Fase folicular: etapa do ciclo menstrual ocorre após a menstruação
Nessa fase, o corpo se prepara para a ovulação, com o crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos, que contêm os óvulos
O ciclo menstrual é composto por quatro fases: menstrual, folicular, ovulação e lútea. A fase folicular ocorre após a menstruação, preparando o útero para uma possível gravidez. Embora a fase folicular geralmente dure de 10 a 14 dias, seu tempo pode variar dependendo de fatores como estresse, alimentação e alterações hormonais. Continue a leitura para saber sobre o ciclo menstrual e os exames indicados para quem deseja engravidar.
Neste artigo, você vai ler:
Fase folicular: o que é?
A fase folicular é a primeira fase do ciclo menstrual, que ocorre logo após a menstruação e antes da ovulação. Durante esse período, os hormônios FSH e LH estimulam o crescimento dos folículos nos ovários, e os níveis de estrogênio aumentam. Esse processo prepara o útero para uma possível gravidez e favorece a maturação de um óvulo, que será liberado na ovulação. Essa fase costuma durar entre 10 e 14 dias.
Fases do ciclo reprodutivo feminino
O ciclo reprodutivo feminino é composto por quatro fases principais, que ocorrem de forma sequencial e são reguladas por hormônios. São elas:
- Fase menstrual: é o início do ciclo, quando ocorre a menstruação, caracterizada pela eliminação do revestimento interno do útero (endométrio). Essa fase geralmente dura de 3 a 7 dias.
- Fase folicular: após a menstruação, os hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) promovem o crescimento de diversos folículos ao mesmo tempo nos ovários. Um desses folículos se desenvolve mais rápido e totalmente e começa a produzir estrogênio, o que prepara o útero para uma possível gestação. A fase folicular dura em média entre 10 e 14 dias.
- Ovulação: ocorre no meio do ciclo, quando o folículo maduro libera um óvulo do ovário. Esse óvulo é captado pelas trompas de Falópio e pode ser fertilizado. A ovulação é induzida por um aumento no hormônio luteinizante (LH) e dura cerca de 24 horas.
- Fase lútea: após a ovulação, o folículo rompido se transforma no corpo lúteo, que passa a produzir progesterona. Esse hormônio mantém o revestimento do útero para uma possível gravidez. Se não houver fertilização do óvulo, o corpo lúteo se degrada, os níveis de progesterona diminuem e a menstruação ocorre. A fase lútea geralmente dura de 12 a 16 dias.
Hormônios importantes durante a fase folicular
Durante a fase folicular do ciclo menstrual, são produzidos vários hormônios essenciais para o desenvolvimento do óvulo e a preparação do útero.
Os hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH), produzidos pela glândula pituitária, estimulam o crescimento e amadurecimento dos folículos nos ovários. À medida que os folículos se desenvolvem, eles começam a produzir estrogênio, que tem a função de preparar o revestimento do útero (endométrio) para uma possível gravidez.
Além disso, o estrogênio também influencia a produção de muco cervical, que facilita a fertilização. Outro hormônio importante é a inibina, que é secretada pelos folículos em desenvolvimento e ajuda a regular os níveis de FSH, evitando o crescimento excessivo de folículos.
Esses hormônios garantem o amadurecimento de um folículo, preparando o organismo para a ovulação.
É possível engravidar durante a fase folicular?
Sim, é possível engravidar durante a fase folicular, pois os espermatozoides podem viver por até 5 dias no sistema reprodutivo feminino. Se a ovulação ocorrer dentro desse período, a fertilização pode acontecer.
Alterações na fase folicular que podem afetar a fertilidade
Algumas alterações hormonais e fisiológicas durante a fase folicular podem afetar a fertilidade. Entre eles, estão:
- Baixos níveis de FSH (Hormônio Folículo-Estimulante): a produção insuficiente de FSH pode prejudicar o desenvolvimento e a maturação dos folículos ovarianos, afetando a ovulação e a fertilização.
- Distúrbios na produção de estrogênio: o estrogênio é essencial para preparar o útero para a implantação de um óvulo fertilizado. Se os níveis desse hormônio estiverem desregulados, o revestimento uterino pode não se formar adequadamente, dificultando a gestação.
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP): mulheres com SOP podem apresentar desequilíbrios hormonais, o que resulta em ciclos menstruais irregulares e falhas na ovulação, prejudicando a fertilidade.
- Problemas na qualidade dos óvulos: o envelhecimento ou fatores genéticos podem afetar a qualidade dos óvulos, reduzindo as chances de uma fertilização bem-sucedida.
- Desequilíbrios hormonais, como produção excessiva de prolactina, produção excessiva ou deficiente de hormônios tireoidianos e deficiência de progesterona.
Exames indicados para quem está se preparando para uma gestação
Quando uma mulher decide se preparar para engravidar, é fundamental realizar exames para avaliar sua saúde e identificar possíveis problemas que possam interferir na gestação. Dentre os exames recomendados, estão os hormonais, como o hormônio folículo-estimulante (FSH), o hormônio luteinizante (LH), o estradiol e a progesterona, que ajudam a verificar a função dos ovários, a ovulação e a reserva ovariana.
Também é importante avaliar os níveis de prolactina, pois níveis elevados podem prejudicar a ovulação. Além disso, exames de sangue, como o hemograma, ajudam a monitorar a saúde geral e detectar problemas como anemia ou infecções.
O exame para determinar o tipo sanguíneo e o fator Rh também é essencial para verificar a compatibilidade com o parceiro.
Além disso, é preciso realizar exames sorológicos, como os testes para rubéola (caso não tenha sido imunizada), toxoplasmose, hepatite B (caso não tenha sido imunizada) e C, HIV, sífilis e citomegalovírus (CMV).
A ultrassonografia transvaginal pode ser feita para avaliar a saúde do útero e dos ovários, identificando condições como miomas ou cistos que podem impactar a fertilidade.
Também são recomendados exames para avaliar os níveis de glicose e colesterol, verificando riscos de diabetes ou problemas cardiovasculares.
Por fim, é importante realizar testes para avaliar a função da tireoide, como o TSH e o T4 livre, já que disfunções na tireoide podem afetar tanto a fertilidade quanto a gestação.