimia ou depressão maior podem ter maior predisposição para desenvolver o transtorno. 
    • Fatores biológicos: Desequilíbrios químicos no cérebro, como níveis baixos de serotonina e norepinefrina, podem contribuir para os sintomas da distimia. 
    • Fatores psicológicos: Traumas na infância, baixa autoestima e eventos estressantes podem aumentar o risco de desenvolver distimia. 
    • Fatores sociais: Dificuldades nos relacionamentos, problemas financeiros e falta de apoio social podem agravar os sintomas da distimia.

    Quais são os sintomas de distimia? 

    A distimia se manifesta como um humor deprimido na maior parte do tempo, acompanhado de outros sintomas como: 

    • Baixa autoestima e autocrítica excessiva: A autoimagem negativa pode levar a sentimentos de desvalorização e inabilidade. 
    • Perda de interesse em atividades prazerosas: A falta de motivação pode tornar as atividades antes agradáveis maçantes e sem sentido. 
    • Dificuldade de concentração e memória: A mente pode parecer nebulosa, dificultando o foco e a retenção de informações. 
    • Fadiga e falta de energia: A sensação de cansaço constante pode prejudicar o desempenho nas tarefas diárias. 
    • Insônia ou sono em excesso: Dificuldades para dormir ou dormir demais podem afetar o descanso e a qualidade do sono. 
    • Irritabilidade e explosões de raiva: A frustração e o mau humor podem levar a conflitos interpessoais. 
    • Sentimentos de culpa e pessimismo: A culpa por falhas percebidas e a visão negativa do futuro podem alimentar a tristeza.

    Para ser diagnosticada com distimia, a pessoa precisa apresentar pelo menos dois dos sintomas mencionados anteriormente por pelo menos dois anos. É importante ressaltar que a intensidade dos sintomas pode variar de pessoa para pessoa.

    Como é feito o diagnóstico? 

    O diagnóstico da distimia é feito por um profissional de saúde mental, como psiquiatra ou psicólogo, através de uma avaliação clínica que inclui entrevista, questionários e, em alguns casos, exames médicos para descartar outras causas possíveis dos sintomas.

    A avaliação feita por um profissional qualificado é fundamental para a obtenção do correto diagnóstico e da diferenciação entre distimia e outras condições com sintomas semelhantes, como a anedonia, por exemplo, que também envolve uma redução significativa no prazer e na capacidade de experimentar emoções positivas.

    Mas, enquanto a distimia é um transtorno de humor crônico, caracterizado por um estado persistente de tristeza e desânimo, a anedonia pode ser um sintoma presente em diversos transtornos mentais, como depressão, esquizofrenia e transtorno de personalidade borderline, e não necessariamente está associada a um estado de humor crônico. 

    Qual é o tratamento para distimia? 

    O tratamento da distimia geralmente combina terapia e medicação. 

    • Terapia: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é a forma mais eficaz de tratamento para distimia. Ela ajuda a identificar e modificar pensamentos e comportamentos negativos que contribuem para os sintomas da distimia. 
    • Medicamentos: Antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a aliviar os sintomas da distimia, como tristeza, fadiga e ansiedade.  

    Qual médico procurar? 

    Para receber um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, é importante procurar um psiquiatra ou um psicólogo. Esses profissionais têm a experiência e o conhecimento necessário para ajudar pessoas que sofrem com distimia a recuperar o bem-estar emocional e retomar o controle de suas vidas. 

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    Fonte: Dr. Luiz Gonzaga Leite, psicólogo do Hospital Santa Paula (SP) 

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