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    Dia Nacional do Diabetes: saiba como se prevenir

    Celebrado em 26 de junho, data visa conscientizar população sobre a doença

    Por Raquel RibeiroPublicado em 24/06/2022, às 15:14 - Atualizado em 25/05/2023, às 16:48
    Foto: Shutterstock

    Com o intuito de conscientizar a população sobre a doença, foi criado pelo Ministério da Saúde e a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Dia Nacional do Diabetes, lembrado em 26 de junho. Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, 537 milhões de pessoas no mundo têm a doença e a projeção é que o diabetes possa atingir até 643 milhões de indivíduos até 2030.  

    Embora seja uma doença perigosa, metade dos brasileiros não acredita nas consequências mais graves que o diabetes pode trazer. Prova disso são os dados da pesquisa “Diabetes sem Complicações”, realizada pela SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), que revelou que apenas 42% dos entrevistados consideram as doenças cardíacas como as consequências mais preocupantes e 28% acreditam que o diabetes é uma doença que acomete apenas idosos. Além disso, 18% não sabem o tipo de diabetes que têm.  

    Veja a seguir mais detalhes sobre o diabetes, seus sintomas e como é possível prevenir a doença com um estilo de vida menos sedentário e mais saudável. 

    O que é diabetes? 

    É uma doença crônica que ocorre pela falta de insulina, hormônio responsável por levar a glicose que está no sangue para o interior das células, e/ou quando o organismo não responde adequadamente aos seus efeitos.  

    Para entender melhor, é importante lembrar que a glicose é a nossa maior fonte de energia e ela vem de alguns alimentos que consumimos. “O diabetes acontece quando nosso corpo não consegue metabolizar, ou seja, colocar essa glicose para dentro das nossas células para que ela se transforme em energia”, explica André Gustavo Daher Vianna, endocrinologista, membro da Diretoria da SBD e coordenador do Departamento de Educação em Diabetes e Campanhas. 

    Quais são os tipos de diabetes? 

    Diabetes tipo 1  

    Ocorre quando a pessoa para de produzir a insulina. Acomete entre 5% e 10% das pessoas, principalmente crianças e adolescentes. 

    Como explicamos, nosso organismo precisa da insulina, pois este é o hormônio que coloca a glicose dentro da célula. A pessoa com diabetes tipo 1 precisa aplicar insulina diariamente para suprir essa deficiência do organismo. 

    Sintomas: 

    Prevenção  

    Para o diabetes tipo 1, até o momento, não há prevenção, uma vez que a doença tem a influência de fatores genéticos e a sua causa ainda não está totalmente esclarecida. Dessa forma, é preciso fazer o acompanhamento da doença para que não haja complicações no quadro.  

    Diabetes tipo 2 

    Cerca de 90% dos casos de diabetes tipo 2 estão associados a fatores como a obesidade, sobrepeso e a falta da prática de atividades físicas regulares. 

    “O excesso de gordura corporal total ou na região abdominal causa a resistência à insulina. Sendo assim, a insulina não funciona, não consegue colocar a glicose nas células e o nível de glicose no sangue aumenta provocando o diabetes”, lembra Vianna. 

    + LEIA TAMBÉM: A alimentação pode prevenir o diabetes?

    Sintomas  

    Nos primeiros anos, o diabetes tipo 2 pode não apresentar sintomas.   

    “Às vezes, a pessoa passa quatro, cinco anos sem ter sintomas e só descobre quando faz exame de sangue ou porque já começa a apresentar alguma complicação do diabetes que pode acometer alguns órgãos, como nos olhos, rins, problemas nas pernas e pés, por exemplo”, explica o endocrinologista. 

    Prevenção  

    Para o diabetes tipo 2 há prevenção e o primeiro passo é a mudança no estilo de vida. Algumas alternativas são: 

    Outros tipos de diabetes 

    Diabetes Gestacional 

    Trata-se do diabetes que surge durante a gestação. Durante esta fase, os hormônios produzidos no corpo da mulher, principalmente pela placenta, podem interferir na ação da insulina e na regulação dos níveis de glicose no sangue, o que pode ser prejudicial tanto para a mãe, quanto para o bebê. 

    “É um processo que intensifica a resistência à insulina e, as mães que ganham peso além do recomendado, ou mesmo aquelas que já engravidaram acima do peso, são as que mais têm risco de desenvolverem a diabetes gestacional”, diz Vianna. 

    Para esses casos, faz-se necessária a orientação nutricional, além da prática de atividade física. Em outros casos, pode ser indicado o tratamento com insulina, prática que é segura durante a gestação. No entanto, vale ressaltar que isso irá depender de cada pessoa. 

    Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA) 

    O diabetes Lada é uma doença autoimune, assim como o diabetes tipo 1, que se desenvolve ao longo dos anos. 

    Costuma ser mais frequente em pessoas acima de 30 anos. Também é um processo autoimune que faz o indivíduo parar de produzir insulina. “O indivíduo com diabetes Lada leva anos para perder a insulina e às vezes até o próprio médico confunde com o diabetes tipo 2”, ressalta Vianna. 

    Veja algumas verdades sobre o diabetes 

    O diabetes pode levar a cegueira 

    Quando descontrolado por muito tempo, os níveis de glicose causam uma complicação comum chamada retinopatia diabética. Essa condição afeta os olhos, levando à formação de pequenos novos vasos sanguíneos na retina, camada responsável por formar imagens. Se muito afetada, a retina pode descolar do fundo do olho e esse descolamento, por sua vez, causa cegueira. 

    O diabetes pode acometer tanto idosos, como crianças e jovens 

    As crianças e jovens são mais comumente afetados pelo diabetes tipo 1 e os idosos pelo tipo 2. No entanto, a doença pode surgir em pessoas de qualquer idade e em situações inversas. 

    O diabetes tipo 2 pode ser reversível 

    Especialmente nos primeiros cinco anos após o diagnóstico, o diabetes tipo 2 pode ser controlado, caso a pessoa perca o excesso de peso.

    O diabetes pode estar relacionado com transtornos alimentares 

    A bulimia nervosa é um dos transtornos mais frequentes em jovens com diabetes tipo 1. Já para o diabetes tipo 2, é a compulsão alimentar responsável por atingir 34,8% das pessoas. Ainda existe o chamado  “diabulimia”, conhecido pelo transtorno em que a pessoa com diabetes deixa de aplicar propositalmente a insulina com o intuito de perder peso.  

     

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