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Cortisol alto e baixo: o que pode ser?

O cortisol é um hormônio responsável por funções como regulação do metabolismo e da pressão

Por Samantha CerquetaniPublicado em 20/09/2023, às 16:57 - Atualizado em 11/04/2024, às 18:42

Cortisol

Conhecido popularmente como o “hormônio do estresse”, o cortisol desempenha diversas funções importantes para o funcionamento do organismo. O cortisol em níveis elevados ou baixos pode ocorrer devido a condições médicas e estilo de vida.

A seguir, veja a função do cortisol, quais são os sintomas quando há alteração deste hormônio e exames indicados.  

O que é cortisol?   

O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas adrenais, que estão localizadas acima dos rins. Ele é fundamental para diversos processos fisiológicos do corpo.   

Entre as suas principais funções, estão:  

  • Resposta ao estresse: o hormônio ajuda o organismo a lidar com o estresse, aumentando a energia, melhorando o foco e alterando alguns processos corporais.  
  • Regula o metabolismo:  aumenta a quebra de proteínas em aminoácidos, convertendo-os em glicose (gliconeogênese). Esse processo fornece rápida energia durante o estresse ou esforço físico. 
  • Regula a pressão: contribui com o controle da pressão sanguínea influenciando a constrição e dilatação dos vasos sanguíneos.  
  • Ação anti-inflamatória: ajuda a reduzir as inflamações do organismo.  
  • Contribui com o ciclo sono-vigília: o cortisol contribui com o ritmo circadiano, ou seja, dá mais disposição durante o dia e ajuda a promover um sono reparador à noite.

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Cortisol alto: o que pode ser?  

O cortisol em níveis elevados pode ocorrer devido a diversas condições médicas e estilo de vida. Entre as situações que elevam o cortisol, estão:   

  • Estresse crônico;  
  • Síndrome de Cushing, condição médica que causa produção excessiva de cortisol pelas glândulas adrenais;  
  • Uso de medicamentos, como corticoides;  
  • Hipertireoidismo, ou seja, quando a tireoide funciona em excesso;  
  • Alcoolismo;  
  • Obesidade;  
  • Distúrbios alimentares, como bulimia e anorexia; 
  • Privação crônica do sono.  

Cortisol baixo: o que pode ser?  

Os níveis baixos de cortisol, também chamado de hipocortisolismo, também é provocado por diversas condições de saúde. As principais são:   

  • Doença de Addison (insuficiência adrenal): é uma condição que afeta as glândulas adrenais, que não produzem cortisol suficiente;  
  • Doenças autoimunes, como lúpus ou artrite;  
  • Infecções;  
  • Tumores na hipófise, glândula cerebral;  
  • Desnutrição;  
  • Suspensão abrupta do uso de corticoides. 

Cortisol alterado: quais são os sintomas?  

O cortisol alterado provoca diversos sintomas, que variam de acordo com a quantidade do hormônio produzido.  De forma geral, o cortisol alto pode causar:   

  • Ganho de peso e dificuldade para emagrecer;  
  • Fadiga;  
  • Dificuldade para concentração;  
  • Mudanças de humor;  
  • Insônia;  
  • Pressão alta; 
  • Fadiga;  
  • Aumento do estresse;  
  • Colesterol alto;  
  • Alteração do ciclo menstrual e dificuldade para engravidar;  
  • Fraqueza muscular.   

Já o cortisol baixo pode provocar:   

  • Pressão baixa 
  • Sensação de desmaio;  
  • Náuseas e falta de apetite; 
  • Hipoglicemia (baixa quantidade de açúcar no sangue);  
  • Perda de peso inexplicada;  
  • Diminuição a tolerância ao estresse;  
  • Desânimo;  
  • Fraqueza. 

Como é feito o exame?  

O exame de cortisol é indicado para verificar se há alguma alteração na quantidade de cortisol ou problemas com as glândulas adrenais ou hipófise, já que o hormônio é produzido e regulado por eles.   

Entre os tipos de exame de cortisol, estão:  

  • Amostra salivar, que avalia a quantidade de cortisol na saliva;  
  • Exame de sangue, realizado após coleta em laboratório;  
  • Exame de urina, avaliado com a urina coletada durante 24 horas.  

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Qual médico procurar?  

Geralmente, as alterações nos níveis de cortisol são identificadas por um endocrinologista O especialista solicita exames de cortisol para avaliar a quantidade do hormônio no organismo, as causas e o melhor tratamento.  

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Fonte: Dra. Roberta Frota Villas Boas, endocrinologista do Hospital Nove de Julho

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